lunes, 6 de diciembre de 2021

2021 - GAL - NENHUMA DOR

 

‘Nenhuma Dor’, álbum que comemora os 75 anos de Gal Costa, tem lançamento oficial nesta sexta-feira, dia 12/2/2021, com edições em vinil e CD.




Gal Costa: 'É preciso se posicionar diante da burrice de quem é contra a vacina'

Gal Costa lança disco de duetos com vozes masculinas, revela que planejou filho com Milton Nascimento, fala sobre a vontade de ser avó e critica o conservadorismo: 'A sociedade sempre foi careta'


Maria Fortuna

11/02/2021


Gal Costa em São Paulo: 'Hoje, sou a Gal reclusa, que espera o sinal da ciência para trabalhar e encontrar os amigos'  - Foto: Divulgação / Carol Siqueira

Pode até parecer uma contradição Gal Costa batizar seu disco de "Nenhuma dor" neste momento de tanta tristeza por causa da pandemia de coronavírus. Mas é uma questão de postura diante da vida. O título reproduz o nome da canção de Caetano Veloso (com poema de Torquato Neto), que a cantora gravou com ele no disco "Domingo" (de 1967) e que agora ressurge no novo álbum, em dueto com Zeca Veloso. Um trecho resume tanto a mensagem que Gal deseja passar agora para um público abatido pela maior tragédia sanitária do planeta, quanto funciona como um mantra para aplacar a "ansiedade" com a qual ela espera sua vez na fila da vacina: "Seguirmos firmes na estrada/ Que leva nenhuma dor".


Gal Costa lança o disco 'Nenhuma dor' - Foto: Divulgação / Carol Siqueira

- A ideia é essa: todo mundo ficar forte porque, no final do túnel, quando tudo passar, vai ser um alívio. Voltaremos a ser felizes - acredita Gal, que lança nesta sexta-feira (12/2) o novo trabalho, composto de regravações de dez músicas de seu repertório. - Estamos precisando dessas referências para lembrar um tempo bom, em que a vida era melhor. Tipo: "Eu era feliz e não sabia".


Tim Bernardes, Gal Costa e Rubel: álbum novo da cantora traz a participação de dez vozes masculinas - Foto: Divulgação / Carol Siqueira

 

Com o projeto, ela celebra 75 anos de idade e 55 de carreira. Nesta viagem, divide o microfone com vozes masculinas. Além de Zeca, Tim Bernardes (“Baby”), Zé Ibarra (“Meu bem, meu mal”), Silva (“Só louco”), António Zambujo (“Pois é”), Criolo (“Paula e Bebeto”), Jorge Drexler (“Negro amor”), Rodrigo Amarante (“Avarandado”), Rubel (“Coração vagabundo”) e Seu Jorge (“Juventude transviada”). Eles cantaram no tom agudo de Gal (“foram muito corajosos!”, diverte-se ela).

Idealizado por Marcus Preto, com produção de Felipe Pacheco Ventura, o disco (da Biscoito Fino) foi inspirado no interesse dos jovens por Gal. Durante a quarentena, ela percebeu um carinho da garotada com artistas de sua geração. Era gente recorrendo à memória afetiva do país para ter estrutura diante das incertezas.


Capa do disco 'Nenhuma dor', de Gal Costa: arte é assinada por Omar Salomão, filho do poeta Waly Salomão, que foi grande amigo da cantora 

Foto: Reprodução de arte de Omar Salomão 



Da casa em São Paulo que divide com o filho, Gabriel, de 15 anos, e os cães da raça golden retrieve Sadi e Rob, Gal conversou com O GLOBO pelo telefone.


Em meio à tanta tristeza, deve ter sido um alento gravar o disco. Sair de casa, ir para o estúdio...

Foi uma benção trabalhar. Mais que isso, cantar para as pessoas nesse momento. A música salva, sempre me salvou no mundo. 

Você já foi fatal, sagrada, profana, plural, estratosférica, divina e maravilhosa. Qual é a Gal de agora?

