viernes, 17 de mayo de 2019

2019 - "A CIDADE DA BAHIA, DAS BAIANAS E DOS BAIANOS TAMBÉM"




Mostra: "A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também"
Curadoria: Emanoel Araújo
Abertura: 07 de maio, terça-feira, às 19 horas
Período expositivo: de 08 de maio a 1° de setembro de 2019
Museu Afro Brasil: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Parque Ibirapuera, São Paulo



Crédito: Roberta Navas



1959 - Caetano Veloso, seus pais e Emanoel Araújo, Santo Amaro


14/5/2919 - Emanoel Araújo e Caetano Veloso, S. Paulo - Crédito: Facebook




Emanoel Alves de Araújo (Santo Amaro da Purificação/BA, 15/11/1940)


Wilton Bernardo: Escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Eu pesquisei sobre você e vi todas essas atividades relacionada a sua atuação profissional. Eu queria que você falasse sobre essa versatilidade.

Emanoel Araújo: Eu acho que é uma trajetória de tanto tempo… 50 anos, então você vai experimentando coisas e ai termina sendo designado por tudo isso mas na realidade eu sou mesmo é um escultor e por acaso um gestor cultural. O “por acaso” é porque pintou no meu caminho essa oportunidade de gestão cultural. Eu achei interessante, abracei a possibilidade de fazer esse tipo de trabalho até como compromisso político de contribuição para a sociedade brasileira e para a cultura para o Brasil.

Wilton Bernardo: Sua primeira exposição aconteceu em 1959. Onde aconteceu? Santo Amaro ou Salvador? O que você apresentou?
Emanoel Araújo: Aconteceu em Santo Amaro. Uma delas foi no colégio em que eu estudava, no Centro Educacional Teodoro Sampaio. Outra foi na Biblioteca Pública de Santo Amaro. A exposição no Colégio Teodoro Sampaio, fiz com Caetano Veloso que também naquela época era pintor. Eu apresentei uma série de guaches abstratos e Caetano apresentou paisagens de Santo Amaro. Então.daí, fui pra a segunda exposição na Biblioteca. Mas era uma coisa amadora que não tinha nenhuma relevância a não ser a possibilidade de uma carreira que se apresentava mas estava longe de ser algo significativo.

Wilton Bernardo: Mas já era um norte no sentido de um interesse não é?
Emanoel Araújo: Sim. Era… tanto que Caetano virou músico e eu fui fazer Belas Artes, e portanto, me envolvi na área de artes plásticas até hoje. Mas foi, de qualquer, um começo.
O que ficou e o que mudou do início do trabalho pra hoje. Claro que, no início, como você mesmo falou.
Meu trabalho mudou muito. Foi passando por muitas fases. Foi num desenvolvimento muito rápido porque eu trabalho muito então saiu da figuração para a abstração. Depois foi para a geometria e nela estou até hoje. Então mudou muito. Isso foi um caminho percorrido. Daí depois de todo esse tempo você fico até perplexo de tanto trabalho que foi feito, mas é assim mesmo.
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[7/2/2012, Emanoel Araújo, entrevista a Wilton Bernardo]














Bahia é homenageada em nova exposição no Museu Afro Brasil

A mostra reúne diversos artistas e, de acordo com o curador Emanoel Araújo, “fala de alguns fatos e pessoas, sobretudo dos artistas, dos homens e das mulheres. Mulheres que fizeram da Bahia essa mágica, inusitada e preciosa cidade, de todos os santos, de muita sensualidade e de pouco pudor, que se esvai pelas ladeiras e ruas sinuosas”

Genaro de Carvalho, tapeçaria, coleção particular. Crédito: Jaílton Leal


O Modernismo Baiano é o grande protagonista da mostra, representado pelas telas de telas de Carlos Bastos (1925 – 2004), as tapeçarias de Genaro Antônio Dantas de Carvalho (Salvador, Bahia, 1926 - 1971), as esculturas em ferro ou “ferramentas de santo”, que discutem a religiosidade afro-brasileira, de José Adário dos Santos (1947), esculturas e gravuras de Rubem Valentim (1922 – 1991), e as jóias de Waldeloir Rego (1930 – 2001).


