O GLOBO
Vai ter live:
Caetano Veloso cede aos apelos dos fãs e decide fazer show
Cantor irá se apresentar no dia 7 de agosto, quando completa 78 anos,
com transmissão pelo Globoplay
30/07/2020
Após
meses de pedidos de fãs e uma intensa campanha de sua mulher e produtora, Paula
Lavigne, Caetano Veloso enfim se rendeu. E fará uma live especial para
comemorar seu aniversário de 78 anos, no dia 7 de agosto.
A
apresentação será transmitida com exclusividade pelo Globoplay, às 21h30, e
terá participação dos filhos do cantor e compositor — Moreno, Zeca e Tom.
O
anúncio foi feito em um vídeo, que junta Caetano, Paula e o humorista Marcelo
Adnet, que vinha amplificando a campanha em seu programa "Sinta-se em
casa".
—
Imitando Gilberto Gil, como sempre, eu vou fazer no dia do meu aniversário —
brincou o cantor. — Eu faço 78 anos, e é no dia 7/8. E eu soube que vai ser o
78o "Sinta-se em casa". Vai ter live.
|
Foto: Aline Fonseca |
Entrevista para a Comunicação
da TV Globo
Seus fãs estavam muito ansiosos por esta live, que
ganhou até o título de “live, a lenda” por toda expectativa gerada. Como você
vê todo esse movimento?
Com curiosidade. No começo, eu nem via
possibilidade de fazer live. Não achava que o que me era proposto fosse do meu
feitio. Mas eu queria fazer. Acho graça de o assunto ter ficado tão falado. O
fundamental, que é cantar, estar na companhia dos meus filhos e escolher
canções, me dá prazer.
O que o público pode esperar do show?
Recebo muitos recados e e-mails pedindo canções e
até orientando se vou para o lado do material ultraconhecido ou se canto coisas
que quase nunca cantei. Meu critério deveria ser exclusivamente este: o que eu
posso fazer melhor? Mas tanto os sucessos consagrados quanto as coisas que
tratam de temas mais adequados à situação de quarentena - além do desejo de
cantar canções pouco ouvidas - abalam esse critério. Assim, o público pode
esperar um misto dessas coisas todas.
E o que você, como artista, espera desta nova
experiência?
Espero poder cantar e tocar num nível razoável.
Cantei umas vezes em lives de Teresa Cristina e assisti às de Milton (sozinho e
com Xenia mais Liniker) e à de Gil. Vi uma de Péricles Cavalcanti com Yayo, um
cantor argentino. E uma de Bel Marques. Lives são situações de clima próprio.
Não é como gravar um vídeo ou fazer um show num palco diante de plateia. Gosto
das frestas que aparecem nesse formato que surgiu com a quarentena (que já
passa de noventena). A gente está longe dos ouvintes mas, de certa forma, com
mais intimidade com eles.
Fazer uma apresentação ao lado dos filhos, em um
projeto em casa, tem um significado diferente?
O Ofertório me deu muita felicidade. E fiquei com
muito orgulho dos meus filhos, tanto como artistas quanto como pessoas. Adorei
a live de Gil (a mais brilhante de todas, mostra de grande destreza musical) e
fiquei comovido ao ver os filhos dele (dos quais gosto tanto) participando.
Zeca esteve desde fevereiro aqui no Rio, perto. Moreno e Tom passaram tempos em
fazendas, mas calhou de estarem de volta agora. Falei logo com eles que queria
que eles participassem. Não tem quase nada do Ofertório. Eles vão tocar comigo
muitas das músicas escolhidas para a live e eu vou cantar ao menos uma com cada
um deles. Nesse caso, canções deles mesmos. Uma, a de Moreno, é uma parceria
comigo.
São mais de cinco décadas de carreira e centenas de
composições. Como foi escolhido o setlist da live?
Foi complexo. E ainda está sendo. Acho que até a
véspera, mesmo minutos antes (ou durante a própria apresentação) o repertório
vai passar por mudanças.
