viernes, 31 de agosto de 2018

2018 - OTÁVIO FRIAS FILHO


Otavio Frias de Oliveira Filho 
[São Paulo, 7 de junho de 1957 — São Paulo, 21 de agosto de 2018]

Diretor de Redação da Folha de S.Paulo



"Tavinho Frias é uma grande figura da história recente de nossa cultura.

A Folha é, agora mesmo, o jornal mais quente do Brasil. E assim tem sido desde os anos 1980.

Pessoalmente, sinto mais excitação diante das manchetes, das colunas, das críticas, das fotografias, se elas vêm na Folha.

Ali virou-se uma chave que acendeu a chama da imprensa brasileira para mim, para as pessoas da minha geração e para as que vieram depois. Os críticos de música popular da Ilustrada foram os primeiros, na esteira tropicalista e em sincronia com o nascimento do BRock, a ter atitude pós-60s, escrevendo de modo atrevido e independente.

Foi com quem mais frequentemente (mas não mais amargamente) briguei. A Ilustrada, liderada por meu amigo Matinas Suzuki, atuava em ambiente mental mais próximo.

Há anos dedico mais tempo lendo o primeiro caderno. O essencial não esfriou.

Articulistas de direita cresceram em número e em entusiasmo. Eram inevitáveis e tornaram-se moda. O jeito investigativo intensificou-se. Janio de Freitas segue escrevendo no mesmo espaço que Reinaldo Azevedo.

Toda essa vitalidade se deve ao fato de o filho do velho [Octavio] Frias [1912-2007] ter talento para o jornalismo e para a literatura. Seu libro “Queda Livre", com seus 'ensaios de risco', é uma joia da nossa prosa. Lendo-o, parece que nem teríamos por que ter complexo de vira-lata. É uma das obras mais elegantes em seu gênero, no mundo todo.

Conheci Tavinho pessoalmente: num jantar em casa de amigos, perguntei-lhe se tinha lido 'Ilusões Perdidas' [Balzac], e ele respondeu 'não', com cara de quem não apenas dizia que perdia o interesse em falar comigo diante de tal pergunta, mas de quem já tinha chegado a ela desinteressado.

Claro que penso, como todos, no histórico da Folha durante a ditadura, que tenho a mesma suspicácia diante de órgãos de imprensa que parecem todos eternamente dispostos a eleger Alckmins, que discordo do que Tavinho escreveu sobre Mangabeira.

Mas amo a imprensa e suas tretas, e acho Tavinho tão educado que fez a cena que narrei (a das “Ilusões Perdidas") dar-se sem a menor sugestão de hostilidade ou desrespeito. Fiquei muito triste com o fato de ele morrer tão jovem —e acho que temos muito o que lhe agradecer."

[Caetano Veloso, 22/8/2018]


2018 - MOLIÈRE - UMA COMÉDIA MUSICAL





Espetáculo narra um inusitado conflito entre a Comédia e a Tragédia na corte carnavalesca de Luis XIV, o Rei Sol da França. Molière é uma disputa entre a comédia, representada pelo comediógrafo Molière e a tragédia, personificada pelo poeta Jean Racine. Amado pelo público e favorito do extravagante Luis XIV, o Rei Sol, Molière terá de enfrentar numa luta tragicômica, repleta de trapaças e reviravoltas, seu aprendiz Racine pela posição de melhor dramaturgo da corte. 

Embalada por músicas de Caetano Veloso, executadas ao vivo e com arranjos originais do maestro Gilson Fukushima, a comédia musical faz parte do projeto de intercâmbio cultural, promovido pelo Sesi-SP e o Teatro Promíscuo, com o objetivo de valorizar a dramaturgia latino-americana.

Com Matheus Nachtergaele, Renato Borghi, Elcio Nogueira Seixas e grande elenco. 
Texto de Sabina Berman.
Direção de Diego Fortes (prêmio Shell em 2017).

Agora no Rio, em cartaz no Teatro Adolpho Bloch, na Glória.



Foto: Divulgação


"A montagem é incrível, muito criativa, forte e vai dentro da gente. E depois a direção musical com canções minhas, foi uma honra vocês terem escolhido isso."

[Caetano Veloso sobre MOLIÈRE]




iG / Lu Lacerda

“Molière”: festa completa com Caetano

12/08/2018


11/8/2018 - Caetano Veloso e Renato Borghi

Cinco dias depois de completar 76 anos e ter voltado da turnê europeia de “Ofertório”, Caetano Veloso foi assistir a “Molière” no Teatro Adolpho Bloch, na Glória, nesse sábado (11/08) – e em aparição-surpresa.

A direção de Diego Fortes, com personagens de um universo aparentemente distante, ganhou ares tropicais e atemporais na montagem, toda com trilha sonora de músicas do artista.

No fim do show, Renato Borghi, aos 81 anos, um dos integrantes da peça e da turma do Teatro Oficina (e que também encenou “O Rei da Vela”, que tem a trilha de Caetano), fez um discurso daqueles-que-fazem-chorar-um-pouco em homenagem ao cantor.

“Em 1967, você e seus amigos estavam no chão do seu apartamento, fazendo essas músicas há 50 anos, e tive o prazer de cantá-las novamente. E agora você surge como a inspiração desse espetáculo, no tropicalismo, o que tem tudo a ver com a sua obra linda. É muito emocionante ter você aqui hoje, essa trajetória incrível de décadas alimentando a cultura brasileira”.


Claro, a plateia aplaudiu de pé. No camarim, a festa foi completa.