Genaro de Carvalho, tapeçaria, coleção particular. Crédito: Jaílton Leal


Além disso a representação da baiana está fortemente presente na mostra, seja na escultura de Noêmia Mourão, nos vestidos de renda Richelieu, ou nas dezenas de bonecas de cerâmica, madeira e louça. A própria Carmen Miranda, que levou a figura da baiana mundo afora,também está presente na exposição por meio de fotografias de revistas, iconografia em porcelana esmaltada, além de um vestido original. Outras baianas icônicas como Marta Rocha (1936), Mis Brasil em 1964, e Helena Ignez, musa do Cinema Novo também estão presentes nas fotografias da mostra.

Personalidades baianas da cultura brasileira como o escritor Jorge Amado (1912 – 2001), o compositor Dorival Caymmi, Mãe Menininha do Gantois (1894 – 1986), os alfaiates João de Deus do Nascimento e Luiz Gonzaga das Virgens, e dos soldados Lucas Dantas Amorim Torres e Manoel Faustino dos Santos Lira - heróis da Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana ou, ainda, Inconfidência Baiana, revolta social de caráter popular ocorrida em 1798, inspirada pelo ideário da Revolução Francesa- são homenageados nas obras de artistas da mostra em linguagens e técnicas diversas.


Carlos Bastos, Festa de N. Sra. da Conceição da Praia, 1968, óleo sobre tela. Coleção particular. Crédito: Jaílton Leal


Além das telas, tapeçarias, objetos e fotografias a mostra exibe filmes ligados ao imaginário baiano como: “Barravento” (1962, 80 min., p&b), dirigido por Glauber Rocha; “Bahia de Todos os Santos” (1960, 101 min.), com direção de Trigueirinho Neto, além da série de documentários do projeto “Centenário de Alexandre Robatto Filho – Pioneiro do Cinema na Bahia”, que conta com os filmes “Entre o Mar e o Tendal” (1952-1953), “Xaréu” (1954), “Vadiação” (1954), Igreja” (1960), “Desfile dos 4 séculos” (1949), “O Regresso de Marta Rocha” (1955), “Um Milhão de KVA” (1949), “A Marcha das Boiadas” (1949), “Ginkana em Salvador” (1952), e “Os Filmes que Eu Não Fiz” (2013).


Fonte: INFOARTsp






Fotos: Facebook














Coluna Boa Terra
Por Valdemir Santana

Emanoel Araujo abre a mansão artsy, de São Paulo, para jantar em homenagem a Caetano Veloso

16/05/2019


Foto: Reprodução

A noite foi especial e chique nesta terça feira, em São Paulo, com o jantar especial preparado pelo artista plástico baiano Emanoel Araujo (na foto com Caetano e Heitor Reis) em homenagem ao cantor Caetano Veloso. Mais do que especial, a casa de dois andares, no bairro italiano Bixiga, do distrito Bela Vista, é coalhada de preciosidades. São mais de trezentas peças incluindo pintura de Di Cavalcanti e coleções raras de arte antiga da Bahia.

Caetano Veloso foi recebido junto com a mulher dele, a atriz e produtora Paula Mafra Lavigne e o museólogo baiano Heitor Reis que é gestor do maior fundo de investimento em arte no país. Antes do jantar, os convidados circularam pelas salas do “Museu Afro Brasil”, no “Parque Ibirapuera”, fundado e dirigido por Emanoel Araujo. “Fomos ver a exposição A cidade da Bahia, das baianas e dos baianos também que fica em cartaz até setembro”, contou Caetano.

Os amigos costumam elogiar o requinte da gastronomia usada por Emanoel Araujo, incluindo pratos exóticos, como sopas de pés de galinha, considerada raridade na China, de onde se origina. Caetano Veloso e Emanoel Araujo nasceram em Santo Amaro da Purificação, a 76 quilômetros de Salvador, e são amigos desde a pré adolescência quando estudaram juntos. Os dois eram pintores na juventude e treinavam a arte num mesmo estúdio improvisado.







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