domingo, 31 de agosto de 2025

1977 - SANDRA - Gilberto Gil

  

Todas as meninas mencionadas em “Sandra” foram personagens daqueles días que eu vivi entre Curitiba e Florianópolis

Sandra, citada no final da letra, era minha mulher, que preferiu não ir a Florianópolis e com a qual eu associei a ideia do hexagrama da torre, tirado no I Ching, um dos meus livros de cabeceira naquele período: a que tomava conta de tudo; onde eu estivesse, o seu olhar espiritual me acompanharia; seu ente se espraiaria, estendendo-se por todas as mulheres com quem eu convivesse. A ela as mulheres citadas na letra remetiam por representarem o feminino, a minha sustentação naquele momento.


GILBERTO GIL

 

SANDRA

Compositor: Gilberto Gil

 

Maria Aparecida, porque apareceu na vida
Maria Sebastiana, porque Deus fez tão bonita
Maria de Lourdes
Porque me pediu uma canção pra ela 

Carmensita, porque ela sussurou: “Seja bem-vindo”
(No meu ouvido)
Na primeira noite quando nós chegamos no hospício

E Lair, Lair
Porque quis me ver e foi lá no hospício
Salete fez chafé, que é um chá de café que eu gosto

E naquela semana tomar chafé foi um vício
Andréia na estréia
No segundo dia, meus laços de fita 

Cintia, porque, embora choque, rosa é cor bonita
E Ana, porque parece uma cigana da ilha
Dulcina, porque
É santa, é uma santa e me beijou na boca 

Azul, porque azul é cor, e cor é feminina
Eu sou tão inseguro porque o muro é muito alto
E pra dar o salto
Me amarro na torre no alto da montanha 

Amarradão na torre dá pra ir pro mundo inteiro
E onde quer que eu vá no mundo, vejo a minha torre
É só balançar
Que a corda me leva de volta pra ela:
Oh, Sandra

 

Gilberto Gil – Álbum Refavela, 1977 – Philips 

© Gege Edições Musicais




1977
Revista Ilusão
n° 267
Junho de 1977








martes, 26 de agosto de 2025

1984 - GAL COSTA - FRANCIS HIME

 















1984 - FRANCIS HIME
Álbum "Essas Parcerias"
Elenco LP 822 198-1, A.3


UM DUETO 

Letra: José Carlos Capinan

Música: Francis Hime

Participação Especial: Gal Costa


Essa ave madrugada
Apaixonada, ai
Voa voa e sem parar
Entra doida na janela amada

No espelho
Desespero
Eu sonho o teu sonhar
Quase tua
Toda nua
Meu luar luar

Sereno o teu cabelo
Belo belo
Meu amor
O cheiro estrangeiro da paixão
É quase dor
É dor tão verdadeira
Que me faz quase afogar
Seu beijo
Meu desejo
Que jamais vão nos salvar

Pára, madrugada
Vê se atrasa esse amanhã
Vem me tomar, abraçar
Brilha sobre nós Estrela Dalva
Arde labareda eternamente
A me queimar, queimar

Pára, madrugada
Vê se atrasa esse amanhã
No brilho dos teus olhos
Já começa a clarear
O ardor dessa paixão
Que nunca mais vai me salvar
Igual a essa luz,
Verão, luar, constelação
Estrela Dalva, arde em paz
Clareia, coração

Pára, madrugada
Vê se atrasa esse amanhã
Vem me tomar, abraçar
Ave louca a sonhar
Me tomar, abraçar
Ave louca a sonhar...


1988 - GAL COSTA - Show TINA TURNER

 

Sábado, 16 de janeiro de 1988

Maracanã - Estádio Jornalista Mário Filho













Gal Costa e Lea Gadelha Millon












lunes, 25 de agosto de 2025

1976 - "FAÇO AS COISAS PELO CORAÇÃO" - Gal Costa

 


1976
Revista Ilusão
nº 231
Janeiro de 1976






1976
Revista Romântica
Ano XV - n° 205
Abril de 1976




















1975 – GAL COSTA
A. MODINHA PARA GABRIELA (Dorival Caymmi) 
B. ATÉ QUEM SABE (João Donato)
Philips S 7” nº 6069 116



viernes, 22 de agosto de 2025

2019 - "JOÃO CARLOS MARTINS & MARIA BETHÂNIA IN CONCERT - de Beethoven a Bethânia"