Como todo brasileiro, vivo um momento triste, em que nos deparamos com tantas perdas. Tanta gente na rua, um vírus que assola a Humanindade, esse sofrimento... Parece filme de ficção científica. Hoje, sou a Gal que se cuida, que fica chocada quando vê as pessoas aglomeradas, sem responsabilidade, sem pensar no outro. Sou a Gal que está reclusa, esperando o sinal da ciência para voltar a trabalhar e encontrar os amigos. 

A Gal mulher de fé, iniciada no candomblé, filha de Obaluaê e Iansã, tem esperança de dias melhores?

Tenho esperança, que é a mola do mundo para o ser humano se tornar melhor. É um período caótico, louco, de muita raiva e agressividade. Não respeitamos divergências, o pensamento diferente do nosso. É péssimo ver isso. E é pelo mundo todo, não só no Brasil. Acho que o que estamos vivendo é um sinal para as pessoas. Não sei de quem, tá? (risos). E sei que nem todo mundo percebe... Mas é um sinal para a gente pensar, olhar a desigualdade, ver como o ser humano está sofrendo e como a gente precisa mudar. Mudamos com o tempo. A essência fica, mas a gente acompanha o mundo, se transforma. A vida exige. Não sou a mesma cantora que fui... 

Não? Perdeu agudos? Ganhou graves?

Ainda sou a cantora que fui, sim (risos)... Algumas músicas até acho que estou cantando melhor hoje. Por exemplo, "Só louco": esses dias ouvi a versão antiga e acho a de agora mais bonita. Não sei se é uma coisa momentânea... 

Quando fez 72 anos, disse que não se sentia com essa idade toda. Agora, aos 75, ainda se sente assim?

Com 75, a gente sente mais o peso da idade. Mas esqueço que tenho isso tudo. Na cabeça, não me sinto com 75. Meu filho diz: "Mãe, você não tem essa idade toda, você sobe escada!". Subo mesmo, como se tivesse 40. Acho que é porque malhei a vida toda, religiosamente. Hoje, não mais, mas meu corpo tem memória, minha musculatura ficou. 

Tem saudade do passado, é nostálgica?

Não fico presa ao passado, mas penso. Olho o passado com uma visão crítica da história que construí. A gente sempre acha que poderia ter feito uma coisa ou outra diferente. Não falo de algo, assim, especificamente. No geral, olho para trás e gosto do que vejo. 

O que o isolamento trouxe de novo para a sua vida?

Já acordava tarde, mas agora acordo mais tarde ainda. Me dou ao luxo de ficar na cama por mais uma hora, levantando aos poucos, pensando na vida, olhando mensagens no celular, assistindo às notícias na TV. Ficar na cama de preguiça é uma delícia! 

Sente saudade de que? De namorar?

Sinto falta das pessoas. A primeira vez que vi o pessoal de trabalho, me deu muita vontade de abraçar, foi uma sensação boa. Tinha visto muita gente falando sobre a falta de abraço, e eu não havia me dado conta. Entendi quando senti na pele. Sou caseira, mas quando temos que ficar em casa por obrigação... Mas o mais importante é obedecer à ciência, rezar pela vacina para todo mundo voltar a ser feliz. 

Além da boca vermelha, seu cabelão preto armado é sua marca registrada. Muitas mulheres pararam de pintar o cabelo na quarentena. Teve vontade?

Sabe que fiquei um tempo sem tingir e pude ver que tenho pouco cabelo branco para a minha idade? Fiquei impressionada! Mas ia fotografar, dar entrevista, então, tingi. 

Como tem sido a convivência intensa com o Gabriel na quarentena?

Ele é um amor, uma luz na minha vida. Me obedece ficando em casa, porque sou faixa de risco, não deixo ele ir para os lugares. Agora, voltou à escola... Sempre me fez muito bem ficar perto dele. Agora... é um típico adolescente que fica no quarto trancado, jogando (risos). 

Você foi criada por sua mãe, sozinha, não teve relação com seu pai. Também cria o seu filho só. Que semelhanças e diferenças enxerga nesse processo?