Como tem sido sua troca com os fãs através das
redes sociais?
Recebo sugestões e pedidos. Não só através de redes
sociais como por e-mail. Vou tentar atender o máximo que puder.
O que você mais tem feito durante o isolamento?
Muitas pessoas adquiriram um novo hábito, desenvolveram algum hobby. Aconteceu
com você?
Acho que leio mais. Decididamente, leio mais os
jornais. Fico horas com essas páginas enormes nas mãos e diante dos olhos. Leio
praticamente todos os articulistas e a maioria das matérias. Isso cresceu
bastante na quarentena. E livros, que eu leio quando vou me deitar, talvez um
pouco mais do que antes.
O anúncio da live foi feito através de um episódio
especial do ‘Sinta-se em casa’ de número 78, idade que você vai completar e
mesmos números da data do seu aniversário e foi perceptível o quanto você se
divertiu. Existem várias paródias e memes com seu nome e suas fotos na
internet. O que o humor representa na sua vida?
Sempre adorei o que me faz rir. Entre os meus
filmes favoritos de todos os tempos estão comédias de Billy Wilder. Quando
menino, amava o Balança Mas Não Cai da rádio Nacional e os programas divinos da
Mayrink Veiga (alguns escritos por Chico Anysio). O humor como elemento
dominante de um trabalho artístico é sublime. Gosto do filósofo que põe a comédia
acima da tragédia. Os tempos que vivemos não seriam apenas menos suportáveis
sem Marcelo Adnet ou Gregório Duvivier: sem pessoas como eles, seriam obscuros,
ininteligíveis, sem luz.
Você inspira as pessoas com sua música e seu
talento. Qual mensagem pode deixar para quem está lendo essa entrevista em
relação ao momento de pandemia que vivemos?
Que saibam se definir internamente em meio à
batalha entre a maluquice das teorias conspiratórias e a natural confusão da
ciência. Ter clareza quanto a um mínimo de decisões é necessário em momentos de
emergência.
O GLOBO
Como será a primeira live
de Caetano Veloso, nesta sexta, quando ele faz 78 anos
Após resistência que virou ‘lenda’ nas redes sociais, compositor se
apresenta hoje com os filhos na Globoplay às 21h30
Silvio Essinger
07/08/2020
Enquanto a MPB inteira se rendia às lives desde o começo da
quarentena, Caetano Veloso não se mostrava nem um pouco interessado em fazer
uma. Daí que uma das grandes diversões dos últimos tempos passou a ser
acompanhar os insistentes vídeos de Paula Lavigne, nas redes sociais dela e
dele, enquadrando o cantor — às vezes de pijama, às vezes comendo paçoca... — ,
perguntando quando aconteceria sua live. Ele desconversava, com bom humor. Os
fãs reforçaram o apelo, enviando pedidos de músicas e até paródias (como a do
humorista Marcelo Adnet, que viralizou). Finalmente, há uma semana veio a
notícia de que Caetano tinha cedido: a apresentação, apelidada de Live, a
Lenda, acontece hoje (dia do seu aniversário de 78 anos), às 21h30,
exclusivamente no Globoplay (não é necessário ser assinante para assistir).
Caetano
toca e canta ao lado dos filhos, Moreno, Zeca e Tom (com os quais veio
dividindo o show “Ofertório” nos últimos anos), na sala de sua casa, em
Ipanema.
—
No começo, eu nem via possibilidade de fazer live. Não achava que o que me era
proposto fosse do meu feitio. Mas eu queria fazer. Acho graça de o assunto ter
ficado tão falado. O fundamental, que é cantar, estar na companhia dos meus
filhos e escolher canções, me dá prazer — disse o cantor, em entrevista
distribuída à imprensa. — Falei logo com eles que queria que eles
participassem. Não tem quase nada do “Ofertório”. Eles vão tocar comigo muitas
das músicas escolhidas para a live e eu vou cantar ao menos uma com cada um
deles.