 

“João Carlos Martins & Maria Bethânia In Concert – de Beethoven a Bethânia”



20/8/2019 - Entrevista - Foto: Lucas Deixas/Folhapress




Maestro João Carlos e Maria Bethânia se apresentam juntos em São Paulo



As empresas LDL Music e CBPP Marketing, idealizadoras e responsáveis pela direção artística do projeto João Carlos Martins In Concert, realizarão, no Espaço das Américas, dia 30 de Outubro, o espetáculo “João Carlos Martins e Maria Bethânia In Concert – de Beethoven a Bethânia”. Os ingressos para esta única experiência já estão disponíveis. 

A oportunidade de assistir dois grandes ícones da música juntos no mesmo palco é para poucos e única na vida. A atração presenteia os espectadores com o primeiro encontro entre o maestro João Carlos Martins e a cantora Maria Bethânia: dois nomes consagrados da música brasileira no mesmo palco. Grandes sucessos da carreira da cantora terão arranjos musicais feitos exclusivamente pela Orquestra Bachiana e com o Maestro como regente. 

Segundo João Carlos Martins, “ter a Bachiana Filarmônica SESI-SP tocando música clássica no Espaço das Américas, ao lado de grandes personalidades da música popular brasileira é um orgulho para esse velho maestro. O Espaço das Américas está inovando e tenho certeza que será algo que o Brasil inteiro vai acompanhar.” 

O conceito do show está alinhado a missão de democratização da música clássica no país por meio de uma união inédita de diferentes estilos acompanhados por uma orquestra composta por músicos da mais alta qualidade.


Show: Maestro João Carlos Martins e Maria Bethânia no Espaço das Américas
Data: 30 de outubro de 2019 (quarta)
Abertura da casa: 19h30
Início do show: 21h30
Censura: 12 anos
Local: Espaço das Américas (Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo – SP)



Maestro João Carlos e Maria Bethânia se apresentam juntos em SP

Artistas se encontram pela primeira vez numa experiência emocionante.

28 de outubro de 2019

Acontece em São Paulo, no dia 30 de outubro, quarta-feira, o espetáculo “João Carlos Martins e Maria Bethânia In Concert – de Beethoven a Bethânia”. Oportunidade única de assistir dois grandes ícones da música juntos no mesmo palco. 

A atração presenteia os espectadores com o primeiro encontro entre o maestro João Carlos Martins e a cantora Maria Bethânia: dois nomes consagrados da música brasileira no mesmo palco. Grandes sucessos da carreira da cantora terão arranjos musicais feitos exclusivamente pela Orquestra Bachiana e com o Maestro como regente. 

Segundo João Carlos Martins “Ter a Bachiana Filarmônica SESI-SP tocando música clássica no Espaço das Américas, ao lado de grandes personalidades da música popular brasileira é um orgulho para esse velho maestro. O Espaço das Américas está inovando e tenho certeza que será algo que o Brasil inteiro vai acompanhar.” O conceito do show está alinhado a uma velha missão: A democratização da música clássica no país por meio de uma união inédita de diferentes estilos acompanhados por uma orquestra composta por músicos da mais alta qualidade.



João Carlos Martins e Maria Bethânia emocionam o público em São Paulo/SP

31 de outubro de 2019

 

“De Beethoven a Bethânia” foi o nome do concerto realizado ontem (30/10) pelo maestro João Carlos Martins e sua Bachiana Filarmônica Sesc-SP e Maria Bethânia, no Espaço das Américas, em São Paulo/SP. 

Na apresentação peças como a “Sinfonia nº 7” do compositor alemão, regida pelo maestro e grandes sucessos da carreira da cantora baiana, como "Reconvexo", "Ronda" e "Olhos nos Olhos", com arranjos de Ney Marques e José Antônio de Almeida. 

Maria Bethânia cantou ainda “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim, e ofereceu a música ao maestro. “É uma das maiores honras para mim e para a Bachiana Filarmônica Sesi-SP receber você, Bethânia”, disse o maestro, que retribui ao tocar no piano “Em algum lugar do passado” (Somewhere in Time/John Barry) emocionando não só a cantora, mas a todos que assistiram o espetáculo.




