viernes, 2 de julio de 2021

2021 - MANOEL BARENBEIN - O Produtor da Tropicália

 

Manoel Barenbein - Foto: Divulgação


“Discoteca Básica Apresenta: O Produtor da Tropicália”, uma série de entrevistas que o jornalista Renato Vieira fez com Manoel Barenbein, um dos produtores brasileiros mais importantes de todos os tempos. 

No episódio extra (episódio piloto), Ricardo Alexandre entrevista Renato Vieira e abre os serviços da série que já está disponível em seu tocador de podcasts favorito.


1968 - Guilherme Araújo, Manoel  Barenbein, Nara Leão e Rogério Duprat



29/6/2021 - Coluna Sônia Racy - O Estado de S.Paulo














PODCAST

Podcast "O Produtor da Tropicália" traz papo com Manoel Barenbein

Bastidores e curiosidades com quem produziu grandes discos; redes sociais também ressaltam o movimiento.

 

 

 

Um mergulho no

Tropicalismo

Por Maysa Sena

02/07/21



Artistas da Tropicália - Foto: Reprodução

Um burburinho numa época repleta de opressão transformou-se em um barulho estrondoso no cenário musical em meio à década de 1960. Unindo rock, baião, samba, poesia e pensamento crítico, a Tropicália foi mais que um movimento, foi uma revolução na história da cultura brasileira.

Passados mais de 50 anos, o fenômeno do Tropicalismo já foi objeto de muitas pesquisas e estudos. Sabendo disso, o jornalista e pesquisador musical Renato Vieira decidiu realizar um podcast a partir de um ponto de vista ainda não tão explorado. 

Com o título “O Produtor da Tropicália”, a série de nove episódios convidou o responsável pela produção de discos de grande importância daquele momento, Manoel Barenbein, para protagonizar o roteiro.

 

Viu o Tropicalismo nascer 

Paranaense, Manoel trabalhou em gravadoras e produziu nomes como Toquinho e Chico Buarque. Em 1967, ao ser contratado pela Philips (hoje, Universal), ficou responsável pelos LP’s com as canções selecionadas para o famoso Festival de MPB da TV Record naquele ano. Também tem em seu currículo a produção dos primeiros discos de Gal Costa, além de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes.




Reunião em tempos de Tropicalismo - Foto: Reprodução


Criação e roteirização 

Já disponível em todas as plataformas de áudio, sempre às segundas com mais um episódio inédito, o podcast estreou falando sobre o famoso disco “Tropicália ou Panis et Circencis" (Pão e circo, em latim) que reuniu, além dos artistas da Tropicália, as diferentes formas musicais de cada um. 

“O plano era dar o holofote e voz a quem esteve tão perto e participou da maior parte do processo. Mostrar estes discos tão importantes para a MPB a partir de um outro olhar que não foi muito explorado”, explicou Renato sobre o convite a Barenbein. 

Os outros episódios são baseados nos próprios cantores. O EP sobre Caetano já está no ar. Os próximos abordam as experiências de Manoel nas produções com Gil, Gal,Mutantes, Jorge Ben, Chico Buarque, Maria Bethânia e o último sobre o encontro de João Gilberto com Gal e Caetano, que viraria um disco que ficou arquivado.

“O Produtor da Tropicália”, além de informar sobre o movimento artístico, também revela curiosidades dos bastidores de cada produção. Detalhes que aproximam e registram o que foi vivido. Quando perguntado, Manoel Barenbein relacionou o Tropicalismo a um produto de arte que se faz vivo mesmo após cinco décadas. “Eu estive no lugar certo, na hora certa. Foram momentos incríveis e que servem como inspiração ainda hoje. O podcast traz histórias das gravações, encontro dos artistas, como eram as ideias e ainda faz com que a memória não se perca. Imortaliza”, destacou o ex-produtor.



Tropicalismo nas redes

Surgida em 2017, a página no Instagram @tropicaliaviva veio de um projeto acadêmico da Universidade Federal da Bahia. Comandada pelo estudante Felipe Caetano, hoje, reúne cerca de 123 mil seguidores na rede e esbanja fotos, vídeos, lembranças e muita informação sobre o movimento artístico e político. 

“Vi que a página estava crescendo quando, de repente, Caetano Veloso e Gal Costa começaram a seguir e compartilhar as postagens. Uso-a para que as pessoas se aproximem e conheçam o Tropicalismo e, futuramente, ela servir como meu projeto de mestrado”, contou o Felipe. 

