jueves, 6 de agosto de 2020

2020 - CAETANO, 78 anos







O GLOBO

Vai ter live: Caetano Veloso cede aos apelos dos fãs e decide fazer show
Cantor irá se apresentar no dia 7 de agosto, quando completa 78 anos, com transmissão pelo Globoplay

30/07/2020

Após meses de pedidos de fãs e uma intensa campanha de sua mulher e produtora, Paula Lavigne, Caetano Veloso enfim se rendeu. E fará uma live especial para comemorar seu aniversário de 78 anos, no dia 7 de agosto.

A apresentação será transmitida com exclusividade pelo Globoplay, às 21h30, e terá participação dos filhos do cantor e compositor — Moreno, Zeca e Tom.

O anúncio foi feito em um vídeo, que junta Caetano, Paula e o humorista Marcelo Adnet, que vinha amplificando a campanha em seu programa "Sinta-se em casa".

— Imitando Gilberto Gil, como sempre, eu vou fazer no dia do meu aniversário — brincou o cantor. — Eu faço 78 anos, e é no dia 7/8. E eu soube que vai ser o 78o "Sinta-se em casa". Vai ter live.



Foto: Aline Fonseca



Entrevista para a Comunicação da TV Globo


Seus fãs estavam muito ansiosos por esta live, que ganhou até o título de “live, a lenda” por toda expectativa gerada. Como você vê todo esse movimento?
Com curiosidade. No começo, eu nem via possibilidade de fazer live. Não achava que o que me era proposto fosse do meu feitio. Mas eu queria fazer. Acho graça de o assunto ter ficado tão falado. O fundamental, que é cantar, estar na companhia dos meus filhos e escolher canções, me dá prazer.

O que o público pode esperar do show?
Recebo muitos recados e e-mails pedindo canções e até orientando se vou para o lado do material ultraconhecido ou se canto coisas que quase nunca cantei. Meu critério deveria ser exclusivamente este: o que eu posso fazer melhor? Mas tanto os sucessos consagrados quanto as coisas que tratam de temas mais adequados à situação de quarentena - além do desejo de cantar canções pouco ouvidas - abalam esse critério. Assim, o público pode esperar um misto dessas coisas todas.

E o que você, como artista, espera desta nova experiência?
Espero poder cantar e tocar num nível razoável. Cantei umas vezes em lives de Teresa Cristina e assisti às de Milton (sozinho e com Xenia mais Liniker) e à de Gil. Vi uma de Péricles Cavalcanti com Yayo, um cantor argentino. E uma de Bel Marques. Lives são situações de clima próprio. Não é como gravar um vídeo ou fazer um show num palco diante de plateia. Gosto das frestas que aparecem nesse formato que surgiu com a quarentena (que já passa de noventena). A gente está longe dos ouvintes mas, de certa forma, com mais intimidade com eles.

Fazer uma apresentação ao lado dos filhos, em um projeto em casa, tem um significado diferente?
O Ofertório me deu muita felicidade. E fiquei com muito orgulho dos meus filhos, tanto como artistas quanto como pessoas. Adorei a live de Gil (a mais brilhante de todas, mostra de grande destreza musical) e fiquei comovido ao ver os filhos dele (dos quais gosto tanto) participando. Zeca esteve desde fevereiro aqui no Rio, perto. Moreno e Tom passaram tempos em fazendas, mas calhou de estarem de volta agora. Falei logo com eles que queria que eles participassem. Não tem quase nada do Ofertório. Eles vão tocar comigo muitas das músicas escolhidas para a live e eu vou cantar ao menos uma com cada um deles. Nesse caso, canções deles mesmos. Uma, a de Moreno, é uma parceria comigo.

São mais de cinco décadas de carreira e centenas de composições. Como foi escolhido o setlist da live?
Foi complexo. E ainda está sendo. Acho que até a véspera, mesmo minutos antes (ou durante a própria apresentação) o repertório vai passar por mudanças.

Como tem sido sua troca com os fãs através das redes sociais?
Recebo sugestões e pedidos. Não só através de redes sociais como por e-mail. Vou tentar atender o máximo que puder.

O que você mais tem feito durante o isolamento? Muitas pessoas adquiriram um novo hábito, desenvolveram algum hobby. Aconteceu com você?
Acho que leio mais. Decididamente, leio mais os jornais. Fico horas com essas páginas enormes nas mãos e diante dos olhos. Leio praticamente todos os articulistas e a maioria das matérias. Isso cresceu bastante na quarentena. E livros, que eu leio quando vou me deitar, talvez um pouco mais do que antes. 