 Espaço das Américas em São Paulo


O encontro aconteceu na noite da última quinta-feira (30/10), no Espaço das Américas em São Paulo




Maria Bethânia e João Carlos Martins durante o show do espetáculo João Carlos Martins e Maria Bethânia In Concert – de Beethoven a Bethânia



A cantora apresentou seus maiores sucessos com um arranjo inovador da Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP








Foto: Rodilei Moraes


Foto: Filipe Vicente





jueves, 21 de agosto de 2025

1969 - UM HOMEM, UMA MULHER - CLÓVIS BORNAY / MARIA BETHÂNIA

 


1969
Revista “êle ela”
Ano I - n° 5
Setembro de 1969

 

 

UM HOMEM, UMA MULHER

 

Texto: Flávio de Aquino
Fotos: Nelson Santos e Sebastião Barbosa

 




1969









martes, 19 de agosto de 2025

2013 - manifesto do movimiento caetano é foda

 

manifesto do movimiento caetano é foda

 

I - desfaçatez, livro e brasil.

II - isso começou em 2013 e essas redes deixam a gente louco mesmo.

III - Evangelina e Pedro.

IV - ‘Caetano é foda’ é a última coisa que se consegue ouvir no show dos filhos.

V - e a carne se fez verbo e caetaneou entre nós.

VI - aflora isso: somente amor.

VII - o certo é ser gente linda e cantar as maluquices de Seu Caetano.

VIII - jesus de nazaré e os tambores do candomblé.

IX - Natividade: tudo é mesmo muito grande assim.

X - somos sexuais, há de haver a segunda abolição e não existe abismo em que nos caiba.

XI - é infinitivamente pessoal salvarmo-nos para salvar o mundo sebastianisticamente.

XII - simones, raimundos... homens e mulheres há.

XIII - tudo isso é por demais forte simbolicamente… para eu não me abalar.

p.s.: e eu sou só eu.

 

FRANCISCO TABOZA


7 de agosto de 2022 - CIDADE DAS ARTES
Especial Caetano Veloso - 80 anos





lunes, 18 de agosto de 2025

2025 - PERINHO ALBUQUERQUE

 

Péricles de Albuquerque
25 de abril de 1946, Salvador / 15 de agosto de 2025, Salvador
Guitarrista e produtor musical


Perinho Albuquerque e Maria Bethânia - 
(do encarte do álbum "Álibi") - 
Foto: Januário Garcia


“Perinho Albuquerque morreu. Ele foi meu companheiro e guia musical por muito tempo. Fez o disco de Bethânia que mais vendeu e foi ouvido. Depois se afastou da música profissional e passou a fazer barcos e lanchas. Há muitos anos que eu não via Perinho. Tive a honra de tê-lo na plateia (e no camarim) do show que fiz com a Banda Nova no Castro Alves. Estou profundamente comovido com as lembranças. Perinho, grande músico brasileiro. Carinho para seus filhos, sua viúva e todos os seus.”

Caetano Veloso


“Ontem , domingo 17 de agosto de 2025, aconteceu o funeral do importante músico Perinho Albuquerque. Ele que foi diretor musical de Caetano Veloso, produziu muitos discos importantes, inclusive o famosíssimo Álibi, disco mais vendido pela grande Maria Bethânia. Produziu Gal Canta Caymmi, entre muitos outros. Ele foi meu amigo de infância, e a pessoa que me convenceu a ser músico profissional. Toquei na orquestra liderada por ele por cerca de 10 anos , além de ter feito parte do grupo, liderado por ele, que tocou com Caetano Veloso . Fiquei bastante emocionado mas feliz por ter participado . Além dos familiares de Perinho só haviam dois músicos. Haroldinho Sá e eu. A Folha de São Paulo fez uma matéria sobre ele, e Caetano Veloso escreveu um pequeno, mas excelente, texto.”

Tuzé de Abreu





1978
Revista Música
Abril de 1978
















Dezembro de 1978 - Perinho Albuquerque, Nara e Maria Bethânia



Foto: Marisa Alvarez Lima