Buscando propagar ainda mais o conteúdo, a @tropicaliaviva expandiu para outras redes sociais como o Twitter, Facebook, TikTok e, também um site. “Recebo muitos directs e e-mails com bastante conteúdos, fotos, cartazes, memes e depoimentos de quem viveu aquele momento. Administro as páginas sozinho, mas a construção vem de todos que se identificam com a Tropicália”, completou o estudante de Artes.


Podcast conta sobre clássicos do Tropicália

Por Redação

17 de julho de 2021


Qualquer lista sensata de música brasileira que alguém faça terá pelo menos um álbum produzido pelo paranaense Manoel Barenbein. Tropicália – Ou Panis et Circenses, disco manifesto do movimento Tropicalista que juntou Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Nara Leão, Gal Costa, Tom Zé e o maestro Rogério Duprat em 1968 é um deles. É nesse álbum que estão gravações relevantes, como Baby, na voz da Gal, Panis Et Circenses, com Os Mutantes, e Misere Nóbis, cantada por Gil. 

Barenbein trabalhava na Philips quando recebeu a missão de formatar esse disco que daria continuidade ao que Caetano, Gil e Os Mutantes haviam começado um ano antes quando eletrificaram a música popular brasileira no III Festival da Música Brasileira da TV Record com as músicas Alegria, Alegria e Domingo no Parque.

 

PODCAST 

Essa é uma das histórias que ele conta no podcast O Produtor da Tropicália, criado e conduzido pelo jornalista Renato Vieira para o projeto Discoteca Básica. Com edições semanais, sempre às segundas-feiras, nos players de música, a série, além de abordar o braço musical do movimento tropicalista, terá outros 8 episódios. 

Os que tratam dos discos que Barenbein produziu para Caetano, Gilberto Gil e Gal Costa também já estão disponíveis – na ordem, ainda serão publicados Os Mutantes, Jorge Benjor, Chico Buarque, Maria Bethânia e o disco (que nunca saiu) de João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa. 


TRABALHO 

“Antes de ir para a Philips, o Barenbein trabalhava na gravadora RGE onde produzia o Chico Buarque e o Erasmo Carlos. Ele achava que não deveria existir aquela dicotomia que havia entre a música brasileira tradicional e a música jovem, com instrumentos elétricos. Quando ele chega para fazer o disco com Caetano e Gil, que já tinham a intenção de usar guitarra elétrica, ele abraça essa ideia e pode, então, fazer o que ele como produtor também já imaginava. Nada foi imposto”, diz Vieira. 

Sobre Chico Buarque, aliás, é importante dizer que foi Barenbein quem convenceu o então jovem estudante de arquitetura a entrar no estúdio e gravar para seu primeiro trabalho, o que tem A Banda, Pedro Pedreiro e A Rita, além de trabalhar em outros três discos do compositor. Chico deu a ele o apelido de Mané Berimbau. 

Barenbein era responsável pelas produções da gravadora em São Paulo, onde, na época, moravam os baianos Caetano, Gil e Gal. Por isso, a o nome do produtor aparece também em discos como o primeiro de Caetano, que tem a canção Tropicália e Soy Loco Por Ti América, o de Gil, que traz Marginália II e o primeiro solo de Gal, que tem Não Identificado.

 

● ● ● ● ● ●


21/6/2021 - Episódio #01: Tropicália ou Panis et Circencis


"Barenbein fala sobre os bastidores da criação de Tropicália ou Panis et Circencis, disco emblema do movimento, gravado em maio de 1968, e conta histórias curiosas da gravação." (Renato Vieira)




Convite de lançamento do disco Tropicália ou Panis et circensis





Pelos estatutos da boa conduta e educação, Caetano VELOSO,

Gilberto GIL, Nara LEÃO, Gal COSTA, Os MUTANTES, Rogério

DUPRAT, CAPINAM, Torquato NETO e Tom ZÉ têm a satisfação e

a honra de convidar ……………………………………………………………

……………………………………………………………………………………

para a solenidade festiva do lançamento do seu nôvo elepê de mú-

sicas variadas, que também é “TROPICÁLIA” ou “Panis et Circenses”

 

LOCAL: Avenida Danças

Av. Ipiranga, 1.120

DATA: 12 de agôsto de 68 – 23 hs.