Misto de todas as coisas
O repertório de Live, a Lenda, é claro, foi objeto
de especulações nas redes sociais ao longo da semana, com os fãs ansiosos para
saber se seus pedidos emplacaram. Nesta semana, Paula ironizou a própria
obsessão com a live, transformando a espontaneidade numa bela estratégia de
marketing (é “aquele assunto que eu evito”, brincou ela num dos vídeos).
Depois, publicou no Instagram um spoiler do quarteto ensaiando “Cajuína”. Dias
antes, Caetano disse que não iria deixar “Tigresa” de fora. E foi anunciado que
duas músicas novas farão parte da apresentação: “Talvez” (composição de Tom
Veloso com Cezar Mendes, que foi gravada por Caetano e o filho e lançada hoje nas
plataformas de streaming, como single) e “Pardo”, canção de Caetano registrada
pela cantora Céu em seu último álbum, “APKÁ!” (2019), que enfim ganhará
interpretação do autor.
— Recebo muitos recados e e-mails pedindo canções e
até orientando se vou para o lado do material ultraconhecido ou se canto coisas
que quase nunca cantei. Meu critério deveria ser exclusivamente este: o que eu
posso fazer melhor? — explicou Caetano. — Mas tanto os sucessos consagrados
quanto as coisas que tratam de temas mais adequados à situação de quarentena
abalam esse critério. Assim, o público pode esperar um misto dessas coisas
todas.
O que havia de cômico (intencionalmente
ou não) nos vídeos de Paula Lavigne puxando assunto sobre a live com Caetano
foi amplificado por Marcelo Adnet em suas paródias, exibidas no seu programa no
Globoplay, “Sinta-se em casa”, gravado durante a quarentena. Apreciadores das
imitações, Caetano e Paula acabaram dando a Adnet a primazia de anunciar que
Live, a Lenda, aconteceria no aniversário de 78 anos do cantor. Anúncio feito
cabalisticamente, aliás, na edição de número 78 do programa, com direito a uma
música composta pelo humorista e interpretada por ele como se fosse Caetano.
Paródia carinhosa
No fim das contas, o número musical de Adnet
viralizou e acabou se tornando a grande peça de divulgação da live.
— Isso foi algo que começou totalmente
despretensioso — revelou Marcelo Adnet, semana passada, ao GLOBO. — Garimpo
notícias de política entre as mídias tradicionais e fatos sobre comportamento
em redes sociais. Foi quando atentei para essa resistência do Caetano com as
lives, e a Paula super querendo a live... Esses vídeos começaram a bombar
dentro de uma bolha ou de um nicho, e aí eu decidi fazer paródias da Paula e do
Caetano em casa. Foi algo que nasceu através de um carinho recíproco entre mim
e os dois.
Caetano disse ter se divertido com o aspecto de
comédia que a live adquiriu:
— Sempre adorei o que me faz rir. Entre os meus
filmes favoritos de todos os tempos estão comédias de Billy Wilder. Quando
menino, amava o “Balança mas não cai” da Rádio Nacional e os programas divinos
da Mayrink Veiga (alguns escritos por Chico Anysio). Gosto do filósofo que põe
a comédia acima da tragédia. Os tempos que vivemos não seriam apenas menos
suportáveis sem Marcelo Adnet ou Gregorio Duvivier: sem pessoas como eles,
seriam obscuros, ininteligíveis, sem luz.
Em tempos de perdas para a cultura brasileira (de
Moraes Moreira e Aldir Blanc a Rubem Fonseca e Sérgio Ricardo), quando tem
acompanhado o noticiário com afinco, Caetano projeta uma esperança.
— Que (as pessoas) saibam se definir internamente
em meio à batalha entre a maluquice das teorias conspiratórias e a natural
confusão da ciência. Ter clareza quanto a um mínimo de decisões é necessário em
momentos de emergência.
