viernes, 21 de abril de 2017

2008 - MILTON NASCIMENTO // JOBIM TRIO - Novas bossas


Daniel Jobim, Milton Nascimento, Paulo Braga e Paulo Jobim (Divulgação)


O disco 

5/3/2008

Com o CD "Novas bossas", lançado nesta quarta-feira (5), o cantor e compositor Milton Nascimento diz estar pagando uma dívida de anos. 

Admirado por Tom Jobim - que dizia que ele era o melhor intérprete de suas canções - este é o primeiro disco que Milton grava com músicas do maestro e, segundo ele, o trabalho que mais queria fazer.












Novas Bossas traz 14 músicas, entre elas composições de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Vinícius de Moraes. Um dos integrantes do trio Jobim, Paulo Braga, afirma que Milton é a pessoa ideal para o repertório. "O próprio Tom dizia que só o Milton podia cantar suas músicas". 

O disco levou três meses para ser produzido e foi gravado na casa de Milton Nascimento. O CD traz Dias Azuis, música composta por Daniel Jobim, neto de Tom. "Eles ouviram por acaso e gostaram, mas se eu estivesse lá, não teia deixado entrar no disco", brinca Daniel. 





14/3/2008 
iG / Lu Lacerda 

Os convidados se emocionaram com o show de lançamento do CD “Novas Bossas”, de Milton Nascimento e Jobim Trio, no Mistura Fina, nessa quinta-feira. A idéia é parte da comemoração dos 50 anos do estilo musical e início da turnê nacional, que começa nesta sexta-feira, no Mistura. Tom Jobim costumava dizer que o cantor era o único a alcançar o tom original de suas composições. E foi isso que todo mundo viu e ouviu.





Cultura
10/3/2008

Milton Nascimento e Jobim Trio começam temporada de shows no Arpoador


Jornal do Brasil
JB Online

RIO - Tom Jobim disse que Milton Nascimento era o único capaz de cantar suas composições no tom original.


Nada mais apropriado que o mais mineiro dos cariocas se una ao Jobim Trio para celebrar os 50 anos da bossa nova com o lançamento do CD "Novas Bossas". A turnê nacional de lançamento começa nesta sexta-feira, dia 14, no Mistura Fina, no Arpoador.


Além das músicas do CD, o repertório do show traz clássicos da carreira de Milton Nascimento, como "Fé cega, faca amolada", "Coração de estudante", "Maria Maria", "Para Lennon & McCartney" e "Cravo e canela", além de algumas surpresas.


- Ainda estamos fechando o roteiro final, mas temos repertório para uns cinco shows diferentes - revela Daniel Jobim.


O projeto começou a ser idealizado em 2007, nas celebrações dos 80 anos de Tom Jobim. Milton Nascimento e o Jobim Trio se apresentaram juntos no Jardim Botânico. A primeira canção gravada foi "Samba do avião". A partir daí, o repertório foi surgindo espontaneamente.


- Milton queria fazer várias coisas do meu pai - conta Paulo Jobim.


- Daniel sugeriu a inclusão de "Tudo que você podia ser", que tinha tudo a ver com o clima do disco. Milton adorou a sugestão, porque só a havia gravado no "Clube da Esquina" e nunca mais a cantara, nem mesmo em shows.

As duas outras canções do repertório de Milton foram idéias de Paulo Jobim.


- Tocando no estúdio deu vontade de relembrar "Cais", e sugeri ainda "Tarde".


Paulo queria ainda uma canção de Caymmi no disco. Milton topou na hora, pois há muito desejava gravar "O vento". E assim o disco foi sendo costurado, de forma absolutamente intuitiva.


O clássico maior da bossa nova, "Chega de saudade", não ficou de fora do repertório. Ressurge, porém, acompanhado pelo barulho do trem mineiro.


Milton Nascimento e Jobim Trio se apresentam nos dias 14, 15, 16, 22 e 23 de março. O Mistura Fina fica na Rua Rainha Elizabeth, 769, Ipanema. Ingressos: R$ 220. Informações: (21) 2523-1703.




14/3/2008 - Daniel Jobim e Milton Nascimento no camarim antes do show
Foto: Cristina Granato




Cultura
14/3/2008

Águas de março marca estréia de Milton Nascimento com Jobim Trio

Jornal do Brasil
Leandro Souto Maior, JB Online

RIO - As águas de março foram pontuais na noite desta quinta-feira: caíram sobre o Rio exatamente na hora marcada para a estréia do show de Milton Nascimento e o Trio Jobim no Mistura Fina, no Arpoador.


O Trio Jobim na verdade é um duo: da família, participam o filho Paulo e o neto Daniel. O tal trio é completado pelo baterista Paulo Braga, que integrou a banda do maestro soberano durante anos, mas não é um 'Jobim'. No fim das contas, constata-se que trata-se de um quarteto, já que conta ainda com a participação de um baixista.


