César Camargo Mariano e Gal Costa Foto: Paulo Franco / Divulgação Trama |
Quinta, 23 de junho de 2005
Gal Costa chora ao ler uma nova letra de
Caetano
Gal Costa ficou emocionada com as músicas que Caetano Veloso escreveu especialmente para o novo disco dela. Segundo a colunista Heloisa Tolipan, do Jornal do Brasil, Gal foi às lágrimas ao ler uma das letras.
O novo disco de Gal Costa, que será lançado pela gravadora Trama, ainda trará uma música inédita de Chico Buarque.
O álbum ainda não tem previsão de quando irá chegar às lojas.
O Dia
24/06/2005
Gal
Costa finaliza CD com autores desconhecidos e produção de César Mariano
Voz renovada
Gal Costa
finalizou o disco com que vai festejar seus 60 anos,
O time inclui Junio Barreto, Moisés Santana, Tito Bahiense, Nuno Ramos, Moreno Veloso e o trio formado por Hilton Haw, Lenora de Barros e Marcos Augusto. Chico Buarque (com melodia inédita letrada por José Miguel Wisnik) e Caetano Veloso (com a inédita Luto) são os representantes dos medalhões.
Carlos Rennó letrou três músicas de Lokua
Kanza para o CD, já em fase de masterização.
Artista diz
estar gratificada por trazer garotada à tona
Para mim, é
uma honra poder mostrar o trabalho dessa rapaziada que, muitas vezes, tem
dificuldade de mostrar sua produção na mídia. Era uma inquietação minha e é
gratificante trazer essa garotada à tona, afirma Gal, em nota da gravadora
Trama.
Boa parte da garotada já está na casa dos 40 anos, mas é fato que, depois de quatro discos centrados em regravações de sucessos, a cantora volta a ousar como nos CDs O Sorriso do Gato de Alice (1993) e Aquele Frevo Axé (1998).
Produtor de
alguns dos melhores discos de Elis Regina, César Camargo Mariano toca em faixas
como Santana, tema do compositor de Caruaru (PE) Junio Barreto.
Mariano cercou Gal de músicos e artistas do elenco da Trama (o cantor Silvera,
por exemplo, faz coro no CD). A idéia é lançar um disco à altura do arrojado
passado da cantora.
Foto: Fernanda Cardoso |
Revista Época
30 de agosto de 2005
Gal volta a gravar novos compositores
Danilo Casaletti
Os fãs de Gal Costa estão em compasso de espera para o lançamento do novo CD da cantora que deve ser lançado em setembro pela gravadora Trama. Toda essa ansiedade se deve ao fato de Gal não lançar um disco só com composições inéditas desde 1999. Durante esse período, a cantora se dedicou à projetos especiais como Gal Costa Canta Tom Jobim e Todas as Coisas e Eu, com canções da década de 50 e 60.
O álbum, que vai marcar os 60 anos da cantora, ganhou arranjos do experiente pianista César Camargo Mariano e vai trazer compositores poucos conhecidos do grande público, como o pernambucano Junio Barreto - que assina a faixa Santana - e o paulista Nuno Ramos, de quem Gal escolheu Pra Que Cantar.
Dois medalhões da MPB não ficaram de fora. Caetano Veloso e Chico Buarque, que sempre estiveram presentes nos discos de Gal, compuseram canções inéditas para a cantora. Chico assina a melodia de um música feita em parceria com José Miguel Wisnisk. Já Caetano entregou para Gal a canção Luto.
Mas quem conquistou o coração de Gal foi o músico
africano Lokua Kanza. Ela escolheu três músicas dele para o álbum. Todas
ganharam letras de Carlos Rennó. São elas: Sexo e Luz, Te Adorar
e Mar e Sol.
Setembro de 2005
O renascimento de Gal
Ao comemorar 60 anos, a cantora lança disco
com músicas de novos compositores e dá mostras de que recuperou o vigor
criativo
Por
Marcus Preto
No fim da década de 90, o poeta Waly Salomão, um dos ícones da contracultura dos anos 70 e o maior mentor que Gal Costa já teve, passou a se referir à sua antiga musa como “ex-Gal”. Ele, que participara explosivamente de momentos-chave na carreira da cantora, não aprovava os rumos que ela vinha dando à sua música.