O GLOBO
Live do Caetano: qual
música não pode faltar e por quê? Personalidades de diversas áreas respondem
Cedendo ao apelo dos fãs, cantor irá se apresentar nesta sexta (7), dia
do seu aniversário de 78 anos, com transmissão pelo Globoplay às 21h30
Bruno Calixto, Giuliana de Toledo, Gustavo Cunha e
Maria Fortuna
07/08/2020
Boa parte do público das lives respirou com um certo alívio
quando veio o anúncio dos mais esperados: Caetano Veloso vai fazer uma transmissão
ao vivo. Melhor, no dia do seu aniversário de 78 anos, nesta sexta-feira (7/8)
às 21h30, ao lado dos filhos Moreno, Zeca e Tom, com transmissão pelo
Globoplay. Na carona do bafafá causado pela notícia, perguntamos a artistas e
personalidades de diversas áreas — todos, claro, fãs do cantor: qual música não
pode faltar nesta live e por quê? Eis o resultado:
Marcelo Adnet, ator e comediante
"Odara"
— A obra do Caetano se destaca pelo conjunto,
várias músicas históricas e que marcaram época, mas vivemos um momento em que
todo mundo precisa ficar mais odara, e esta canção tem esta mensagem de paz,
tranquilidade e harmonia.
Gal Costa, cantora
"Tigresa"
—
Para te dar os parabéns pelo aniversário.
Bebel Gilberto,
cantora
"Oração
ao tempo"
—
Pensei em várias mas voltei atrás. Esta música me impressionou muito, era
pequena, começo da puberdade, e ela me fez pensar muito, ela se encaixa em
todos os momentos da minha vida. A melodia é a coisa mais linda do mundo. Ele é
um dos compositores que mais amo, me influenciou muito.
Marisa Monte, cantora
“Nu com a minha música”
— Eu gostaria de ouvir esta canção que
eu amo e que já regravei junto com Devendra Banhart e Rodrigo Amarante. Essa música
tem um verso que me emociona sempre que escuto ou canto: “Vejo uma trilha clara
pro meu Brasil apesar da dor”. Nada como a esperança nesse momento de tantas
incertezas.
Teresa Cristina, cantora
"Trem das cores"
— A pergunta é bem difícil, o que não pode faltar é
a live do Caetano, sei lá, mas "Trem das cores" é uma experiência
sensorial, todos os versos fazem sentido, cada verso um camiseta, sabe? Não sei
explicar, acho ela perfeita, poesia musicada. Não sei dizer.
Drauzio Varella, médico
"O ciúme"
— Porque é um descrição poética de rara
beleza literária, desse sentimento que fere a pessoa a quem se dirige e arrasa
aquela que o sente.
Fernanda Abreu, cantora
"Haiti"
— Vidas negras importam!
Letícia Spiller, atriz
"Fora da ordem"
— É do disco "Circuladô", que
marcou muito minha vida. Era 1991, eu tinha 18 anos, e inspirou muito meus
trabalhos experimentais no teatro, usamos muito como inspiração no Grupo Porão
do Teatro Villa-Lobos, que na época foi apadrinhado por Ítalo Rossi.
Bob Wolfenson, fotógrafo
"Meu Rio"
— 'Meu Rio', pois acho uma descrição linda de
lembranças da infância. Toca em coisas que reconheço de uma forma muito
poética. Além de que é uma música pouco difundida. É proustiana.
Kleber Mendonça Filho, cineasta
"Queixa"
— “Quando eu tinha 13 anos, em 1982,
liguei para a Rádio Manchete FM no Recife, ainda com voz de criança, e pedi
‘Queixa’, que estava nas paradas de sucesso. Eu pediria para tocar na live
‘Queixa’, que em 1982 em pedi em um telefonema, que é uma palavra que está
caindo em desuso. É uma grande música.”
Felipe Prazeres, maestro
"Você é linda"
— Jamais poderia faltar numa live. Ainda mais
vivendo essa coisa fria deste ano, nada como falar de coisas bonitas e de amor.
