domingo, 4 de diciembre de 2022

2022 - COALA FESTIVAL - 8ª edição

 

Gal Costa performa ao vivo durante o Coala Festival 2022, no Memorial da America Latina em 17 de setembro de 2022.

Foto: Mauricio Santana/Getty Images



No dia do último show de sua vida, em 17 de setembro passado, Gal descansou em sua própria casa, no bairro paulistano dos Jardins. Era sábado, ela acordou mais cedo que o habitual, ao meio-dia, e escreveu logo uma mensagem no WhatsApp para sua produtora e assistente pessoal: “Giovana, mudei de ideia, vou querer ir pronta para o show. Imagino que aí precisaremos sair [de casa] às 19h30.” 











Gal Costa, no centro, dividiu palco com Tim Bernardes, à direita, 

e Rubel, à esquerda - Instagram (@rubelrubelrubel) / Reprodução 





Último show de Gal ocorreu em setembro, no Festival Coala, em SP


Cantora encerrou a segunda noite do festival, no dia 17/9. 

Show teve a participação de Rubel e Tim Bernardes. 

Gal morreu nesta quarta-feira (9/11) em São Paulo.

  

Por g1 SP — São Paulo

09/11/2022


Gal durante apresentação no Festival Coala, em setembro desde ano,
na capital paulista
Foto: Divulgação / Festival Coala


No dia 17 de setembro, Gal Costa fez seu último show. Ela foi um dos destaques do Coala, e encerrou o segundo dia do festival, no Memorial da América Latina, na Zona Oeste da capital paulista. A apresentação teve a participação especial de Tim Bernardes e de Rubel. 

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" eram algumas das músicas do repertório. 

Após a apresentação, porém, Gal precisou dar uma pausa nos shows por conta de uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita. 

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total". 

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

 

Gal recebeu no palco o cantor Rubel — Foto: Divulgação / Festival Coala


 

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. 

"A pele do futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao g1, quando lançou o álbum.


Gal Costa durante apresentação no Festival Coala, em SP
Foto: Divulgação / Festival Coala



Último músico a dividir palco com Gal Costa se emociona: “Chocante”


Tim Bernardes e Gal Costa subiram juntos no palco do 

Coala Festival, evento realizado em setembro, em São Paulo

 

Gabriel Lima 

09/11/2022


  

Gal Costa e Tim Bernardes


Tim Bernardes, último cantor a dividir o palco com Gal Costa, prestou uma homenagem a artista. No Instagram, o músico, que também contou com a presença de Rubel, relembrou a apresentação ao lado de um dos maiores nomes da MPB, que foi realizada no dia 18 de setembro, no Coala Festival, realizado em São Paulo.

“Inacreditável: estava justamente com o Rubel essa manhã quando ficamos sabendo dessa notícia tão triste. É muito chocante porque, um pouco mais de um mês atrás, estávamos nós dois e Gal no palco do Coala cantando juntos. Ela estava radiante, emocionante, rock’n’roll, uma coisa impressionante”, expressou o cantor. 

“Uma notícia assim deixa a gente incrédulo… muito antes de sonhar em conhecer minha ídala, foram os primeiros discos dela, o jeito de cantar, a energia atômica (que estava ali bombando desses primeiros discos até esse último show), a musicalidade e voz dela que chacoalharam completamente minha cabeça adolescente”, descreveu Tim Bernardes. 

O músico também explicou como Gal Costa inspirou a sua carreira. “Mesmo sem conhecer ela, ela já era uma das professoras mais importantes da minha vida. Ouvindo a Gal eu aprendi coisas que um milhão de aulas não teriam como me ensinar. A naturalidade de quem vai do mais delicado e cristalino até o roquenrou mais explosivo. Isso pra mim já basta pra ser eternamente grato à essa artista rara e inacreditável”, pontuou. 

O cantor celebrou o fato de ter dividido o palco com a cantora baiana. “Poder ter conhecido ela, ela gravar Realmente Lindo, cantar Baby(!!) com ela e finalmente tocar juntos ao vivo é ainda uma coisa que extrapola já toda essa gratidão infinita que eu tenho por ela. No fim do show ela veio falar empolgada que tinha adorado e que a gente devia gravar alguma coisa comigo tocando guitarra”, pronunciou. 

Tim Bernardes aproveitou para rasgar elogios a cantora. “A empolgação dela, aos 77, com tocar e cantar foi mais uma aula recente que eu tive ali, uma força vital muito impressionante. Quem assistiu àquele show via claramente o prazer de fazer música que ela transparecia, eu sinceramente me sentia numa jam rockeira como não me sentia há muitos anos. A Gal é MUITO foda”, se declarou. 

Por fim, o músico se declarou a Gal Costa. “No meio da pandemia a gente foi no programa do Bial pra falar do disco com as parcerias, ali ela falou um lance que ficou marcado na minha cabeça e que logo voltou quando soube dessa tristeza hoje: ‘eu acho a vida um milagre’, po***, que milagre lindo que foi e é a vida da Gal. Te amo, Gal, obrigado demais”, complementou.

 


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