O apelido fazia sentido. Desde pelo menos 1997, ainda que afinação e timbre continuassem intactos, algo no canto de Gal se mostrava esfriado, opaco, distante do ímpeto de outros tempos. Seus discos não traziam mais novidade. Hoje — álbum que a Trama está lançando agora, em setembro de 2005, justamente no mês em que a baiana completa 60 anos — parece encerrar a longa escassez criativa: recupera muito da Gal antiga e retoma em grau considerável o diálogo com a grande artista que ela foi por três décadas.
Se sua estréia em LP (dividido com Caetano Veloso, há 38 anos) refletia influência maciça de João Gilberto, não haveria termo de comparação para o passo seguinte, quando a cantora se tornou a figura feminina mais representativa do Tropicalismo (Rita Lee ainda compartilhava palco e atenções com os outros dois meninos-mutantes). A atitude visceral da baiana, seu vestuário e seu canto gritado/gemido deixaram o público confuso. Aquilo era sexo, e um jeito de sexo que nem a direita nem a esquerda tinham experimentado.
Foi exatamente a falta de enquadramento político que a salvou do exílio, em 1969. Sem Caetano e Gilberto Gil, converteu-se em porta-voz das idéias tropicalistas por aqui. Nesses anos, produziu dois LPs furiosos, os mais profundamente psicodélicos já gravados por uma mulher no país: Gal (1969) e Legal (1970).
Waly
Salomão chegou em 1971 para dirigir o show A Todo Vapor. Cerebral e
intuitivo ao mesmo tempo, o poeta ressaltou a sensualidade da cantora no palco,
colocando coxas à mostra, fazendo marcações provocativas. Em três tempos, ela
passou a ocupar o posto de musa da contracultura e atraiu toda a turma do
desbunde para sua praia. Nas dunas da Gal (o ponto de Ipanema que a cantora
freqüentava), sexo, drogas e cabelões estavam liberados. Sônia Braga, Júlio
Bressane, Rogério Sganzerla, Leila Diniz e o adolescente Cazuza eram figurinhas
fáceis naquelas areias. “Gal simbolizava a gostosura dos anos
E a gostosura acabou virando uma marca. No LP Índia, de 1973, quando apareceu seminua na capa, a cantora assumiu de vez que sua música estava diretamente ligada a sexo (o que a aproximava de uma “atitude rock’n’roll”).
O
ápice artístico veio em meados dos 70. Fazendo dobradinha com Sônia Braga no
imaginário coletivo, a cantora simbolizava na música o que a atriz representava
nas telas. As duas, inclusive, deram vida à fogosa Gabriela de Jorge Amado na
antológica novela da Globo: Sônia interpretava a personagem que subia no
telhado e deixava o país louco de desejo; Gal entoava a música-tema da morena.
Em
Com
a morte de Elis Regina, em
Era até natural que seus estímulos não se mantivessem os mesmos depois dos 50 anos. Ela, que sempre tivera a libido como matéria-prima, estava envelhecendo. Ainda sem saber como lidar com a nova fase, começou a investir na memória. Em 1997, partiu para o projeto revisionista Acústico MTV — que vendeu 600 mil cópias e revelou ao Brasil que “Gal estava diferente”. Seguiu-se uma sucessão de discos sem novidade, que apontavam sempre para trás: releitura da obra de Tom Jobim, revisão de clássicos do cancioneiro brasileiro, retrospectiva dos seus próprios sucessos.
Algo parecia fora de lugar — e Gal devia saber disso. Pois no meio desse processo ela própria cutucou a ferida e abriu seu disco de 2002 pedindo: “Socorro, não estou sentindo nada/ Nem medo, nem calor, nem fogo/ Nem vontade de chorar, nem de rir/ (...)/ Socorro, alguém me dê um coração/ Que esse já não bate nem apanha/ Por favor, uma emoção pequena/ Qualquer coisa que se sinta”. Tudo estava dito. Era preciso esperar.
Eis que 2005 chegou. Em Hoje, a impressão é de que Gal acertou o passo com seu tempo. Entendeu que deixou de ser a garota sensual dos primeiros anos e que não precisa dela para cantar divinamente. Também parece ter percebido que sua voz é linda, sim, mas que isso não é tudo o que se espera de uma artista de seu porte. Os bons arranjos ficaram a cargo de Cesar Camargo Mariano — ex-marido e parceiro musical de Elis Regina, a maior “rival” que Gal encontrou na vida.