AMBIENTE: Familiar


Texto do convite de lançamento do disco Tropicália ou Panis et circensis

















Revista A Cigarra - Setembro 1968



EP [Portugal]















● ● ● ● ● ●



28/6/2021 - Episódio #02: Caetano Veloso

"Neste episódio, Manoel fala sobre os dois discos de Caetano que produziu no fim dos anos 1960, além de gravações de compacto e do clima de tensão durante o período em que Caetano estava confinado em Salvador gravando um disco antes de partir para o exílio."


























Revista inTerValo n° 352 - Setembro de 1969




Revista Veja n° 69 - 31/12/1969



Caetano Veloso, no Estúdio J.S. de Salvador, onde gravou os vocais para seu LP de 69; as bases e a orquestra só foram acrescentadas depois.


















































Revista Veja n° 49 - 13/8/1969










● ● ● ● ● ●



5/7/2021 - Episódio #03: Gilberto Gil

"O tema do episódio desta semana é Gilberto Gil e os dois discos que Barenbein produziu de Gil no fim dos anos 1960, além de gravações que só saíram em compactos simples e dos embates com a Censura no disco que Gil gravou em 1969, antes de partir para o exílio."







1967







O "disco do fardão"

“Eu sempre estive nu. Na Academia de Acordeão Regina
tocando La Cumparsita, eu estava nu. Eu só sabia que estava
nu, e ao lado ficava o camarim cheio de roupas coloridas, rou-
pas de astronauta, pirata, guerrilheiro. E eu, do mais pobre da
minha nudez, queria vestir tôdas. Tôdas, para não trair minha
nudez. Mas êles gostam de uniformes, admitiriam até a minha
nudez, contanto que depois pudessem me esfolar e estender a
minha pele no meio da praça como se fôsse uma bandeira, um
guarda-chuva. Mas não há guarda-chuva contra o amor, contra
os Beatles, contra os Mutantes. Não há guarda-chuva contra
Caetano Veloso, Guilherme Araújo, Rogério Duarte, Rogério
Duprat, Dirceu, Torquato Neto, Gilberto Gil, contra o câncer,
contra a nudez. Eu sempre estive nu. Com o fardão da Academia,
eu estaba nu. Minha nudez Raios X varava os zuartes, as ca-
misas listradas. E esta vida não está sopa e eu pergunto: com
que roupa eu vou pro samba que você me convidou? Qual a
fantasia que êles vão me pedir que eu vista para tolerar meu
corpo nu? Vou andar até explodir colorido. O negro é a soma
de tôdas as cores. A nudez é a soma de todas as roupas.”
 
[Texto de Gilberto Gil psicografado por Rogério Duarte]











   Gilberto Gil, no Estúdio J.S. de Salvador



Rogério Duprat e Gilberto Gil gravando em estúdio











1968

























André Midani













Gilberto Gil, durante a sessão de gravação de Aquele Abraço, no Rio de Janeiro, pouco antes de se exilar na Europa, ao fundo, Sandra.





























































Revista Veja




















● ● ● ● ● ●



12/7/2021 - Episódio #04: Gal Costa



"Eu e Manoel Barenbein conversamos sobre os 3 discos que ele produziu de Gal Costa: Gal Costa (1968), o radicalíssimo Gal (1969) e Legal (1970)." (Renato Vieira)



































































Revista Manchete n° 920 - 6 de dezembro de 1969

































































































































































● ● ● ● ● ●



19/7/2021 - Episódio #05: Os Mutantes

“O início da trajetória dos Mutantes é contado no quinto episódio do podcast O Produtor da Tropicália. O papo gira em torno dos bastidores dos dois primeiros álbuns dos Mutantes, produzidos por Barenbein, além de histórias do disco Build Up (1970), a estreia solo de Rita Lee, cuja produção ele coordenou.” (Renato Vieira)














● ● ● ● ● ●


26/7/2021 - Episódio #06: Jorge Ben

“O personagem do sexto episódio do podcast O Produtor da Tropicália, com histórias de Manoel Barenbein e de seus produzidos, é o rapaz aí do meio e essa turma do barulho em volta dele." (Renato Vieira)


Assim o colunista social Roy Sugar descrevia o ensaio de Jorge Ben e o Trio Mocotó [Fritz (cuíca), Nereu (pandeiro) e Joãozinho Paraíba (atabaque)], em nota de 4 de março de 1971, no jornal Correio da Manhã.
















































CS [Portugal]



CS [Angola]