Ivan Sacerdote, clarinetista
"Janelas abertas n°2"
É uma música que me ajuda a refletir sobre a
clausura, sobre como devemos enfrentar nossos medos, lacunas e angústias de uma
maneira contemplativa e corajosa. Essa canção é um grande ensinamento, uma
obra-prima que nos traz paz e autorreflexão nesse momento tão nebuloso.
Alex Atala, chef
"Diamante verdadeiro"
— É uma composição incrível do Caetano,
mas que ficou mais conhecida do grande público nas vozes de Cássia Eller e
Maria Bethânia.
Russo Passapusso (Baiana System), cantor
"Divino maravilhoso"
— É preciso estar atento e forte, sim.
Mart'nália, cantora
"Queixa"
— É uma das minhas preferidas.
'Princesa, surpresa, você me arrasou'.
Lenine, cantor
"Muito romântico”
— Difícil escolher uma entre tantas, mas adoraria
ouvir esta música, que me toca a alma. Parabéns Caetano, vida longa!
Lilia Cabral, atriz
"Meia lua inteira"
— Primeiro que esta música tocava na
novela "Tieta" e eu me lembro das passagens da novela com todo elenco
super caracterizados. Toda vez que a gente entrava em cena tocava Caetano
(cantando a música de Carlinhos Brown) e a gente sabia que teríamos momentos
felizes. Ela é solar.
Lázaro Ramos, ator
"Sozinho" e "Trilhos urbanos"
— Para mim é difícil escolher, por um lado
"Sozinho" (de Peninha), para a gente de casa cantar junto, é aquela
música que puxa coro. Mas também queria ouvir "Trilhos urbanos",
neste momento que a gente está voltando para nossas memórias, para a vida no
interior, a valorização das coisas simples mais próximas da gente, é uma canção
muito significativa.
Cauã Reymond, ator
"O Leãozinho"
— Para mim não pode faltar esta música,
porque quando eu era menino eu tinha um cabelo maior, ficava todo encaracolado
e a minha avó sempre dizia que eu parecia um leãozinho e cantava essa música pra
mim, então eu tenho uma memória afetiva. E "London London" também
porque eu acho uma das mais bonitas que o Caetano já compôs. É uma das mais
delicadas.
Eduardo Moscovis, ator
"Help"
— Saber que o Caetano vai fazer uma live é um
alento, por tudo o que a gente tem vivido ia curtir ouvir esta música.
Claudia Raia, atriz
"O quereres"
— Acho uma música tão política ao falar
de possibilidades e que não há um jeito de ser. Cada um tem suas vontades, seus
desejos.
Ailton Krenak, ambientalista e líder indígena
“Terra ”
— Uma poesia que anuncia o devir desta Nave Viva,
celebra a beleza deste planeta Terra, que estamos à perder de vista.
Pilar del Río, jornalista e escritora
"Cucurrucucu Paloma"
— Tenho mil músicas de Caetano para
destacar, mas, no momento em que ouvi, devido às circunstâncias da minha vida,
a primeira que me vem à cabeça ou ao coração é esta música, que eu sei que não
é dele (a composição é de Tomas Mendez), mas Caetano fez uma versão maravilhosa
que perfurou minha alma, faz parte da minha história. Quero pensar que também
na do Caetano.
Marina Person, cineasta
"Falou, Amizade"
— Gostaria de ouvir "Falou, Amizade", uma
canção que foi feita para a trilha sonora do filme "Dedé Mamata", e
que, acredito, não foi lançada de outra forma, apenas no álbum do filme.
Fernanda Torres, atriz
"Mãe"
— Porque amo essa música.
Zé Celso, diretor de teatro
"Qualquer coisa"
— Quero ouvir a música "Qualquer coisa",
porque qualquer coisa do Caetano Veloso vale. Vale tudo.
Jorge Furtado, diretor
"Tropicália"
— Talvez a música que mais represente o momento
atual seja "Tropicália". Foi uma resposta a um momento de grandes
transformações movidas por uma rebeldia brasileira furiosa contra a caretice,
contra um governo autoritário de direita. A "Tropicália" é exatamente
isto: uma explosão de criatividade contra o autoritarismo. Nesse sentido, seria
a música mais adequada para agora.