É muito parecido. A gente acaba se tornando parecido com nossos pais... Minha mãe tinha muita confiança em mim. Não brigava, não era castradora. Eu sou a mesma coisa com o Gabriel. Sou permissiva, no bom sentido, converso sobre tudo, principalmente sobre drogas, me preocupo muito com isso. Temos uma relação de confiança, saudável. 

Caetano Veloso já contou que você se ofereceu para ter um filho com ele. Como foi essa história?

Não lembro disso, não (risos). Mas me lembro que me oferecia para ter filho com todo mundo (risos)... Porque o sonho da minha vida era ter um filho. E eu não engravidava. Minha mãe falava "Gracinha", ela me chamava assim, "adote uma criança". Mas achava que filho tinha que ser parido. Hoje, sei que filho é amor. Eu e Bituca (Milton Nascimento) tínhamos um projeto de ter um filho juntos. Olha só, que oferecida eu era... (risos). Mas era por causa das nossas vozes. Achávamos que um filho nosso teria uma voz especial. Quando eu estava com o Marco Pereira (violonista com quem ficou casada), a gente tentou ter um filho e fui averiguar... Tive uma menopausa precoce (aos 42 anos), não tava ovulando mais... 

Tem vontade de ser avó?

Tenho. Tudo que sonho na vida é que Gabriel encontre uma mulher que realmente goste dele e construa uma família. Rezo muito por isso. Quero ter um netinho, porque ele vai ser um pai maravilhoso. 

Você sempre usou o corpo para marcar posições. Tocou violão com pernas de fora quando isso era tabu, mostrou os seios em shows e discos e fez uma capa como a do álbum "Índia". Como enxerga a necessidade de, em pleno 2020, a mulher ainda ter que afirmar: "meu corpo minhas regras" e "minha roupa não é um convite"?

É assustador ainda precisarmos marcar esse tipo de posição. Cansa, mas a gente não pode parar, nosso papel é continuar ensinando, dizendo, mostrando. A gente vive um momento de muito policiamento por parte de militâncias, de gente conservadora ao extremo. Na minha época, tinha a repressão, era ditadura... A verdade é que as coisas não mudaram muito. Só que, hoje, é tudo mais exposto nas mídias digitais, tudo que acontece é mostrado. Eu tinha essa postura natural e espontaneamente, que ia contra os padrões do momento. 

Se sentiu no lugar de sex symbol? Namorou muito?

Não ligava muito para isso, não fazia propositalmente, era a minha postura diante da vida. Tanto que havia em toda manifestação e figura pública uma certa elegância e pureza. Estava ligado ao meu propósito, ao que eu era e sou. Não era uma exposição vulgar, mas pura e de afirmação da liberdade. Mas não fui muito namoradeira, não. Tenho 75 anos de idade não vamos entrar nesse assunto... 

Acha que sociedade brasileira mudou desde a época da Tropicália? Está mais ou menos careta?

Não acho que mudou, não. A sociedade sempre foi careta. 

E as "Dunas da Gal" eram um refúgio no meio dessa caretice, né? Ali, você desaguava um pouco dessa liberdade genuína que tinha dentro. O que aquele lugar representou para você?

Era um lugar que ninguém frequentava, porque estavam fazendo uma obra de esgoto. Eu e (Jards) Macalé começamos a ir justamente porque não tinha gente e queríamos uma certa liberdade. Aí, as pessoas começaram a ir... O (Jorge) Mautner dizia que aquele lugar tinha uma energia que o protegia. E tinha mesmo, porque, ali, tínhamos a liberdade de ser quem éramos enquanto tudo estava sob censura. A gente podia fazer o que queria sem ser importunado. 

Lançou, dias atrás, um single e clipe com Daniela Mercury, "Quando o carnaval chegar". Sofre com o vazio do "não carnaval"?

Não estou triste porque não vai ter carnaval. Ficaria se tivesse, porque veríamos muito mais mortes. Carnaval vai ter sempre, o importante é preservar a vida. 

No clipe, há frases como "Cultura é vacina para a ignorância". Qual a importância da mensagem? E, no final do vídeo, que é em formato de animação, você e Daniela se beijam. O que significa?