Os Jobins estão longe de carregar o talento do pai e avô no DNA. Apesar de ótimos instrumentistas, não fizeram nenhuma composição do quilate da mais modesta já produzida por Tom. E bons músicos como eles, existem por aí aos montes. Falta o legado relevante, a obra para a eternidade.


Fica no ar um cheiro de projeto caça-níqueis, puro marketing, nada legítimo. O nome do CD que o cantor e os músicos estão lançando chama-se "Novas bossas" e foi associado aos 50 anos da bossa nova, mas boa parte do repertório é composto de sucessos óbvios (mas não menos brilhantes por isso) da carreira de Milton, como "Travessia" e "Nos bailes da vida".


A apresentação começou com uma hora de atraso. Tudo bem. A culpa pode ter sido da chuva, fechando o verão... Ver e ouvir Milton Nascimento, um dos nossos 'cantores das muldidões' - já que tem público e estrada suficiente para lotar estádios -, de pertinho, para cerca de 200 pessoas, é um privilégio (apenas para os que dispõem dos R$ 220 do ingresso, diga-se de passagem).


O show começou apenas com os Jobins e seus escudeiros, que abriram com uma versão instrumental de "Samba de uma nota só". O grupo meio que serviu de 'boi de piranha', já que problemas de som - o baixo não era ouvido nas primeiras músicas - ajudaram a aumentar a tensão típica das estréias e não colaborou em nada para a excução das próximas músicas, com os títulos pertinentes ao aguaceiro que caía do lado de fora: "Água de beber" e "Águas de março" foram cantadas por Daniel Jobim, que consegue cantar pior que o avô, só que sem a legitimidade de ser o compositor das obras e longe de ter o charme do Tom.


Só na quarta canção o show começou de fato, com a entrada de Milton Nascimento, aplaudidíssimo (afinal, alguém tinha ido ali ver Jobim Trio?), que cantou metade da bossa "Só tinha de ser com você" e mudou logo o rumo da prosa, desfilando o repertório de sua carreira, começando com "Tudo que você podia ser", que exigiu do cantor notas agudas que ele não correspondeu à altura. Parecia ter perdido parte do poder de fogo, tendo que apelar com freqüência para falsetes.


A partir daí, o show "Novas bossas" passou a se dedicar à 'velhas bossas' do Milton. Apesar da proximidade com o artista que a aconchegante casa proporciona, demorou bastante para que ele dirigisse alguma palavra ao público. Nem o tradicional "muito bom estar aqui com vocês" foi falado, até a metade do show, quando "Chega de saudade" proporcionou o primeiro grande momento da noite, a única cantada a plenos pulmões pela platéia até então. 

Nesta canção, a proposta das 'novas bossas' se justificou, com um arranjo que de fato misturou a bossa nova com o estilo mineiro característico do Milton.


- Sou contra estréia. Acho que ninguém devia vir na estréia, só as cadeiras - assim Milton estreou sua comunicação com as pessoas, revelando certo nervosismo.


Em "Eu sei que vou te amar", o cantor emocionou com inspirada interpretação. 

Segundo grande momento da noite. Já em "Fé cega, faca amolada", outra música com melodia bem aguda, ele chegou a deixar de cantar alguns trechos, mas agradou. A partir daí já era festa, o show virou baile, emendando com a imbatível "Para Lennon & McCartney".


- Em todo lugar do mundo que me apresento, tenho que cantar essa próxima música. Muita gente acha que já enjoei dela, mas a verdade é que não enjoei não - revelou, antes de arrasar em "Travessia", terceiro auge da apresentação. O show ainda terminaria com "Cravo e canela", "Samba do avião" e, no bis, "Nos bailes da vida".


Resumo da ópera: como não gostar de um show como esse? Nada de novo neste novo show, mas quem se importa? Milton Nascimento já fez tanto pela música brasileira, não só como intéprete único - um dos maiores cantores do mundo - mas também como magistral compositor. É até uma heresia falar mal. 





14/3/2008

14/3/2008 - Caetano e a professora Bárbara Browning


CAETANO TIETA SEU AMIGO MILTON

... "É uma amiga minha", limitou-se ele a definir sua relação com Bárbara, ao lado de quem assistiu ao show de Milton Nascimento (65) e Jobim Trio - composto pelo filho e neto de Tom Jobim (1927/1994), o violonista Paulo (57) e o pianista Daniel (35), e pelo baterista Paulo Braga -, no Mistura Fina, em Ipanema, Rio, na sexta-feira, 14. 

Caetano e a professora sentaramse na primeira fila para ouvir o romântico repertório de bossa nova. [Revista CARAS, 19/3/2008)]



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