Caetano, Lea Gadelha Millon e Wally |
Waly Salomão, Angela Rô Rô, Caetano Veloso... e Maria Bethânia |
1980
Revista Contigo
Janeiro 1980
n° 296
Revista Contigo
Janeiro 1980
n° 296
1978
Álibi, lançado em dezembro de 1978, lhe conferiu o terceiro Disco de Ouro.
1979 – MARIA BETHÂNIA Y GAL COSTA
Álbum “Sueño mio / Interior"
del LP "Álibi"
Philips S 7” (45 rpm) n° 6069 223 [Argentina]
Apresentou-se, sob a direção de Fauzi Arap, em show homônimo, com cenário de Flávio Império, no Teatro do Cine Show Madureira (RJ), 24-29 de julho de 1979.
1979
Revista Sétimo Céu
Janeiro - n° 272
P. 90
Revista Sétimo Céu
Janeiro - n° 272
P. 90
1979
Revista Ilusão
Maio - n°
317
Editora
Abril
Pág. 39
1979
Revista Romântica
nº 272 - maio de 1979
Revista Romântica
nº 272 - maio de 1979
1979
O álbum Mel foi lançado em dezembro de 1979.
Fevereiro/1980 |
Cine Teatro Maria Bethânia, Largo da Mariquita, Rio Vermelho, Salvador |
1980
Revista Fatos e
Fotos GENTE
n°
977 – Ano XVII
Brasília,
12 de maio de 1980
No dia de inauguração do Teatro, Maria Bethânia fez uma apresentação especial do Show 'Mel'. Com convidados dividindo o palco com ela.
1. APRESENTAÇÃO
2. CARINHOSO / SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ
3. CAVALGADA – com Erasmo Carlos
4. FALA DE ALCIONE / TUDO DE NOVO – com Gilberto Gil
5. ORAÇÃO A MÃE MENININHA – com Gal Costa
6. SONHO MEU - com Gal Costa e Erasmo Carlos
7. LOUCURA
8. TEXTO SOBRE O RIO / SÁBADO EM COPACABANA
9. TEXTO PÁSSARO SOLITÁRIO / A VOZ DE UMA PESSOA VITORIOSA
10. ELA E EU
11. TEXTO MANIA DE VOCÊ / CHEIRO DE AMOR
12. NEGUE
13. OLHOS NOS OLHOS
14. LÁBIOS DE MEL
15. APRESENTAÇÃO DOS MÚSICOS / MEL
16. GRITO DE ALERTA
17. TEXTO / EXPLODE CORAÇÃO
18. CAFÉ DA MANHÃ
19. INFINITO DESEJO
20. TEXTO / MUITO ROMÂNTICO
2. CARINHOSO / SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ
3. CAVALGADA – com Erasmo Carlos
4. FALA DE ALCIONE / TUDO DE NOVO – com Gilberto Gil
5. ORAÇÃO A MÃE MENININHA – com Gal Costa
6. SONHO MEU - com Gal Costa e Erasmo Carlos
7. LOUCURA
8. TEXTO SOBRE O RIO / SÁBADO EM COPACABANA
9. TEXTO PÁSSARO SOLITÁRIO / A VOZ DE UMA PESSOA VITORIOSA
10. ELA E EU
11. TEXTO MANIA DE VOCÊ / CHEIRO DE AMOR
12. NEGUE
13. OLHOS NOS OLHOS
14. LÁBIOS DE MEL
15. APRESENTAÇÃO DOS MÚSICOS / MEL
16. GRITO DE ALERTA
17. TEXTO / EXPLODE CORAÇÃO
18. CAFÉ DA MANHÃ
19. INFINITO DESEJO
20. TEXTO / MUITO ROMÂNTICO
1980
Em janeiro de 1980, estreou o Show "Mel" no Canecão (RJ), com direção de Waly Salomão.
