TREM DAS CORES
Do álbum CORES, NOMES (1982)
"Minha estreia com Caetano"
[Marcelo Costa]
1984 - BANDA NOVA [Marcelo Costa, Ricardo Cristaldi, Armando Marçal, Caetano Veloso, Tavinho Fialho, Zé Luiz e Tony Costa] |
1984 - Tavinho Fialho, Marcelo Costa, Caetano Veloso e Tony Costa |
"Este
disco promove o encontro de artistas que estiveram e estão comigo. Cantando,
tocando e celebrando a música do Brasil. Ao invés de dar uma festa, fiz esse
disco"
[Marcelo Costa]
Foto: Reprodução / Facebook Marcelo Costa |
2019
Álbum "Marcelo Costa - Vol. 1"
Biscoito Fino CD
01. MEU BOM
Intérprete: Caetano Veloso
Autoria: Marcelo Costa Santos
Editora: Emi (Sony ATV)
08. FEITIÇO DA VILA
Intérprete: Caetano Veloso e Zeca Assumpção
Autoria: Noel Rosa / Vadico
Editora: Mangione
Editora: Mangione
1. MEU BOM
Compositor: Marcelo Costa Santos
Eu
sou um Mar.... Celo
Eu
sou só um som
Valeu
meu bom, véio
Valeu
dom, meu brow
Vou
de costa à costa
Com
todos os santos
Cantar
pra quem gosta
Em
todos os cantos
Grande
força, cara
A
tua presença
8. FEITIÇO DA VILA
Samba
Letra: Noel Rosa
Música: Vadico
1934
Quem nasce lá na vila
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos do arvoredo
E faz a lua nascer mais cedo
Lá em Vila Isabel
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba
São Paulo dá café,
Minas dá leite
E a Vila Isabel dá samba
A Vila tem
Um feitiço sem farola
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:
Sol pelo amor de Deus não venha agora
Que as morenas vão logo embora...
A Vila tem
Um feitiço sem farola
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Eu sei tudo que faço
Sei por onde passo
Paixão não me aniquila
Mas tenho que dizer,
Modéstia à parte meus senhores
Eu sou da Vila!
Baterista Marcelo Costa celebra trajetória em álbum cheio de convidados
O músico já trabalhou com a elite da MPB e trouxe para o disco nomes
como Caetano Veloso e Gal Costa
Irlam Rocha Lima
10/09/2019
Marcelo Costa: tocou com Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Marisa Monte e Gal Costa Foto: Jorge Bispo / Divulgação |
De Chico Buarque a Mart’nália, de Gilberto Gil a
Ana Carolina, de Maria Bethânia a Marisa Monte, de Gal Costa a Maria Gadú. É
longa e eclética a lista de cantores, cantoras e instrumentistas com os quais o
requisitadíssimo baterista e percussionista Marcelo Costa tocou em 45 anos de
carreira.
Músico desde os 14 anos, quando passou a integrar o
lendário grupo A Barca do Sol, que tinha o, hoje, imortal Geraldo Carneiro como
componente. Dois anos depois Marcelo faria sua primeira gravação profissional
no álbum Limite das águas, de ninguém menos que Edu Lobo, mestre da MPB.
Quando completou 25 anos de música, o baterista
planejou lançar um disco, mas o projeto acabou sendo adiado. Agora, finalmente,
para celebrar quatro décadas e meia de trajetória, ele lança Marcelo Costa –
Vol. 1, CD que reúne registros feitos em estúdio entre 1994 e 1999. Nesse
projeto, pela primeira vez, Marcelo canta em algumas faixas. Uma delas, Na
cadência do samba (Ataulfo Alves) – a única gravada há dois anos – ganhou
clipe, com direção e fotografia de Batman Zavarese.
Entre as 12 faixas do 10 conta com a participação
de convidados, entre eles Caetano Veloso (Feitiço da Vila, Noel Rosa e
Vadico), Gal Costa (Beija-me, Roberto Martins e Mário Rossi), Adriana
Cavalcanti (Do fundo do meu coração, Roberto e Erasmo Carlos), Lulu
Santos (Ela falava nisso todo dia, Gilberto Gil), Igreja da Pilar
(Toninho Horta) e Boca Livre (Alegria, Arnaldo Antunes).
Em quatro décadas de carreira, quais foram os momentos mais marcantes
vividos por você?
A ideia inicial era lançar o disco para comemorar
os 25 anos de profissão, mas acabou que ele só está saindo agora, que já tenho
45 anos de carreira. Em vez de dar uma festa, fiz esse disco. Foram muitos
momentos marcantes, não teria como destacar apenas alguns. O que eu acho mais
incrível é o fato de eu ter me tornado uma pessoa que faz parte da música
brasileira, de alguma forma.
Entre os tantas cantores e cantoras que acompanhou, com quem tem
uma maior identificação?
Identifico-me com muitas pessoas que já tive a
alegria de acompanhar nesses 45 anos de carreira.
Quando fez os registros das músicas já imaginava reuni-las num disco?
Quando eu comecei a gravar essas músicas, meu plano
era fazer um disco. Eu não lancei antes porque tentei negociar com algumas
gravadoras, mas elas não toparam. O plano, porém, sempre foi esse desde o
inicio. Fazer um disco.
A escolha das músicas que estão no Vol. 1 foi sua.
Sim, a escolha do repertório foi minha. Algumas
canções têm significado especial para mim, como Beija-me, uma música que eu
ouvia na minha infância. Meus pais ouviam no disco da Elizete Cardoso com o
Cyro Monteiro. Outras, eu escolhi pelo que dizem as letras, mas todas elas têm
um significado muito forte dentro da música brasileira, além de serem muito
bonitas.
Em a algumas faixas você canta. Já havia vivido essa experiencia ao vivo
ou isso ficou restrito a estúdio?
Eu cantei muito pouco na vida. No final do grupo A
Barca do Sol, houve o lançamento do terceiro disco, e tinha uma música que eu
cantava. Em uma turnê que fiz com Lulu Santos, eu falava aquele texto inteiro
do rap de Cachimbo da paz, do Gabriel O Pensador. São as minhas experiências de
cantar ao vivo, até agora.
Foi você quem selecionou as músicas que seus convidados interpretaram,
ou a opção foi deles?
São ao todo 10 convidados no disco, dos quais
quatro interpretam composições próprias, sendo que duas são instumentais. O Zé
Miguel Wisnik, o Péricles Cavalcanti, o Toninho Horta e o meu irmão, Muri
Costa. As outras canções, gravadas por Caetano, Gal, Adriana, Boca Livre e Lulu
Santos, foram escolhidas por mim para eles cantarem.
Caetano Veloso transformou Feitiço da Vila, samba de Noel Rosa e Vadico,
numa bossa. Quem criou os arranjos para essa e outras músicas
Não faço distinção entre a bossa nova e o samba.
Para mim, é tudo a mesma coisa. Essa é a maneira do Caetano de cantar a música
uma música que ele gosta. Diria que é um samba tocado de outra maneira, afinal,
a bossa nova é um tipo de samba, né?
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