O anúncio da live foi feito através de um episódio especial do ‘Sinta-se em casa’ de número 78, idade que você vai completar e mesmos números da data do seu aniversário e foi perceptível o quanto você se divertiu. Existem várias paródias e memes com seu nome e suas fotos na internet. O que o humor representa na sua vida?
Sempre adorei o que me faz rir. Entre os meus filmes favoritos de todos os tempos estão comédias de Billy Wilder. Quando menino, amava o Balança Mas Não Cai da rádio Nacional e os programas divinos da Mayrink Veiga (alguns escritos por Chico Anysio). O humor como elemento dominante de um trabalho artístico é sublime. Gosto do filósofo que põe a comédia acima da tragédia. Os tempos que vivemos não seriam apenas menos suportáveis sem Marcelo Adnet ou Gregório Duvivier: sem pessoas como eles, seriam obscuros, ininteligíveis, sem luz. 

Você inspira as pessoas com sua música e seu talento. Qual mensagem pode deixar para quem está lendo essa entrevista em relação ao momento de pandemia que vivemos?
Que saibam se definir internamente em meio à batalha entre a maluquice das teorias conspiratórias e a natural confusão da ciência. Ter clareza quanto a um mínimo de decisões é necessário em momentos de emergência.




O GLOBO
Como será a primeira live de Caetano Veloso, nesta sexta, quando ele faz 78 anos
Após resistência que virou ‘lenda’ nas redes sociais, compositor se apresenta hoje com os filhos na Globoplay às 21h30


Silvio Essinger

07/08/2020


Enquanto a MPB inteira se rendia às lives desde o começo da quarentena, Caetano Veloso não se mostrava nem um pouco interessado em fazer uma. Daí que uma das grandes diversões dos últimos tempos passou a ser acompanhar os insistentes vídeos de Paula Lavigne, nas redes sociais dela e dele, enquadrando o cantor — às vezes de pijama, às vezes comendo paçoca... — , perguntando quando aconteceria sua live. Ele desconversava, com bom humor. Os fãs reforçaram o apelo, enviando pedidos de músicas e até paródias (como a do humorista Marcelo Adnet, que viralizou). Finalmente, há uma semana veio a notícia de que Caetano tinha cedido: a apresentação, apelidada de Live, a Lenda, acontece hoje (dia do seu aniversário de 78 anos), às 21h30, exclusivamente no Globoplay (não é necessário ser assinante para assistir).

Caetano toca e canta ao lado dos filhos, Moreno, Zeca e Tom (com os quais veio dividindo o show “Ofertório” nos últimos anos), na sala de sua casa, em Ipanema.

— No começo, eu nem via possibilidade de fazer live. Não achava que o que me era proposto fosse do meu feitio. Mas eu queria fazer. Acho graça de o assunto ter ficado tão falado. O fundamental, que é cantar, estar na companhia dos meus filhos e escolher canções, me dá prazer — disse o cantor, em entrevista distribuída à imprensa. — Falei logo com eles que queria que eles participassem. Não tem quase nada do “Ofertório”. Eles vão tocar comigo muitas das músicas escolhidas para a live e eu vou cantar ao menos uma com cada um deles.

Misto de todas as coisas


O repertório de Live, a Lenda, é claro, foi objeto de especulações nas redes sociais ao longo da semana, com os fãs ansiosos para saber se seus pedidos emplacaram. Nesta semana, Paula ironizou a própria obsessão com a live, transformando a espontaneidade numa bela estratégia de marketing (é “aquele assunto que eu evito”, brincou ela num dos vídeos). Depois, publicou no Instagram um spoiler do quarteto ensaiando “Cajuína”. Dias antes, Caetano disse que não iria deixar “Tigresa” de fora. E foi anunciado que duas músicas novas farão parte da apresentação: “Talvez” (composição de Tom Veloso com Cezar Mendes, que foi gravada por Caetano e o filho e lançada hoje nas plataformas de streaming, como single) e “Pardo”, canção de Caetano registrada pela cantora Céu em seu último álbum, “APKÁ!” (2019), que enfim ganhará interpretação do autor.

— Recebo muitos recados e e-mails pedindo canções e até orientando se vou para o lado do material ultraconhecido ou se canto coisas que quase nunca cantei. Meu critério deveria ser exclusivamente este: o que eu posso fazer melhor? — explicou Caetano. — Mas tanto os sucessos consagrados quanto as coisas que tratam de temas mais adequados à situação de quarentena abalam esse critério. Assim, o público pode esperar um misto dessas coisas todas.