Martinho da Vila, cantor e compositor
"London London" e
"Podres poderes"
— Tem uma música antiga que ele não
canta muito, e eu adoraria ouvir: "London London". A gravação dessa
letra, que foi feita no exílio, é emocionante. Também gosto muito de
"Podres poderes", que se mantém tão atual.
Alceu Valença, cantor e compositor
"O ciúme"
— Gostaria de ouvir "O ciúme", porque é
uma toada bonita, a música do sertão profundo. E é na cultura do sertão
profundo que eu adivinho de onde venho.
Gregorio Duvivier, ator
— O assunto Caetano Veloso rende muito
por aqui. Entre as músicas que gostaria de ouvir, há "Um Só Lugar",
do Cezar Mendes, afinal estamos todos confinados num lugar só;
"Índio", em homenagem ao haitiano que disse “acabou, Bolsonaro” —
tenho certeza de que ele foi um viajante do futuro, impávido feito Mohammed Ali;
"Incompatibilidade de gênios", em homenagem ao Aldir; "Nu com a
minha música", porque fala de turnê e de turba, essa palavra sensacional,
num dos versos mais bonitos da nossa música: “Quando eu cantar pra turba de
araçatuba verei você” —será que ainda veremos uma turba?; e "Canto do povo
de um lugar", que minha filha Marieta ama e que virou o hino da nossa casa
na quarentena, afinal todo dia o sol levanta (e ela levanta junto com o sol).
|
Ensaio |
SETLIST
1.
MILAGRES DO POVO (Caetano Veloso)
2.
TIGRESA (Caetano Veloso)
3.
COISA ACESA (Moraes Moreira/Fausto Nilo) Dedicada a Ciça e David, filhos
de Moraes
4. PARDO (Caetano
Veloso)
5. SAMPA (Caetano
Veloso)
6. O PULSAR (Caetano
Veloso/Augusto de Campos)
7. O HOMEM VELHO (Caetano
Veloso)
8. LUZ DO SOL (Caetano
Veloso)
9. UM ÍNDIO (Caetano
Veloso)
10. CAJUÍNA (Caetano
Veloso)
11. TALVEZ (Cézar Mendes/Tom Veloso)
12. QUEIXA (Caetano
Veloso)
13. SERTÃO (Moreno
Veloso/Caetano Veloso)
14. RECONVEXO (Caetano
Veloso)
15. NU COM A MINHA MÚSICA (Caetano
Veloso)
16. DESDE QUE O SAMBA É SAMBA (Caetano
Veloso)
17. TRILHOS URBANOS (Caetano
Veloso)
18. DIAMANTE VERDADEIRO (Caetano
Veloso)
19. PODRES PODERES (Caetano
Veloso)
20.
NINE OUT OF TEN (Caetano
Veloso)
21. QUALQUER COISA (Caetano
Veloso)
22. TÁ COMBINADO (Caetano
Veloso)
23. TODO HOMEM (Zeca Veloso)
24. ODARA (Caetano
Veloso)
25. O LEÃOZINHO (Caetano
Veloso)
26.
SOZINHO (Peninha)
27.