1980
Revista Manchete
16 de fevereiro de 1980 - n° 1.452
Foto: Thereza Eugênia |
1980
Revista
Sétimo Céu – Série Amor
n°
85 – Janeiro de 1980
Fotos: Paulo Soler
Lídia Brondi e Maria Bethânia |
Show / Crítica
12/8/1980
Folha de S.Paulo
Bethânia, uma luz sobre as canções
Dirceu Soares
Se não bastasse o tanto que Bethânia anda cantando bem ultimamente e a limpeza de sua apresentação no Anhembi, o show valeria pelos belos gestos que faz enquanto vai interpretando as canções de seu repertório bem escolhido. Naturais, envolventes, bem dosados. E não é à toa que ela seja hoje a única cantora que consegue prender não só a atenção mas até a respiração de uma platéia durante o tempo que quiser cantar. Desta vez, inclusive, Bethânia até "judia" deste público, mantendo-o sem fôlego uma hora seguida, sem tempo ao menos para se refazer da emoção que lhe foi passada em uma música e já lhe manda uma nova carga em cima. De fato, ela vai num pique musical enorme, cantando 25 canções uma atrás da outra de maneira tão segura e linda que faria inveja a qualquer competidora de uma Olimpíada, se existisse esse tipo de competição maratona–musical. E aí é que está mais um grande valor nessa Bethânia de hoje: um show com esse pique poderia cansar o espectador, massacrado com tanta música sem intervalos. Muito ao contrário, ela consegue que, ao final, esse mesmo público queira ainda ouvi-la mais e mais.
A anunciada novidade deste show Mel, com carreira prorrogada em São Paulo devido à grande procura dos ingressos, é a grande orquestra que acompanha a cantora, regida por Perinho Albuquerque, autor de todos os arranjos, num trabalho muito bom. Mas tamanha é a presença de Bethânia que – aposto – houve gente que nem notou os violinos e os metais no fundo do palco, além do grupo formado por Túlio (piano), Luizão (baixo), Cláudio (guitarra), Bira (percussão) e Eneas (bateria).
A razão é muito simples. Neste show acontece uma coisa rara em espetáculos brasileiros: o som da orquestra fica no seu devido lugar, isto é, faz o segundo plano. Com isso, o artista, emoldurado por ela, pode se soltar à vontade sem ser ofuscado. Coisa que, parece óbvia, mas que pouca gente põe em prática, resultando num som chapado, onde não se distingue a voz do cantor, perdida no som dos instrumentos. Isso, infelizmente, aconteceu recentemente em vários momentos do show de Roberto Carlos, também no Anhembi. Com esses cuidados, Bethânia e orquestra regida por Perinho formam uma dupla em perfeita sintonia.
Tudo isso colabora para que Mel seja um espetáculo limpo, satisfazendo plenamente a quem vai ao Anhembi com o propósito único de ver e ouvir Maria Bethânia cantar. As já famosas, longas e cansativas declamações da cantora-atriz foram esquecidas ou reduzidas a pequenas falas aqui e ali. Nenhum cenário. Roupa simples, mas rica e prateada, mil pulseiras no braço esquerdo e nenhuma no direito, uma pequenina lua também prateada no cabelo. Eis Bethânia por inteiro. Desnecessários os focos de luz colorida sobre ela de vez em quando, para realçar o clima de determinadas canções. Funcionam como chover no molhado, porque Bethânia, por si só, colorida ou em preto e branco, já é o próprio foco de luz e sua interpretação dada a cada música, nos conduz ao clima que ela deseja.
O repertório é, basicamente, o de seus dois últimos LPs, Álibi e Mel: Ronda, de Vanzolini; Gota de Sangue, de Angela Ro Ro; Mel, de Caetano Veloso e Wally Salomão; Loucura, de Lupicínio Rodrigues; Amando Sobre Jornais, De Todas As Maneiras, e O Meu Amor, de Chico Buarque; Lábios de Mel, de Waldir Rocha; Infinito Desejo, Grito de Alerta e Explode Coração, de Gonzagulnha; Nenhum Verão, de Túlio Mourão; e Negue, de Adelino Moreira e Enzo Passos, entre outras. Há também Cavalgada, e Café da Manhã, de Roberto e Erasmo Carlos e Olhos Nos Olhos, de Chico Buarque, a música que, segundo ela, fez com que também as rádios AM passassem a tocar suas gravações, já que, antes, só era ouvida em FM.
Traduzindo: deixou de ser vista como uma cantora de elite para ser entendida como popular, o que, aliás, sempre foi. Deliciosa também é a sua interpretação de Sábado em Copacabana, de Dorival Caymmi, e Jorge Guinle. A grande qualidade de Bethânia, além do charme que possui, é saber, como quase ninguém, ser tão coloquial ao cantar qualquer canção. Juntam-se voz, expressões do rosto, corpo e gestos das mãos. Olhos nos olhos da platéia. Perfeita.