O que havia de cômico (intencionalmente ou não) nos vídeos de Paula Lavigne puxando assunto sobre a live com Caetano foi amplificado por Marcelo Adnet em suas paródias, exibidas no seu programa no Globoplay, “Sinta-se em casa”, gravado durante a quarentena. Apreciadores das imitações, Caetano e Paula acabaram dando a Adnet a primazia de anunciar que Live, a Lenda, aconteceria no aniversário de 78 anos do cantor. Anúncio feito cabalisticamente, aliás, na edição de número 78 do programa, com direito a uma música composta pelo humorista e interpretada por ele como se fosse Caetano.

Paródia carinhosa

No fim das contas, o número musical de Adnet viralizou e acabou se tornando a grande peça de divulgação da live.

— Isso foi algo que começou totalmente despretensioso — revelou Marcelo Adnet, semana passada, ao GLOBO. — Garimpo notícias de política entre as mídias tradicionais e fatos sobre comportamento em redes sociais. Foi quando atentei para essa resistência do Caetano com as lives, e a Paula super querendo a live... Esses vídeos começaram a bombar dentro de uma bolha ou de um nicho, e aí eu decidi fazer paródias da Paula e do Caetano em casa. Foi algo que nasceu através de um carinho recíproco entre mim e os dois.

Caetano disse ter se divertido com o aspecto de comédia que a live adquiriu:

— Sempre adorei o que me faz rir. Entre os meus filmes favoritos de todos os tempos estão comédias de Billy Wilder. Quando menino, amava o “Balança mas não cai” da Rádio Nacional e os programas divinos da Mayrink Veiga (alguns escritos por Chico Anysio). Gosto do filósofo que põe a comédia acima da tragédia. Os tempos que vivemos não seriam apenas menos suportáveis sem Marcelo Adnet ou Gregorio Duvivier: sem pessoas como eles, seriam obscuros, ininteligíveis, sem luz.

Em tempos de perdas para a cultura brasileira (de Moraes Moreira e Aldir Blanc a Rubem Fonseca e Sérgio Ricardo), quando tem acompanhado o noticiário com afinco, Caetano projeta uma esperança.

— Que (as pessoas) saibam se definir internamente em meio à batalha entre a maluquice das teorias conspiratórias e a natural confusão da ciência. Ter clareza quanto a um mínimo de decisões é necessário em momentos de emergência.




O GLOBO
Live do Caetano: qual música não pode faltar e por quê? Personalidades de diversas áreas respondem
Cedendo ao apelo dos fãs, cantor irá se apresentar nesta sexta (7), dia do seu aniversário de 78 anos, com transmissão pelo Globoplay às 21h30

Bruno Calixto, Giuliana de Toledo, Gustavo Cunha e Maria Fortuna
07/08/2020

Boa parte do público das lives respirou com um certo alívio quando veio o anúncio dos mais esperados: Caetano Veloso vai fazer uma transmissão ao vivo. Melhor, no dia do seu aniversário de 78 anos, nesta sexta-feira (7/8) às 21h30, ao lado dos filhos Moreno, Zeca e Tom, com transmissão pelo Globoplay. Na carona do bafafá causado pela notícia, perguntamos a artistas e personalidades de diversas áreas — todos, claro, fãs do cantor: qual música não pode faltar nesta live e por quê? Eis o resultado:


Marcelo Adnet, ator e comediante

"Odara"
— A obra do Caetano se destaca pelo conjunto, várias músicas históricas e que marcaram época, mas vivemos um momento em que todo mundo precisa ficar mais odara, e esta canção tem esta mensagem de paz, tranquilidade e harmonia.


Gal Costa, cantora

"Tigresa"
— Para te dar os parabéns pelo aniversário.


Bebel Gilberto, cantora

"Oração ao tempo"
— Pensei em várias mas voltei atrás. Esta música me impressionou muito, era pequena, começo da puberdade, e ela me fez pensar muito, ela se encaixa em todos os momentos da minha vida. A melodia é a coisa mais linda do mundo. Ele é um dos compositores que mais amo, me influenciou muito.


Marisa Monte, cantora

“Nu com a minha música”
— Eu gostaria de ouvir esta canção que eu amo e que já regravei junto com Devendra Banhart e Rodrigo Amarante. Essa música tem um verso que me emociona sempre que escuto ou canto: “Vejo uma trilha clara pro meu Brasil apesar da dor”. Nada como a esperança nesse momento de tantas incertezas.