Elcio Nogueira Seixas, Matheus Nachtergaele, Renato Borghi e Caetano Veloso
Foto: Cristina Granato 



Caetano Veloso, Renato Borghi e Zeca Veloso - Foto: Cristina Granato




 Zeca Veloso e Serginho Maciel - Foto: Cristina Granato









jueves, 30 de agosto de 2018

1986 - 30 ANOS DA POESIA CONCRETA


4/12/1986 - Augusto de Campos, Décio Pignatari, Caetano Veloso e Haroldo de Campos no lançamento dos livros dos poetas - Foto: Homero Sérgio / Folhapress



4/12/1986 - Augusto de Campos, Décio Pignatari, Caetano Veloso e Haroldo de Campos - Foto: Homero Sérgio
 



4/12/1986










Dezembro 1986 - Caetano Veloso e Décio Pignatari
Foto: Wilson Melo / Folhapress



VIVA VAIA 
Augusto de Campos. Editora Brasiliense, São Paulo. 1986. 256 pp.



POESIA POIS É POESIA (1950 ● 1975) PO&TC (1976 ● 1986) 
Décio Pignatari. Edição com toda a obra poética do autor, um dos criadores do movimento concretista, ao longo de quase quatro décadas. Projeto gráfico de Julio Plaza. Editora Brasiliense, São Paulo. 1986. 271 pp.



GALÁXIAS 
Haroldo de Campos. Editora Ex Libris Ltda., São Paulo. 1984.






 





martes, 21 de agosto de 2018

2018 - CRIANÇA ESPERANÇA - 33ª edição


Djavan, Flávia Virgínia, Max Viana, João Viana, Caetano Veloso, Moreno Veloso, Zeca Veloso e Tom Veloso.

Sina (Djavan) no Criança Esperança, sábado 18 de agosto na Globo. 


Foto:  Globo / Estevam Avellar








Tom Veloso, João Viana, ZecaVeloso, Max Viana, Moreno Veloso e Flávia Virgínia



Fotos: Facebook Djavan/Uns


domingo, 19 de agosto de 2018

1997 - RED HOT + LATIN


FOLHA DE S.PAULO





São Paulo, domingo, 30 de novembro de 1997

Aids é tema de vinhetas da MTV

Antecipando o Dia Mundial da Luta Contra a Aids (amanhã) a MTV estréia vinhetas e traz especial sobre o tema hoje. Ao todo, serão 20 vinhetas (foto) durante a programação e que abordam temas como risco, camisinha, responsabilidade, preconceito e fase pré-sexual.

Em uma delas, crianças brincam com camisinhas, para enfatizar a necessidade de intimidade com o preservativo. Às 20h, o especial "Red Hot & Latin" apresenta entrevistas, clipes e shows de cinco bandas. David Byrne e os grupos Café Tacuba, Fishbone, Los Fabulosos Cadillacs e Los Pericos participam do especial, produzido por organização americana de apoio à luta conta Aids.


MTV, 20h


30/11/1997 - Folha de S.Paulo










 
℗ & © 1996 The Red Hot Organization under license to H.O.L.A. Recordings. 



sábado, 18 de agosto de 2018

2018 - DEPOIS DO COLONIALISMO MENTAL






O pensamento de Roberto Mangabeira me fascinou, isso já nos anos 1980, porque vi nele um modo insólito de expressar-se o Brasil e a esquerda. A partir de um artigo seu que li na imprensa, em que ele, então brizolista como eu, analisava a diferença entre a política ligada ao trabalho organizado, nascida do sindicalismo desenvolvido nas regiões mais ricas do país, e a mirada mais ampla, desafiadora, na direção das maiorias desorganizadas do povo brasileiro, procurei primeiro acompanhar seus textos, onde os encontrasse, e logo tentar chamar a atenção de outros leitores para eles. Eu o mencionava nas entrevistas que dava. Por mais de ano vi tais menções serem cortadas de suas transcrições impressas. A originalidade do conteúdo do que Mangabeira dizia mostrou ter mais força sobre mim do que as razões esboçadas pelos que o rejeitavam. Neste livro… pessoas interessadas em questões políticas, nas possibilidades do Brasil – ou mesmo nos problemas básicos da humanidade – encontrarão desafios mentais fecundos.

— Caetano Veloso







Autor: Roberto Mangabeira Unger
Prefácio: Caetano Veloso



SINOPSE
O livro reúne um ensaio inédito a respeito do caminho nacional em diversas áreas da vida brasileira. Mangabeira faz uma proposta clara e contundente para reorientar o rumo político do país e reconstruir nossas instituições. Para isso, o autor propõem avançar rumo à economia do conhecimento, resgatar a maioria de nossos trabalhadores da informalidade e da precarização, substituir decoreba e enciclopedismo no ensino por educação analítica, traduzir a estratégia nacional de desenvolvimento em políticas que aproveitem as vocações de cada região do país e organizar democracia mudancista, de alta energia, que não precise de crises para possibilitar mudanças. Democratização de oportunidades e de capacitações e qualificação da produção pela inteligência podem e precisam andar juntas.

SOBRE O AUTOR
Roberto Mangabeira Unger é filósofo e um dos mais jovens professores da Universidade Harvard. Por duas vezes foi ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil. Sua obra de filosofia, teoria social e direito é citada por intelectuais de peso, como Perry Anderson, Jurgen Habermas e Richard Rorty.











1968 - RECIFE






















1968
Revista inTerValo
Ano VI – n° 281
Maio


Capa: Roberto Carlos e Nice
Foto de Paulo Salomão

Editora Abril

Pág. 47






3/5/1968 - Aeroporto dos Guararapes


Revista A Cigarra