Se não bastasse o tanto que Bethânia anda cantando bem ultimamente e a limpeza de sua apresentação no Anhembi, o show valeria pelos belos gestos que faz enquanto vai interpretando as canções de seu repertório bem escolhido. Naturais, envolventes, bem dosados. E não é à toa que ela seja hoje a única cantora que consegue prender não só a atenção mas até a respiração de uma platéia durante o tempo que quiser cantar. Desta vez, inclusive, Bethânia até "judia" deste público, mantendo-o sem fôlego uma hora seguida, sem tempo ao menos para se refazer da emoção que lhe foi passada em uma música e já lhe manda uma nova carga em cima. De fato, ela vai num pique musical enorme, cantando 25 canções uma atrás da outra de maneira tão segura e linda que faria inveja a qualquer competidora de uma Olimpíada, se existisse esse tipo de competição maratona–musical. E aí é que está mais um grande valor nessa Bethânia de hoje: um show com esse pique poderia cansar o espectador, massacrado com tanta música sem intervalos. Muito ao contrário, ela consegue que, ao final, esse mesmo público queira ainda ouvi-la mais e mais.
A anunciada novidade deste show Mel, com carreira prorrogada em São Paulo devido à grande procura dos ingressos, é a grande orquestra que acompanha a cantora, regida por Perinho Albuquerque, autor de todos os arranjos, num trabalho muito bom. Mas tamanha é a presença de Bethânia que – aposto – houve gente que nem notou os violinos e os metais no fundo do palco, além do grupo formado por Túlio (piano), Luizão (baixo), Cláudio (guitarra), Bira (percussão) e Eneas (bateria).
A razão é muito simples. Neste show acontece uma coisa rara em espetáculos brasileiros: o som da orquestra fica no seu devido lugar, isto é, faz o segundo plano. Com isso, o artista, emoldurado por ela, pode se soltar à vontade sem ser ofuscado. Coisa que, parece óbvia, mas que pouca gente põe em prática, resultando num som chapado, onde não se distingue a voz do cantor, perdida no som dos instrumentos. Isso, infelizmente, aconteceu recentemente em vários momentos do show de Roberto Carlos, também no Anhembi. Com esses cuidados, Bethânia e orquestra regida por Perinho formam uma dupla em perfeita sintonia.
Tudo isso colabora para que Mel seja um espetáculo limpo, satisfazendo plenamente a quem vai ao Anhembi com o propósito único de ver e ouvir Maria Bethânia cantar. As já famosas, longas e cansativas declamações da cantora-atriz foram esquecidas ou reduzidas a pequenas falas aqui e ali. Nenhum cenário. Roupa simples, mas rica e prateada, mil pulseiras no braço esquerdo e nenhuma no direito, uma pequenina lua também prateada no cabelo. Eis Bethânia por inteiro. Desnecessários os focos de luz colorida sobre ela de vez em quando, para realçar o clima de determinadas canções. Funcionam como chover no molhado, porque Bethânia, por si só, colorida ou em preto e branco, já é o próprio foco de luz e sua interpretação dada a cada música, nos conduz ao clima que ela deseja.
O repertório é, basicamente, o de seus dois últimos LPs, Álibi e Mel: Ronda, de Vanzolini; Gota de Sangue, de Angela Ro Ro; Mel, de Caetano Veloso e Wally Salomão; Loucura, de Lupicínio Rodrigues; Amando Sobre Jornais, De Todas As Maneiras, e O Meu Amor, de Chico Buarque; Lábios de Mel, de Waldir Rocha; Infinito Desejo, Grito de Alerta e Explode Coração, de Gonzagulnha; Nenhum Verão, de Túlio Mourão; e Negue, de Adelino Moreira e Enzo Passos, entre outras. Há também Cavalgada, e Café da Manhã, de Roberto e Erasmo Carlos e Olhos Nos Olhos, de Chico Buarque, a música que, segundo ela, fez com que também as rádios AM passassem a tocar suas gravações, já que, antes, só era ouvida em FM.
Traduzindo: deixou de ser vista como uma cantora de elite para ser entendida como popular, o que, aliás, sempre foi. Deliciosa também é a sua interpretação de Sábado em Copacabana, de Dorival Caymmi, e Jorge Guinle. A grande qualidade de Bethânia, além do charme que possui, é saber, como quase ninguém, ser tão coloquial ao cantar qualquer canção. Juntam-se voz, expressões do rosto, corpo e gestos das mãos. Olhos nos olhos da platéia. Perfeita.
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