lunes, 3 de agosto de 2020

1967 - ARENA CONTA TIRADENTES - São Paulo


"Estreamos Tiradentes em Ouro Preto, onde o herói viveu; antes da estreia, fizemos algumas cenas de teatro quase-invisível: os atores representavam cenas nas filas de ônibus, nas mesas dos bares, vestidos como personagens, mas sem darem a impressão de ser teatro e sim realidade – os espectadores ficavam assustados ouvindo falar de insurreição, de não pagamento de dízimos à Coroa etc. Ótima maneira de ensaiar..."

[BOAL, Augusto. Hamlet e o filho do padeiro – memórias imaginadas. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 157.]



"Dez vidas eu tivesse,
Dez vidas eu daria.
Dez vidas prisioneiras
Ansioso eu trocaría,
Pelo bem da liberdade,
Nem que fosse por um dia.

Se assim fizessem todos,
Aqui não existiria
Tão negra sujeição
Que dá feição de vida
Ao que é mais feia morte;
Morrer de quem aceita
Viver em escravidão.

Dez vidas eu tivesse
Dez vidas eu daria.
Mais vale erguer a espada
Desafiando a morte
Do que sofrer a sorte
De sua terra alugada."



[Primeira cena de Arena Conta Tiradentes: o Coro entoa a música-tema DEZ VIDAS]








Em 21 abril de 1967 estreava no Teatro de Arena, em São Paulo Arena conta Tiradentes, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal.

Com a direção geral de Augusto Boal contava no elenco com David José, Renato Consorte, Dina Sfat, Gianfrancesco Guarnieri e outros.





BOAL, Augusto, GUARNIERI, Gianfrancesco. Arena conta TiradentesSão Paulo: Livraria Editôra Sagarana, 1967. 163 p.






















Acervo Flávio Império






           Augusto Boal           Gianfrancesco Guarnieri

Theo de Barros

Atores

Renato Consorte                 David José

                                             Jairo Arco e Flexa                Claudio Pucci

 Sylvio Zilber

             Dina Sfat                   Vanya Sant'anna


Músicos

Zelão

 Romário José Borelli         Luiz Fernando Manini













1967 - Gianfrancesco Guarnieri (Coringa) e Renato Consorte  encenando

“Arena conta Tiradentes”



David José e Gianfrancesco Guarnieri








 
 














PRÊMIO MOLIÈRE DE TEATRO / 1967 

























Trilha sonora / Discografia

Na criação dos temas musicais de Arena conta Tiradentes colaboraram com Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, Theo de Barros, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Sidney Miller.











Não foi especificada a participação de cada um, salvo no caso de ESPANTO (música de Théo de Barros), gravada por Maria Odette em 1967.

Letra: Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri
Música: Theo de Barros

Espanto que espanta a gente
Tanta gente a se espantar
Que o povo tem sete fôlegos
E mais sete tem pra dar
Quanto mais cai, mais levanta
Mil vezes já foi ao chão
De pé, mil vezes já foi ao chão
Povo, levanta na hora da decisão

Espanto que espanta a gente
Tanta gente a se espantar
Não é de hoje que esse povo
Vem dando demonstração
Alfaiates na Bahia
Balaios no Maranhão
Cabanada no Pará
Palmares no sertão

Não só contra os de fora
Foi o povo justiceiro
Contra a fome e a miséria
Levantou-se o garimpeiro
Contra os fortes desta terra
Levantou-se o conselheiro
De pé, contra toda a tirania
Sempre de pé, está o povo brasileiro

Espanto que espanta a gente
Tanta gente a se espantar
Que o povo tem sete fôlegos
E mais sete tem pra dar
Quanto mais cai, mais levanta
Mil vezes já foi ao chão
De pé, mil vezes já foi ao chão
Povo levanta, na hora da decisão
De Pé














 
1967
Revista inTerValo
Ano V – n° 241
20 a 26/8 de 1967
Editôra Abril









1967 - MARIA ODETTE
A. ESPANTO (Théo de Barros/Gianfrancesco Guarnieri)
Da peça Arena conta Tiradentes
B. JOÃO E MARIA (Geraldo Vandré/Hilton Accioly)
Mocambo/Rozenblit S 7” nº CS 1.266



 

 






1981- THEO DE BARROS
61215147 / 2:00
Álbum “Primeiro Disco”
Estúdio Eldorado 2 LPs, 25.81.0332/1/2, LP 1, B-5.
Eldorado CD ELD-06-2052, Track 10. [2006]























CIDADE DO OURO

Letra: Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri






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