HOW BEAUTIFUL COULD A BEING BE (Moreno Veloso)
EQUIPE UNS
PRODUÇÕES
Um show produzido
por Paula Lavigne
Mixagem:
Igor Ferreira
Assistente
Técnico: Lucas Costa
Figurino:
Felipe Veloso
Direção
de Produção: João Franklin
Produção:
Brisa Torres
EQUIPE LIVE
Direção
Artistica: LP Simonetti
Direção:
Angélica Campos
Assistência
de Direção: Beatriz Pizzi
Direção
de Fotografia: Célio Lima / Willian Andrade
Direção
de Imagem: Ângelo Otávio / Aparecida Santos
Sonoplastia: Carlos Junior
Edição:
Adriano Valadão / Paula Millecco
Colorista:
Fillipe Bastos
Produção
de Tecnologia: Henrique Lopes / Luiz Augusto Moraes / Vinícius Ferraz
Equipe
de Tecnologia: Allan Freitas / Bruno Nazareth / Felipe Leite / Thiago Oliveira /
Vinícius Costa
Abertura:
Lorena Freire / Rodrigo Cipriano / Rosana Riedel
Videografismo:
Nylander Junior
Direção
Executiva de Produção: Rodrigo Tapias
Produção:
Juliana Silleman / Valéria Amaral
Equipe
de Produção: Carolina Tancredi / Giselle Dominguez / Henrique Cunha
EQUIPE GLOBOPLAY
Diretor
de Produtos e Serviços Digitais: Erick Brêtas
Head
de Conteúdo: Ana Carolina Lima
Gerente
de Coproduções: Erika Wurts
Coordenador
de Conteúdo: Tiago Ornaghi
Analista
de Conteúdo: Juliana Loyola / Natalia Dias
Gerente
de Programação de Mídias: Flavio Furtado
Gerente
de Criação: João Ribeiro
Gerente
de Marketing e Inteligência: Tiago Lessa
A
Associação Paulista dos Críticos de Arte
(APCA) divulgou nesta terça-feira (19/1/2021) a lista de premiações do ano
de 2020.
A Associação decidiu
trocar a categoria “Melhor Show Musical” por “Melhor
Live Show”, prêmio que foi para a produção e performance de Caetano
Veloso em sua “Live de Natal”, realizada quando comemorou seus 78
anos, no dia 7 de agosto de 2020.
|
Paula Lavigne indicada na categoria “Profissional do Ano”, por suas produções e projetos lançados em 2020 |
12
de março de 2021
PAULA LAVIGNE // Produtora e
empresária, é dona da Uns Produções,
onde viabilizou filmes e documentários de sucesso durante sua carreira. É
ativista e líder do movimento 342artes
(movimento de rua, apartidário, com adesão de artistas nacionais e
internacionais que dá visibilidade a grandes causas sociais) e também é
presidente da associação Procure Saber,
que defende os direitos autorais dos artistas do Brasil. Paula participou de
várias palestras, cursos online para profissionais e artistas e coordenou a
campanha de divulgação e a realização da live de Caetano Veloso na Globoplay.
Prêmio APCA tem cerimônia
online em sua 64ª edição
Artistas receberam previamente a estatueta criada por Francisco Brennand
e enviaram mensagens gravadas
Ubiratan Brasil
29 jun 2021
A
Associação Paulista dos Críticos de Arte, a APCA, promoveu a festa de entrega
de prêmios de sua 64ª edição na noite da segunda, 28, aos melhores do ano
passado. Na verdade, foi uma cerimônia não presencial e previamente gravada,
com as apresentadoras (as atrizes Cris Rocha e Nilceia Vicente e a
vice-presidente da entidade Edianez Parente) falando desde o Teatro Sérgio
Cardoso. Os artistas premiados também receberam seus troféus com antecedência e
gravaram mensagens de agradecimento, que foram apresentadas tão logo seus nomes
foram citados pelas mestres de cerimônia.
|
A premiação provocou ainda momentos de grande felicidade,
como o de Caetano Veloso, autor da melhor live de 2020. "Ela foi linda por causa dos meus três filhos, Moreno, Zeca e Tom,
que participaram. Assim, quero que o prêmio passe pelas mãos de cada um deles,
que o troféu fique na casa de cada um deles durante um período",
afirmou. |
Foi incrível!!!! Adoro o seu blogue.
ResponderEliminarAbraços Brenna
ResponderEliminarVocê viu a besteira que a revista Rolling Stone publicou sobre o prato que Moreno usou????? Imagine se fosse revista de culinária... pq de música não sabe nada.....
ResponderEliminarMuito obrigada!
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