viernes, 20 de mayo de 2016

2016 - OBRIGADO, DARCY!



 

“Fracassei em tudo o que tentei na vida.

Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.

Tentei salvar os índios, não consegui.

Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.

Mas os fracassos são minhas vitórias.

Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.”


Darcy Ribeiro (Montes Claros, Minas Gerais, 26/10/1922 - Brasilia, 17/2/1997)





OBRIGADO, DARCY! (O Brasil que vai além) 
Autores: Emicida / Rael / Nave  (2014)


Calo nas mãos
Bola nos pés
Banzo ou não
Diz quem tu és


Arranha-céus ou igarapés
Força de bateria nota 10
Ao olho alheio, trem sem freio, viu
É um coração cheio, um estômago vazio
É a bunda da mulata ou é um moleque de fuzil
Paixões e contradições mil
Sou do Cristo do Rio, riso efêmero

Po, qual tua cor? Valor? Qual teu gênero?
Se descer sem sambar, eles tremerão
Com roteiro de inspirar James Cameron
Terra de Vera Cruz, luz, berço da vida
Os vilão que é do bem, dos heróis genocidas
Sonho de paz, outros Carnavais
Povo que tem como seu maior bem
Gritar gol


Gritar gol
Gritar gol
Gritar gol


Do Oiapoque ao Chui
É isso que eu sou
Mistura de Tupi com sangue de nagô
Recantos de Zumbi
Batuque de tambor
Brasil é isso aí
Em todo canto, por onde for


Por onde for
Por onde for
Por onde for






2016 – FIÓTI [Evandro Fióti]
Participación Especial: CAETANO VELOSO 
En texto de Darcy Ribeiro 
Álbum “Gente Bonita”
Laboratório Fantasma EP, Track 1.



Ficha técnica
Voz: Fióti
Produção musical: Fióti
Violão e percussão: Cabé Violeiro
Flautas: Thiago França



“A faixa é uma releitura da canção de Emicida, Rael e Nave, feita em 2014 por encomenda para um projeto especial. Aos olhos de Fióti, a ideia era, com a nova roupagem, fazer com que a letra se sobressaísse. “Minha ideia era ter uma nova versão da ‘Obrigado, Darcy’, em que a letra desse de cara com as pessoas e todos pudessem prestar atenção e refletir sobre o que de fato é o Brasil”, diz o músico.

Ele ressalta ainda a contemporaneidade da música. “Darcy Ribeiro foi um mestre. De tempos em tempos é necessário revisitar sua obra para sabermos quem somos e para onde devemos ir. Ela deixa claro que um povo jamais poderá ser grande e se tornar uma nação se não respeitar seu passado, aprender com seus erros e corrigi-los. Darcy passou a vida tentando fazer isso, foi vitorioso em muitas coisas, mas infelizmente não conseguiu tudo o que queria, que na verdade é o sonho de muitos brasileiros: uma sociedade mais justa. Mas ele deixa um legado e uma obra de extrema importância para a cultura brasileira”, completa Fióti.”

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