É preciso se posicionar diante da ignorância e burrice de quem é contra a vacina e contra a ciência. Sobre o beijo, nada. É um selinho que todo mundo dá. Eu já dei, Hebe Camargo já deu, os russos também dão... (risos) 

Daniela é uma militante LGBTQI+. E Gal?

Estou tranquila, embora meu passado tenha me mostrando como uma mulher, entre aspas, militante, coisa que nunca fui... Por acaso, fui uma mulher libertadora, no sentido verdadeiro, procurei viver a vida que acreditava e acredito. Mas nunca tive essa personalidade no sentido de militar. Prefiro ficar quieta, admirar o outro. Embora você, muitas vezes, não se identifique com aquilo, respeita, vê beleza. Acredito na liberdade e no respeito. Sou democrata. 

Você fez parte de um movimento como a Tropicália, que pregava a ruptura com o sistema vigente, mas nunca pôs em palavras o seu posicionamento político. Sempre foi mais genérica, enquanto amigos como Maria Bethânia e Caetano se colocavam mais à esquerda. E hoje, o que pensa sobre o atual governo?

Acho muito ruim e incompetente. Nunca me posicionei politicamente, mas sempre tive uma visão de que governo ideal para o povo é o humanista. É preciso cuidar principalmente dos pobres. Quanta desigualdade ficou ainda mais escancarada nessa pandemia. As pessoas pagam impostos e não têm água... 

São centenas de shows, 30 álbuns em estúdio, cerca de 11 ao vivo. O que falta para Gal Costa?

Adoro trabalhar, a música me dá equilíbrio. Vou trabalhar até quando puder, até quando Deus quiser. E acho que estou cantando bem.


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75 anos de vida, 55 de carreira, para muitos, Gal Costa é a maior intérprete da música popular brasileira. Divina maravilhosa, a baiana celebra sua trajetória com Nenhuma Dor, álbum de duetos com cantores da nova geração que revisita o passado de olho no amanhã.


Gal Costa é nossa!


ROSANA RODINI

12 FEV 2021 

Taquicardia. Do outro lado da linha, Gal Costa, a tigresa parte fundamental da geração made in Bahia responsável pela maior reviravolta musical (e além) do Brasil, 75 anos de alegria sonora injetada na veia e no coração de quem a escuta. Fez muito. E faz. “Sabe, ainda tenho sede de futuro. Apesar dos meus 75 anos, e também por causa deles, não dá para descansar. Fazer algo nesta época maluca do mundo foi importante”, diz ela. 

Gal se refere a Nenhuma Dor, disco que sai este mês pela Biscoito Fino, com clássicos gravados pela artista ao longo da carreira agora em duetos com artistas das novas gerações. Um álbum que nasce da percepção de Gal de que sua obra estava sendo mais escutada durante a pandemia. “Acho que as pessoas buscaram canções que as levassem para um lugar de memória afetiva”, reflete. Marcus Preto, diretor artístico do projeto e parceiro de Gal desde 2013, confirmou a impressão com dados: o consumo de música “de catálogo” aumentou sensivelmente durante este período. Fez-se luz, ou melhor, som. 

“São vozes que admiro e que, de alguma forma, tem alguma conexão com o que fiz até hoje”, explica ela sobre a escolha dos parceiros. Em ordem alfabética, são eles Criolo, Rubel, Rodrigo Amarante, Seu Jorge, Silva, Tim Bernardes, Zé Ibarra e Zeca Veloso; o português António Zambujo e o uruguaio Jorge Drexler. Sobre o nome do disco, batizado com a música de Caetano que gravou com Zeca Veloso, que viu nascer, Gal explica: “Primeiro, achei estranho, pois atravessamos um período de imensa dor. Mas outro dia eu estava vendo um filme e, de repente, reparei que tinha me esquecido de tudo. Me lembrei de como a arte joga a gente para outra dimensão, de como a arte nos faz sonhar e também esquecer das dores do mundo. A arte é a identidade de um povo. Em meio ao caos, uma música pode ser um alento.”