● ● ● ● ● ●


2/8/2021 - Episódio #07: Chico Buarque


“Chico Buarque não é tropicalista. Mas como o produtor da Tropicália, Manoel Barenbein, foi quem convenceu o ainda estudante de Arquitetura conhecido como Chico Carioca a gravar um disco, ele não poderia ficar de fora do nosso podcast O Produtor da Tropicália. É por isso que Chico Buarque é o tema do sétimo episódio da série, que percorre os cinco primeiros anos da carreira de Chico, de Pedro Pedreiro a Apesar de Você, justamente o período em que Barenbein foi produtor dele em estúdios de São Paulo, do Rio e de Roma.” (Renato Vieira)











20/8/1965












































03/10/2007

 

A censura invade a MPB

Produtor Manoel Barenbein fala 

sobre problemas com a 

DCDP [Divisão de Censura de Diversões Públicas] 

quando trabalhava com Caetano, Gil e Chico.

 


A história da música popular brasileira é repleta de álbuns atemporais. Discos que registraram não apenas canções, mas catalisaram todo o contexto musical de uma época. A carreira fonográfica do lendário produtor Manoel Barenbein traz alguns dos mais antológicos LPs da MPB.

Em 1970, Barenbein produziu o censurado compacto Apesar de Você, de Chico Buarque. Trabalhou também na produção dos dois primeiros álbuns da carreira do compositor. No mesmo ano, foi o responsável por trazer da Itália, onde Chico estava morando, as gravações de Chico Buarque Volume 4, LP gravado em condições adversas.

 . . .

CHICO CENSURADO

Censura Musical: Como foi produzir um artista tão censurado como Chico Buarque?
Manoel: O Chico Buarque foi um cara que sofreu muito com a censura. Teve uma época que nós ficamos um bom tempo sem poder gravar absolutamente nada dele porque tudo que ia pra Brasília com o nome dele era censurado. Podia não ter nada da música, e os caras censuravam porque achavam que teria. Eles (censores) pensavam que já os caras queriam dar de malandro, então barrava-se tudo. Até a ida do Chico pra Itália ainda deu pra trabalhar, mas depois que ele voltou ficou mais difícil.
 
Censura Musical: Embora muitas canções foram censuradas, “Apesar de você” passou despercebida. Como isso aconteceu?
Manoel: Um dia, eu estava no Rio, dez e meia da manhã toca meu telefone e minha secretária disse que o Chico tava na linha. (Manoel relembra o diálogo no telefone).
 
Chico: Alô, Manoel!
Manoel: Fala Chico! O que você tá fazendo acordado essa hora?
Chico: Não fui dormir ainda. Estou aqui com o Vinícius. Você não quer vir aqui não? Fiz uma música, você não quer ver?
 
Cheguei lá, tava o Vinícius num canto com um copo na mão. Aí o Chico pegou o violão e começou a cantar. Quando terminou, me perguntou: “O que você acha?”
Eu disse: Se você não disser que tem segunda intenção, não dá pra dizer nada. Agora se você disser que sim, é óbvio. Manoel comenta - Se você pegar a letra, pensa numa mulher. Esquece de ditadura, ditador, de Médici.
 
O Chico me perguntou: “O que você acha? Passa?”
Manoel: Não sei. Vamos fazer como fizemos com todas as outras.
 
Então o Dr. João Carlos Miller Chaves (advogado da gravadora Philips na época) mandou pra Brasilia e a música voltou liberada.
 
Eu liguei pro Chico: “Voltou liberada!”
Ele disse: “Você tá me gozando…”
Manoel: Estou indo aí. Pode preparar uma dose que eu quero beber!
 
CM: E quando surgiu o veto?
Manoel: O disco já tinha vendido em torno de 80 a 100 mil cópias.
Um dia, alguém abriu o bico, porque sempre tem alguém que abre. Apareceu um fileto de jornal “A música de Chico Buarque 'Apesar de você' foi feita em homenagem ao presidente Médici". Isso saiu num domingo de manhã, o exército invadiu a fábrica. Dr. João Carlos me ligou e falou: Some!
Depois de três, quatro días em casa ele avisou que eu podría sair. Eles invadiram a fábrica e quiseram saber qual era o disco no estoque que tinha “Apesar de você”. Eles levaram tudo pra quebrar. Só não quebraram a matriz, porque não estava lá.
 
