Acervo digitalizado de la obra de Caetano Veloso, organizado por Evangelina Maffei [Buenos Aires, Argentina] Fecha de inicio: 2/12/2010. Sitio oficial de Caetano Veloso: http://www.caetanoveloso.com.br
martes, 28 de octubre de 2025
sábado, 25 de octubre de 2025
1981 - MARIA BETHÂNIA - A DOCE BÁRBARA
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| Antônio Carlos Falcão e Maria Bethânia |
Ficha Técnica:
Antônio Carlos Falcão: Maria Bethânia
Guitarra: Daniel Nodari
Baixo: Aldo Ibanos
Bateria: André Binsfeld
Arranjos: Marcos Lobão
Correio do Povo
“A Doce Bárbara” é atração no Ocidente
Série de espetáculos dirigida por Antônio Carlos Falcão tem inspiração em Maria Bethânia
13/11/2011
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| Espetáculo 'A Doce Bárbara' completa 30 anos Foto: Sandro Lopes / Divulgação / CP |
O espetáculo "A Doce Bárbara" completa 30 anos e o
ator Antônio Carlos Falcão apresenta uma série de shows no Ocidente com
convidados especiais que marcaram a trajetória de sua Maria Betânia. O primeiro
será hoje, às 21h, no Ocidente (Osvaldo Aranha, 960). Os demais serão no
próximos dias 16, 20 e 23. Entre os participantes, destacam-se Ângelo Primon,
Boca Freire, Carlos Badia, Nei Lisboa, Sadi Homrich e Mônica Tomasi - quase
todos já tiveram experiências com a personagem.
Em cena, uma grande cantora da MPB conta muitas
passagens de sua vida. É Betânia, nascida em Bagé e que tem o desafio de seguir
a pé até Salvador, a cidade de todos os santos. Cantando e declamando versos, a
personagem diverte e encanta não só pela semelhança com a cantora baiana Maria
Bethânia Viana Telles Veloso, mas também pela ironia de desnudar o mito em
torno de si. A personagem Maria Betânia foi criada no início dos anos 80 por
Antônio Carlos Falcão, admirador e fã da verdadeira Bethânia. De tanto ouvir a
baiana, surgiu a ideia de elaborar este espetáculo. Os ingressos custam R$
20,00.
SERVIÇO
A Doce Bárbara, de Antônio Carlos Falcão
Dias 13, 16, 20 e 23 de novembro de 2011
Bar Ocidente
Ingressos a R$ 20,00
Maria Bethânia: Antônio Carlos Falcão
Guitarra: Daniel Nodari
Violão: Alexandre Missel
Baixo: Aldo Ibanos
Bateria: Cesar Audi
Direção: Antônio Carlos Falcão
CARTACAPITAL
CULTURA
7 de dezembro de 2012
Maurício Macedo
A Maria Bethânia dos pampas
Há 30 anos, o gaúcho Antônio Falcão incorpora a cantora baiana
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| A Doce Bárbara. O atual show, um monólogo, mistura poesia, música e imitações não só de Bethânia. Foto: Arquivo Pessoal |
Quase 3 mil quilômetros separam o Rio Grande do Sul e a
Bahia. Distância superada facilmente quando Antônio Carlos Falcão entra em cena
de vestido longo e cabelos compridos e rebeldes.Por mais da metade de seus 57
anos, o gaúcho tem assumido uma personalidade baiana. Nas noites dos pampas,
Falcão vira Maria Bethânia. Devoto da filha mais famosa de Dona Canô, ele
percebeu cedo as semelhanças no timbre de voz ao ouvir e cantar canções
interpretadas pela musa. Imitar o gestual não foi difícil.
A primeira aparição pública, há mais de três décadas,
deu-se no tradicional Bar Ocidente, ponto de encontro da juventude de Porto
Alegre. Convidado por um grupo de dança, cantou Oração de Mãe Menininha, de
Dorival Caymmi. A Abelha Rainha do Rio Grande conquistou o músico Nei Lisboa,
que o convidou para interpretar Bethânia em shows pelo interior do estado. “Nei
praticamente imortalizou meu personagem”, diz Falcão.
Da convivência restou a amizade e a admiração mútua.
“Estive no palco com o Antônio Carlos um sem-número de vezes. Tive o prazer de
contracenar ou admirá-lo na pele de muitos personagens, todos genialmente
interpretados e hilariantes”, revela o músico, que lembra as aparições da
Bethânia gaúcha de maneira peculiar. “Com ela, sempre e desde a primeira vez,
algo de estranho e um tanto indefinível me acontece. Simplesmente não aceito
que seja o Falcão. Posso tê-lo visto se preparando para o show, vestir-se,
maquiar-se, ensaiar o texto. Não adianta.
Quando aquela mulher sobe ao palco, é ela e mais
ninguém que está ali. Não poucas vezes me assustei ao vê-la entrar em cena,
tanto pela preocupação de receber bem convidada tão ilustre quanto por me
perguntar por onde andaria o Falcão, que não aparecerá.