No álbum da Trama, a cantora volta a apresentar autores novos (80% do CD), desencadeando diálogos entre o consagrado e o desconhecido. Se o veterano Caetano cede uma música para o disco, seu equivalente jovem, Moreno Veloso, também comparece — e com mais importância que o pai. É de Moreno a canção que batiza o CD: “Eu posso esquecer pra ser mais feliz/ Mas não vou mudar nada de tudo que eu fiz/ (...) Eu quero chegar a um dia dizer: de tanto ficar só, vivo bem sem você”.
Equilibrada entre a nostalgia da menina que subia nos telhados do Brasil e a vontade de viver bem sem ela, Gal dá sinais claros de que reaprendeu a fazer a festa.
CORREIO BRAZILIENSE
23/9/2005
Melhores de 2005 – Perfil
O renascimento de Gal Costa
Aos 60 anos, a cantora lança o álbum Hoje,
em que grava compositores da novíssima geração, faz seu melhor trabalho em mais
de uma década e será tema de uma série de DVDs
Em um final de tarde do outono paulista, Gal Costa estava na gravadora Trama, em São Paulo, para registrar “Luto”, melancólica composição de Caetano Veloso.
Ao lado do produtor César Camargo Mariano, a cantora
repassou a letra daquela que seria uma das faixas incluídas no CD Hoje,
aqueceu a garganta e, depois de pedir bênção aos orixás, entrou no estúdio.
Autorizada a soltar a voz, Gal travou, não passava
da primeira estrofe. Emocionada com os versos confessionais escritos
especialmente para ela, buscava em vão segurar o choro e, depois de três
tentativas, jogou a toalha. “Ela disse que não conseguiria cantar chorando. Parou
40 minutos, tomou um café e voltou. Gravou a música direto”, lembra Mariano.
A entrega de Gal à concepção de Hoje durou mais de seis meses e se fazia necessária. Em nome do projeto, a baiana passou longe das festas carnavalescas de Salvador. Ficou os quatro dias trancada em sua casa, no bairro do Rio Vermelho, com 200 fitas para escolher o repertório do seu primeiro CD totalmente inédito desde 1993, e conheceu a frustração. “Gostei de poucas coisas. Fiquei preocupada e pedi ajuda ao compositor Carlos Rennó”, diz ela. Como “mentor intelectual” de Hoje, Rennó reconhece que assumiu papel semelhante ao do falecido poeta Waly Salomão em momentos transformadores da carreira da artista. “Gal estava muito angustiada. Ela queria fazer um CD diferenciado, mas não tinha segurança de que havia um bom material de gente desconhecida. E eu apresentei a ela esses compositores, mostrei que o CD era possível”, afirma Rennó.
Mesmo negando que sua criatividade estivesse
adormecida na última década, quando praticamente se limitou a dar voz a
clássicos, algumas vezes com sabor frugal, a eterna musa tropicalista ansiava
pela virada. “Faz parte de mim romper com o esperado. E nada melhor que provar
isso aos 60 anos”, diz ela, que garante ter recebido a nova idade, em 26 de
setembro passado, sem sobressaltos. “Penso que devo ter, no máximo, uns 47
anos. Eu me sinto nova, principalmente de cabeça, ando mais tranqüila. Só
queria estar um pouco mais magra, com uns 7 quilos a menos.”
A inquietação atinge a vida pessoal. Gal procura
casa em São Paulo para ficar mais perto do circuito profissional. “Não posso ir
e voltar de Salvador toda hora e passar dois meses sem dormir na minha cama.
Não posso mais abrir mão do meu colchão, de sentir a delícia que é o meu
travesseiro. Mas estou procurando com calma. Odeio que me cobrem”, diz ela, que
também sofre com a saudade dos três cachorros, os rottweilers Aruã, Porã
e Cunhã. “Eram seis, mas perdi três neste ano. Um por erro médico. Outros dois
acidentalmente. Ainda estou abalada”, afirma ela, com o olhar triste.