Teresa Cristina, cantora

"Trem das cores"
— A pergunta é bem difícil, o que não pode faltar é a live do Caetano, sei lá, mas "Trem das cores" é uma experiência sensorial, todos os versos fazem sentido, cada verso um camiseta, sabe? Não sei explicar, acho ela perfeita, poesia musicada. Não sei dizer.


Drauzio Varella, médico

"O ciúme"
— Porque é um descrição poética de rara beleza literária, desse sentimento que fere a pessoa a quem se dirige e arrasa aquela que o sente.

Fernanda Abreu, cantora

"Haiti"
— Vidas negras importam!


Letícia Spiller, atriz

"Fora da ordem"
— É do disco "Circuladô", que marcou muito minha vida. Era 1991, eu tinha 18 anos, e inspirou muito meus trabalhos experimentais no teatro, usamos muito como inspiração no Grupo Porão do Teatro Villa-Lobos, que na época foi apadrinhado por Ítalo Rossi.


Bob Wolfenson, fotógrafo

"Meu Rio"
— 'Meu Rio', pois acho uma descrição linda de lembranças da infância. Toca em coisas que reconheço de uma forma muito poética. Além de que é uma música pouco difundida. É proustiana.


Kleber Mendonça Filho, cineasta

"Queixa"
— “Quando eu tinha 13 anos, em 1982, liguei para a Rádio Manchete FM no Recife, ainda com voz de criança, e pedi ‘Queixa’, que estava nas paradas de sucesso. Eu pediria para tocar na live ‘Queixa’, que em 1982 em pedi em um telefonema, que é uma palavra que está caindo em desuso. É uma grande música.”

Felipe Prazeres, maestro

"Você é linda"
— Jamais poderia faltar numa live. Ainda mais vivendo essa coisa fria deste ano, nada como falar de coisas bonitas e de amor.

Ivan Sacerdote, clarinetista

"Janelas abertas n°2"
É uma música que me ajuda a refletir sobre a clausura, sobre como devemos enfrentar nossos medos, lacunas e angústias de uma maneira contemplativa e corajosa. Essa canção é um grande ensinamento, uma obra-prima que nos traz paz e autorreflexão nesse momento tão nebuloso.


Alex Atala, chef

"Diamante verdadeiro"
— É uma composição incrível do Caetano, mas que ficou mais conhecida do grande público nas vozes de Cássia Eller e Maria Bethânia.


Russo Passapusso (Baiana System), cantor

"Divino maravilhoso"
— É preciso estar atento e forte, sim.


Mart'nália, cantora

"Queixa"
— É uma das minhas preferidas. 'Princesa, surpresa, você me arrasou'.


Lenine, cantor

"Muito romântico”
— Difícil escolher uma entre tantas, mas adoraria ouvir esta música, que me toca a alma. Parabéns Caetano, vida longa!


Lilia Cabral, atriz

"Meia lua inteira"
— Primeiro que esta música tocava na novela "Tieta" e eu me lembro das passagens da novela com todo elenco super caracterizados. Toda vez que a gente entrava em cena tocava Caetano (cantando a música de Carlinhos Brown) e a gente sabia que teríamos momentos felizes. Ela é solar.


Lázaro Ramos, ator

"Sozinho" e "Trilhos urbanos"
— Para mim é difícil escolher, por um lado "Sozinho" (de Peninha), para a gente de casa cantar junto, é aquela música que puxa coro. Mas também queria ouvir "Trilhos urbanos", neste momento que a gente está voltando para nossas memórias, para a vida no interior, a valorização das coisas simples mais próximas da gente, é uma canção muito significativa.


Cauã Reymond, ator

"O Leãozinho"
— Para mim não pode faltar esta música, porque quando eu era menino eu tinha um cabelo maior, ficava todo encaracolado e a minha avó sempre dizia que eu parecia um leãozinho e cantava essa música pra mim, então eu tenho uma memória afetiva. E "London London" também porque eu acho uma das mais bonitas que o Caetano já compôs. É uma das mais delicadas.


Eduardo Moscovis, ator

"Help"
— Saber que o Caetano vai fazer uma live é um alento, por tudo o que a gente tem vivido ia curtir ouvir esta música.


Claudia Raia, atriz

"O quereres"
— Acho uma música tão política ao falar de possibilidades e que não há um jeito de ser. Cada um tem suas vontades, seus desejos.