Gal fala por experiência própria de uma infância na Bahia regada de cor e som. “Cresci com música, ouvia rádio o tempo inteiro.” Ouviu também Chega de Saudade, com João Gilberto, e se identificou instantaneamente. “Sou uma cantora moderna por causa de João, o universo dele foi impactante na minha forma de cantar.” Teleguiada, como bem já declarou Gilberto Gil, Gal sempre soube que seria cantora. “Era uma intuição muito forte que não sei explicar, mas que eu sabia, eu sabia. Certa vez, quando eu tinha uns 12 anos, estava sentada na janela da minha casa em Salvador e vi uma garotada pedindo autógrafo para uma pessoa famosa. Olhando de longe, achei tudo aquilo tudo uma bobagem e pensei: ‘Do que vale um papel?’. Ao mesmo tempo, podia me enxergar no futuro naquela mesma situação.” 

Predestinada, Gal nunca estudou canto, mas com inteligência naturalmente voltada para isso, na escola do palco desenvolveu da impostação de voz ao uso do diafragma, do lado ritmo à divisão da harmonia. Gigante, trilhou um caminho lindo, com capítulos importantes. Da jovem cantora de cabelos enrolados que fascinou Caetano e Gil e outros tantos à porta-voz da Tropicália em terra brasileira no período do exílio de seus parceiros. Seios à mostra e peito aberto. “Fui e ainda sou corpo e voz política, na época não tinha ideia da dimensão e da coragem, mas a minha história toda é fundamentada no amor.” 

Com sede de futuro e ciente da importância do passado, conjuga o tempo com potente delicadeza, futuro do pretérito. Perfeito. “O que eu mais quero é fazer um show quando tudo isso acabar. Sinto falta de trabalhar, do convívio. A live dos 75 anos, que fiz no ano passado, me deixou feliz. Não havia plateia ali, mas sabia da dimensão de gente que me assistia. E isso me fez mais forte. O mundo tá pior, tá careta. Eu levo muito a sério o meu papel como artista, que é levar boa música e informação para pessoas, mas também um respiro. Em tempos sombrios, com um governo que quer sufocar a arte, manter-se ativo é resistir”, termina, na voz de uma mulher sagrada. Taquicardia.





Gal Costa posa ao lado de 75 vasos e usa vestido Handred. Brincos Dolce & Gabbana e sapatos Gucci - Foto: Bob Wolfenson





Foto: Giovana Chanley








2021

Álbum “Gal – Nenhuma dor”

 

GAL COSTA +

RODRIGO AMARANTE

SILVA

CRIOLO

ANTÔNIO ZAMBUJO

ZÉ IBARRA

SEU JORGE

TIM BERNARDES

RUBEL

JORGE DREXLER

ZECA VELOSO

 

Biscoito Fino CD BF733-2
















































Com muita honra, anunciamos que a 46ª edição do NOIZE Record Club celebra os 75 anos de Gal Costa. Seu novíssimo álbum “Nenhuma Dor” (2021) ganha prensagem em vinil vermelho translúcido acompanhado pela revista NOIZE # 110 em nosso kit exclusivo. 

O repertório de “Nenhuma Dor” revisita composições que fizeram história na voz de Gal em diferentes momentos de sua carreira. Em cada faixa, ela se uniu a um nome incrível da música contemporânea: Seu Jorge, Criolo, Rodrigo Amarante, Silva, Jorge Drexler, Tim Bernardes, Rubel, Zeca Veloso, Zé Ibarra e António Zambujo. 


2021

Álbum “Gal – Nenhuma dor”

 

GAL COSTA +

RODRIGO AMARANTE

SILVA

CRIOLO

ANTÔNIO ZAMBUJO

ZÉ IBARRA

SEU JORGE

TIM BERNARDES

RUBEL

JORGE DREXLER

ZECA VELOSO

 

Noize Record Club / Biscoito Fino LP NRC046 [Limited Edition]





















Reprodução do manuscrito original de Torquato Neto com 

a letra de "Nenhuma Dor".






























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