sábado, 10 de septiembre de 2022

1973 - GAL COSTA no Teatro Tereza Rachel

 




















1973
Revista Amiga
n° 140
23 de janeiro de 1973










































































1973
Revista Amiga
21 de fevereiro de 1973
n° 145

























Gal Costa e Dominguinhos - Foto: Thereza Eugênia




























GUILHERME ARAUJO

apresenta


GAL COSTA

 

com a participação de:

Dominguinhos – acordeon

Toninho Horta – guitarra

Luiz Carlos Alves - contra-baixo

Roberto Silva – batería

Chico Batera – percussão

 

Direção Musical - Gilberto Gil

 

A VOZ DO VERÃO


No mesmo local, com o mesmo calor e praticamente para a mesma platéia, começou na semana passada o que poderia ser a tediosa repetição de um dos mais bem sucedidos shows musicais do ano passado. 

Mas o verão e a platéia de1973 encontram no novo espetáculo de Gal Costa (Teatro Tereza Raquel, Rio) uma intérprete mais uma vez renovada e à altura do acontecimento que ameaça transformar-se numa tradição dos começos de ano. 

Dirigido por Gilberto Gil, com um repertório de músicas inéditas de Caetano Veloso e produzido por Guilherme Araújo, o show confirma a supremacia do já combatido "grupo baiano". Por mais que alguém possa se preocupar com o lado hippie e gay-power da juventude que lota o teatro, esta preocupação é inútil: o resultado é musicalmente mais ardente que qualquer abafamento da platéia ou da sala. 

Auge - Aos 27 anos, Gal Costa demonstra, durante as duas horas e meia e quinze músicas do espetáculo, que está na melhor fase de sua carreira. Com uma saia de babados colorida, um pequeno corpete prateado sobre os seios, flores no cabelo, meio índia, meio baiana, é um estímulo visual poderoso e hipnótico. A tímida dançarina de outros shows cresce agora debaixo das luzes e dessas cores. 

"Índia", a velha guarânia de Cascatinha, que encerra a primeira parte do show, tem uma coreografia exata e atraente. Gal caminha e requebra, brinca com a voz, emite sons estranhos na canção "Passarinho". É uma espécie de luxo da cantora que aprendeu a dominar sua voz e oferece à platéia um catálogo de variações: ora em tom baixo, ora de um jeito suave ou quase abafando o som da guitarra elétrica, ela vai esticando e tecendo novas melodias em cima de peças conhecidas, como "Divino Maravilhoso", que abre o espetáculo, e "Desafinado", que o encerra num arranjo radicalmente novo. 

Naturalmente, as novas canções de Caetano Veloso (de quem Gal sempre foi a melhor intérprete, até Caetano se transformar também num excelente cantor) ocupam boa parte do espetáculo e da espectativa do público. Elas saltam da euforia de "Relance" (“Pare, repare, cite, recite, salve, ressalve, volte, revolte) ao cômico do samba carnavalesco "Barato Modesto" (“Eu vou sair de palhaço / Você de careta / A verdade deixei na gaveta”). E os velhos sucessos de Caetano, como "Avarandado e "Mamãe Coragem", aparecem também de roupa nova, tecida com o vigor pelas mãos do arranjador Gilberto Gil.

(Elizabeth de Carvalho, Veja, 21/2/73)

 




1/12/1973 - Revista Fatos e Fotos n° 641











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