Ailton Krenak, ambientalista e líder indígena

“Terra ”
— Uma poesia que anuncia o devir desta Nave Viva, celebra a beleza deste planeta Terra, que estamos à perder de vista.


Pilar del Río, jornalista e escritora

"Cucurrucucu Paloma"
— Tenho mil músicas de Caetano para destacar, mas, no momento em que ouvi, devido às circunstâncias da minha vida, a primeira que me vem à cabeça ou ao coração é esta música, que eu sei que não é dele (a composição é de Tomas Mendez), mas Caetano fez uma versão maravilhosa que perfurou minha alma, faz parte da minha história. Quero pensar que também na do Caetano.


Marina Person, cineasta

"Falou, Amizade"
— Gostaria de ouvir "Falou, Amizade", uma canção que foi feita para a trilha sonora do filme "Dedé Mamata", e que, acredito, não foi lançada de outra forma, apenas no álbum do filme.

Fernanda Torres, atriz

"Mãe"
— Porque amo essa música.


Zé Celso, diretor de teatro

"Qualquer coisa"
— Quero ouvir a música "Qualquer coisa", porque qualquer coisa do Caetano Veloso vale. Vale tudo.


Jorge Furtado, diretor

"Tropicália"
— Talvez a música que mais represente o momento atual seja "Tropicália". Foi uma resposta a um momento de grandes transformações movidas por uma rebeldia brasileira furiosa contra a caretice, contra um governo autoritário de direita. A "Tropicália" é exatamente isto: uma explosão de criatividade contra o autoritarismo. Nesse sentido, seria a música mais adequada para agora.

Martinho da Vila, cantor e compositor

"London London" e "Podres poderes"
— Tem uma música antiga que ele não canta muito, e eu adoraria ouvir: "London London". A gravação dessa letra, que foi feita no exílio, é emocionante. Também gosto muito de "Podres poderes", que se mantém tão atual.


Alceu Valença, cantor e compositor

"O ciúme"
— Gostaria de ouvir "O ciúme", porque é uma toada bonita, a música do sertão profundo. E é na cultura do sertão profundo que eu adivinho de onde venho.


Gregorio Duvivier, ator

— O assunto Caetano Veloso rende muito por aqui. Entre as músicas que gostaria de ouvir, há "Um Só Lugar", do Cezar Mendes, afinal estamos todos confinados num lugar só; "Índio", em homenagem ao haitiano que disse “acabou, Bolsonaro” — tenho certeza de que ele foi um viajante do futuro, impávido feito Mohammed Ali; "Incompatibilidade de gênios", em homenagem ao Aldir; "Nu com a minha música", porque fala de turnê e de turba, essa palavra sensacional, num dos versos mais bonitos da nossa música: “Quando eu cantar pra turba de araçatuba verei você” —será que ainda veremos uma turba?; e "Canto do povo de um lugar", que minha filha Marieta ama e que virou o hino da nossa casa na quarentena, afinal todo dia o sol levanta (e ela levanta junto com o sol).



Ensaio






SETLIST

1. MILAGRES DO POVO (Caetano Veloso)
2. TIGRESA (Caetano Veloso)
3. COISA ACESA (Moraes Moreira/Fausto Nilo) Dedicada a Ciça e David, filhos de Moraes
4. PARDO (Caetano Veloso)
5. SAMPA (Caetano Veloso)
6. O PULSAR (Caetano Veloso/Augusto de Campos)
7. O HOMEM VELHO (Caetano Veloso)
8. LUZ DO SOL (Caetano Veloso)
9. UM ÍNDIO (Caetano Veloso)
10. CAJUÍNA (Caetano Veloso)
11. TALVEZ (Cézar Mendes/Tom Veloso)
12. QUEIXA (Caetano Veloso)
13. SERTÃO (Moreno Veloso/Caetano Veloso)
14. RECONVEXO (Caetano Veloso)
15. NU COM A MINHA MÚSICA (Caetano Veloso)
16. DESDE QUE O SAMBA É SAMBA (Caetano Veloso)
17. TRILHOS URBANOS (Caetano Veloso)
18. DIAMANTE VERDADEIRO (Caetano Veloso)
19. PODRES PODERES (Caetano Veloso)
20. NINE OUT OF TEN (Caetano Veloso)
21. QUALQUER COISA (Caetano Veloso)
22. TÁ COMBINADO (Caetano Veloso)
23. TODO HOMEM (Zeca Veloso)
24. ODARA (Caetano Veloso)
25. O LEÃOZINHO (Caetano Veloso)
26. SOZINHO (Peninha)
27. HOW BEAUTIFUL COULD A BEING BE (Moreno Veloso)