A transformação do artista já confundiu muita gente.
Certa feita, em Alegrete, cidade famosa por preservar as tradições gaúchas, um
gaudério de bombacha e tudo, enganado pela semelhança, permanecia boquiaberto,
colado ao palco, de olhos vidrados. O resto da plateia, diante de tamanha
devoção, começou a gritar: “sobe, sobe”. O gauchão “macho, tchê” estufou o
peito e atendeu aos clamores. Prostrado diante do objeto de desejo, ouviu outro
pedido dos espectadores: “Beija! Beija”
“Ele me tascou um beijão daqueles na boca”, recorda
Falcão. Para não despertar a ira do “gauchão de Alegrete”, que poderia estar
armado, a Maria Bethânia gaúcha fugiu do palco antes que a farsa fosse
revelada.
Para Nei Lisboa, o figurino, a peruca, a ribalta e a
verve afiada podem até produzir um transformismo, mas só o canto, a
interpretação, o encanto e o respeito pela personagem produzem magia.
“Respeito, como todo o resto, que nunca faltou ao Falcão.”
Após tantos anos na estrada surgiu o monólogo
musical A Doce Bárbara. A Bethânia de Falcão é uma gaúcha nascida em Bagé,
na fronteira com o Uruguai. Para pontuar as diferenças, a segunda canção
executada pela banda (com violão, guitarra, baixo e bateria) vem do folclore
platino, pois o artista nasceu em São Borja, divisa com a Argentina. Que dulce
encanto tienen / Tus recuerdos Mercedita/Aromada, florecida/Amor mio de una vez
são os versos iniciais de Mercedita, composição da década de 1940, do
argentino Ramón Sixto Ríos.
A Maria Bethânia do monólogo deixou o Sul ainda criança
para morar na baiana Santo Amaro da Purificação. “Meus pais e meu irmão Caetano
foram montados num burrico. Eu fiz todo o trajeto a pé. Mamãe dizia: ‘Vamos
adiante que a fé move montanhas’. E eu respondia, baixinho: ‘Mas deixa calo nos
pés’”, narra Falcão, arrancando gargalhadas do público. E emenda: “Agora não
pergunto mais pra onde vai a estrada…”, dando início a Fé Cega, Faca Amolada,
um dos sucessos do mineiro Milton Nascimento.
Ao pisar na Bahia e ver alguém bebericando água de coco
de canudinho, vem à mente da Bethânia inventada a imagem da avó Bibiana,
referência à obra O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, a tomar chimarrão. A
fruta representa a cuia e o canudo, a bomba usada para sorver o mate. “Às
vezes, a diferença não é tudo. Do chimarrão pro coco é só um canudo.”
Assim como a cantora original, que intercala música e
poesia em seus shows, a personagem de Falcão segue o mesmo caminho. O óbvio tem
a nudez que irrita, e eu não posso mudar a imagem, seu moço. Sou o que sou,
magro, minguado e pouco. Em vez de chorar gordura, faço brilhar o osso, é um
dos poemas de Celso Gutfreind recitado pelo artista.
A Bethânia gaúcha vai tentar a vida no Rio de Janeiro,
onde encontra outro ícone da Música Popular Brasileira. Depois de cantar
Baioque, revive a parceria com Chico Buarque, que lhe dá um Bom Conselho. É
quando Falcão demonstra versatilidade e ataca com uma imitação impecável do
cantor carioca.
Como se fosse dois em um, ainda apresenta um “dueto” na
canção Tatuagem. Cada estrofe é interpretada em um estilo diferente, entre as
vozes de Chico e Bethânia. Quero ficar no teu corpo / Feito tatuagem / Que é
pra te dar coragem / Quando a noite vem / E também pra me perpetuar em tua
escrava / Que você pega, esfrega, nega… mas não lava....
O clímax do show acontece quando Bethânia sofre uma
transformação. Em uma toada de candomblé, incorpora “o seu lado masculino”. Ao
imitar Ney Matogrosso, o versátil Falcão começa a cantar: Me diz que eu sou seu
tipo / Me diz, neném, que eu acredito.
Há tempo ainda para recordar Vinicius de Moraes em Como
Diz o Poeta. Antes de “mergulhar” para fora do palco, ele interpreta Trampolim,
ao som de palmas da plateia, que, em coro, pede bis.
De vestido novo, Bethânia regressa e manda três
clássicos em sequência. Negue, Fera Ferida e Não Dá Mais pra Segurar (Explode
Coração) encerram o repertório de 16 canções. Ao fim do espetáculo, um só
sentimento: mais do que uma homenagem a Maria Bethânia, o musical de Falcão é
uma ode completa à MPB.
1993 - 34° FESTIVAL DOS POVOS - Florença - Itália
Firenze, 26 novembre - 4 dicembre 1993
34 festival dei popoli
rassegna internazionale di cinema documentario
34th Festival
dei Popoli, Florence, Italy, 1993
























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