CM: A gravadora teve prejuízos?
Manoel: Eu diria que nem tanto, porque existe um processo dentro da discografía que uma proibição se torna um marketing. Mas se ninguém falar nada, passa batido. O Zuza (Homem de Mello) foi muito feliz em colocar uma parábola dizendo que a MPB cresceu a medida em que a ditadura foi ficando mais forte, e perdeu a criatividade quando a ditadura acabou. A censura trabalhou muito em cima do universitário, do que cara que estava desabrochando. Esse cara, quando tinha capacidade criativa, ele driblaba e acabou.
 
 

 
 
CM: Em tantos anos de carreira, você se recorda de outros fatos sobre censura?
Manoel: Quando eu assumi a direção artística na Phonogram em São Paulo, o presidente da companhia era o Allan Frossard, formado em psiquiatria na Sorbonne, com livros publicados na França. Esse cara, acabou indo trabalhar com livros, e em 65 veio parar no Chile para montar a Phonogram, e depois veio por Brasil. De 68 para 69, ele pediu pra matriz da companhia para que o mudassem de país, e os caras lá acharam um absurdo, pois ele estava montando uma gravadora extraordinária aquí.
Ele saiu do Brasil por um único motivo – porque não tinha livros para ler, porque tudo que lê importava, a censura vetava na alfândega. Ele foi embora porque nao tinha livros pra ler e era o presidente da companhia! Pra mim, esse é o maior exemplo de censura.


Fonte: Censura Musical















● ● ● ● ● ●



9/8/2021 - Episódio #08: Maria Bethânia



"Maria Bethânia é o tema do oitavo episódio da série O Produtor da Tropicália, em que converso com o produtor Manoel Barenbein. Nesta semana falamos sobre o disco A Tua Presença... (1971), a estreia da cantora na Philips (companhia em que ela se tornou grande vendedora de discos), com um repertório que inclui a primeira gravação de Bethânia de uma música de Roberto e Erasmo Carlos (Jesus Cristo) e o único registro dela em língua inglesa (o clássico What's New?). Há espaço para samba-rock de Jorge Ben, canções enviadas por Caetano Veloso de Londres, samba de roda de Tião Motorista, uma versão demolidora de Rosa dos Ventos (Chico Buarque) e clássicos de Ary Barroso, Antônio Maria, Dolores Duran e Edu Lobo. Barenbein também revela quem são os arranjadores e os músicos do disco, que saiu sem ficha técnica." (Renato Vieira)

















Foto da capa: Jacques Avadis



JANELAS ABERTAS n° 2 e 
A TUA PRESENÇA MORENA : Arranjos de Rogério Duprat







CS - Portugal

























































1971
Revista DISCO MÚSICA & MODA
ANO I
NÚMERO 2
15 de fevereiro de 1971
PORTUGAL













● ● ● ● ● ●



16/8/2021 - Episódio #09: João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa

"O último episódio do podcast O Produtor da Tropicália é sobre um disco que não saiu: o registro do especial da TV Tupi gravado em agosto de 1971, há exatos 50 anos, que reuniu João Gilberto, Caetano Veloso (então exilado) e Gal Costa. Seria a última produção de Manoel Barenbein para a Philips brasileira antes da transferência dele para a Itália. Neste papo, Barenbein conta como surgiu a ideia do programa, os bastidores das gravações no Teatro Tupi e as razões que fizeram o disco (que tinha até capa encomendada à fotógrafa Cynira Arruda) ser suspenso." (Renato Vieira)


Programa Especial gravado para a TV Tupi.














O disco registrado e produzido por Manoel Barenbein para a Philips acabou não saindo.



Lado A

1. VOCÊ JÁ FOI À BAHIA? (Dorival Caymmi) João Gilberto, Gal Costa e Caetano Veloso

2. LARGO DA LAPA (Marino Pinto/Wilson Batista) João Gilberto e Gal Costa

3. CORAÇÃO VAGABUNDO (Caetano Veloso) João Gilberto, Gal Costa e Caetano Veloso


Lado B

1. SAUDADE DA BAHIA (Dorival Caymmi) João Gilberto, Gal Costa e Caetano Veloso

2. TRISTE BAHIA (Caetano Veloso sobre poema de Gregório de Matos) Caetano Veloso

3. SAUDOSISMO (Caetano Veloso) Caetano Veloso e Gal Costa



“É um legado que não pode ser guardado numa prateleira” (M.B.)




 


  Agosto




● ● ● ● ● ●



1968
Revista Veja
n° 8
30 de outubro de 1968












● ● ● ● ● ●




































No hay comentarios:

Publicar un comentario