EQUIPE UNS PRODUÇÕES

Um show produzido por Paula Lavigne

Mixagem: Igor Ferreira
Assistente Técnico: Lucas Costa
Figurino: Felipe Veloso
Direção de Produção: João Franklin
Produção: Brisa Torres

EQUIPE LIVE

Direção Artistica: LP Simonetti
Direção: Angélica Campos
Assistência de Direção: Beatriz Pizzi
Direção de Fotografia: Célio Lima / Willian Andrade
Direção de Imagem: Ângelo Otávio / Aparecida Santos
Sonoplastia: Carlos Junior
Edição: Adriano Valadão / Paula Millecco
Colorista: Fillipe Bastos
Produção de Tecnologia: Henrique Lopes / Luiz Augusto Moraes / Vinícius Ferraz
Equipe de Tecnologia: Allan Freitas / Bruno Nazareth / Felipe Leite / Thiago Oliveira / Vinícius Costa
Abertura: Lorena Freire / Rodrigo Cipriano / Rosana Riedel
Videografismo: Nylander Junior
Direção Executiva de Produção: Rodrigo Tapias
Produção: Juliana Silleman / Valéria Amaral
Equipe de Produção: Carolina Tancredi / Giselle Dominguez / Henrique Cunha

EQUIPE GLOBOPLAY

Diretor de Produtos e Serviços Digitais: Erick Brêtas
Head de Conteúdo: Ana Carolina Lima
Gerente de Coproduções: Erika Wurts
Coordenador de Conteúdo: Tiago Ornaghi
Analista de Conteúdo: Juliana Loyola / Natalia Dias
Gerente de Programação de Mídias: Flavio Furtado
Gerente de Criação: João Ribeiro
Gerente de Marketing e Inteligência: Tiago Lessa









A Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) divulgou nesta terça-feira (19/1/2021) a lista de premiações do ano de 2020.

A Associação decidiu trocar a categoria “Melhor Show Musical” por “Melhor Live Show”, prêmio que foi para a produção e performance de Caetano Veloso em sua “Live de Natal”, realizada quando comemorou seus 78 anos, no dia 7 de agosto de 2020.




Paula Lavigne indicada na categoria “Profissional do Ano”, por suas produções e projetos lançados em 2020


12 de março de 2021

PAULA LAVIGNE // Produtora e empresária, é dona da Uns Produções, onde viabilizou filmes e documentários de sucesso durante sua carreira. É ativista e líder do movimento 342artes (movimento de rua, apartidário, com adesão de artistas nacionais e internacionais que dá visibilidade a grandes causas sociais) e também é presidente da associação Procure Saber, que defende os direitos autorais dos artistas do Brasil. Paula participou de várias palestras, cursos online para profissionais e artistas e coordenou a campanha de divulgação e a realização da live de Caetano Veloso na Globoplay.






Prêmio APCA tem cerimônia online em sua 64ª edição

Artistas receberam previamente a estatueta criada por Francisco Brennand e enviaram mensagens gravadas


Ubiratan Brasil

29 jun 2021 

  

A Associação Paulista dos Críticos de Arte, a APCA, promoveu a festa de entrega de prêmios de sua 64ª edição na noite da segunda, 28, aos melhores do ano passado. Na verdade, foi uma cerimônia não presencial e previamente gravada, com as apresentadoras (as atrizes Cris Rocha e Nilceia Vicente e a vice-presidente da entidade Edianez Parente) falando desde o Teatro Sérgio Cardoso. Os artistas premiados também receberam seus troféus com antecedência e gravaram mensagens de agradecimento, que foram apresentadas tão logo seus nomes foram citados pelas mestres de cerimônia.





A premiação provocou ainda momentos de grande felicidade, como o de Caetano Veloso, autor da melhor live de 2020. "Ela foi linda por causa dos meus três filhos, Moreno, Zeca e Tom, que participaram. Assim, quero que o prêmio passe pelas mãos de cada um deles, que o troféu fique na casa de cada um deles durante um período", afirmou.









4 comentarios:

  1. Foi incrível!!!! Adoro o seu blogue.

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  2. Você viu a besteira que a revista Rolling Stone publicou sobre o prato que Moreno usou????? Imagine se fosse revista de culinária... pq de música não sabe nada.....

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