sábado, 18 de agosto de 2018

2018 - DEPOIS DO COLONIALISMO MENTAL






O pensamento de Roberto Mangabeira me fascinou, isso já nos anos 1980, porque vi nele um modo insólito de expressar-se o Brasil e a esquerda. A partir de um artigo seu que li na imprensa, em que ele, então brizolista como eu, analisava a diferença entre a política ligada ao trabalho organizado, nascida do sindicalismo desenvolvido nas regiões mais ricas do país, e a mirada mais ampla, desafiadora, na direção das maiorias desorganizadas do povo brasileiro, procurei primeiro acompanhar seus textos, onde os encontrasse, e logo tentar chamar a atenção de outros leitores para eles. Eu o mencionava nas entrevistas que dava. Por mais de ano vi tais menções serem cortadas de suas transcrições impressas. A originalidade do conteúdo do que Mangabeira dizia mostrou ter mais força sobre mim do que as razões esboçadas pelos que o rejeitavam. Neste livro… pessoas interessadas em questões políticas, nas possibilidades do Brasil – ou mesmo nos problemas básicos da humanidade – encontrarão desafios mentais fecundos.

— Caetano Veloso







Autor: Roberto Mangabeira Unger
Prefácio: Caetano Veloso



SINOPSE
O livro reúne um ensaio inédito a respeito do caminho nacional em diversas áreas da vida brasileira. Mangabeira faz uma proposta clara e contundente para reorientar o rumo político do país e reconstruir nossas instituições. Para isso, o autor propõem avançar rumo à economia do conhecimento, resgatar a maioria de nossos trabalhadores da informalidade e da precarização, substituir decoreba e enciclopedismo no ensino por educação analítica, traduzir a estratégia nacional de desenvolvimento em políticas que aproveitem as vocações de cada região do país e organizar democracia mudancista, de alta energia, que não precise de crises para possibilitar mudanças. Democratização de oportunidades e de capacitações e qualificação da produção pela inteligência podem e precisam andar juntas.

SOBRE O AUTOR
Roberto Mangabeira Unger é filósofo e um dos mais jovens professores da Universidade Harvard. Por duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil. Sua obra de filosofia, teoria social e direito é citada por intelectuais de peso, como Perry Anderson, Jurgen Habermas e Richard Rorty.











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