Se a ousadia de gravar um CD apenas com autores da
novíssima geração, com exceção de duas faixas – “Luto”, de Caetano, e
“Embebedado”, de Chico Buarque e Zé Miguel Wisnik –, foi o presente de Gal aos
fãs, a festa dos 60 anos será comemorada com o show que estréia em São Paulo no
final de janeiro. “A Gal me pediu a adaptação de uma música do congolês Lokua
Kanza e verti para o português com referências a ‘Sem Você’, do Tom. Ela quer
mexer com as pessoas no show, quer fazer o público chorar”, revela Rennó. Sua
carreira ainda será tema de uma série de DVDs produzida pela DirecTV em formato
semelhante àquela que homenageou Chico Buarque, e um CD em que interpreta Chet
Baker já começa a ser discutido na Trama. Despida do luto criativo, Gal investe
em seu potencial e prova que ainda hoje conserva a alma transgressora que
parecia lembrança dos saudosistas.
30/3/2006 |
Milton Nascimento, Gal
Costa e Gilberto Braga - Foto: Cristina Granato |
Gal Costa Ao Vivo - CD e DVD
Trama - 21/02/2007
Costa faz a música brasileira pulsar com seus novos CD e DVD, que têm como base o show do disco Hoje, lançado pela Trama em 2005.
Enquanto no trabalho de estúdio a artista privilegiou novos compositores e canções inéditas em seu repertório, neste Ao Vivo ela resgata obras primas de sua carreira e, ao mescla-las às novas, mostra que continua sendo a talentosa e única cantora de sempre. Realizado no Citibank Hall, em São Paulo, com direção de Bernardo Vilhena, o show, e gravado para o especial “Do Tropicalismo aos Dias de Hoje”, exibido pela Directv, prima pela simplicidade e pelo bom gosto, terreno que permite a Gal Costa e aos músicos – Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcus Teixeira (violões e guitarra), Keko Brandão (piano, teclados e vocal), Jurim Moreira (bateria e percussão), Jakaré (percussão), Julio Borges, Ricardo Villas e Ed Flash (vocais) – brilharem por excelência. Meticulosamente contida nos movimentos, forte como nunca nas interpretações e segura musicalmente, Gal arranca aplausos de uma platéia extasiada. Das 20 músicas apresentadas no DVD, 14 estão no CD Ao Vivo.
Nos extras, Gal Costa conta em “Curiosidades Pessoais” histórias do início de sua carreira, inclusive a origem do apelido Gal. Em “Recados Para Gal”, uma infinidade de artistas e personalidades ligadas à música e à carreira dela mandam seus recados, de Gilberto Gil e Jorge Mautner a Chico César e Arnaldo Antunes, com direito a Rita Lee fazendo um pedido público para dirigir um show da amiga, Chico Buarque implorando para sua intérprete gravar mais suas músicas e Maria Bethânia aconselhando a “irmã” a nunca parar de cantar. E que ela não pare nunca mesmo, a música brasileira precisa da presença de Gal Costa.
RELEASE
Gal
Costa faz a música brasileira pulsar com seus novos CD e DVD, que têm como base
o show do disco Hoje, lançado pela Trama em 2005. Enquanto no trabalho de
estúdio a artista privilegiou novos compositores e canções inéditas em seu
repertório, neste Ao Vivo ela resgata obras primas de sua carreira e, ao mescla-las
às novas, mostra que continua sendo a talentosa e única cantora de sempre.
Realizado no Citibank Hall, em São Paulo, com direção de Bernardo Vilhena, o
show, e gravado para o especial “Do Tropicalismo aos Dias de Hoje”, exibido
pela Directv, prima pela simplicidade e pelo bom gosto, terreno que permite a
Gal Costa e aos músicos – Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcus Teixeira
(violões e guitarra), Keko Brandão (piano, teclados e vocal), Jurim Moreira
(bateria e percussão), Jakaré (percussão), Julio Borges, Ricardo Villas e Ed
Flash (vocais) – brilharem por excelência. Meticulosamente contida nos
movimentos, forte como nunca nas interpretações e segura musicalmente, Gal
arranca aplausos de uma platéia extasiada.
O show começa com uma surpresa: uma releitura de “Fruta Gogóia”, música do
folclore baiano que Gal Costa havia gravado em outra apresentação antológica,
no disco Fa-Tal – Gal a Todo Vapor, de 1971. Desse mesmo disco, ela também
resgatou “Antonico”, de Ismael Silva, reforçando sua característica de misturar
o tradicional e o antigo ao ousado e ao novo, invariavelmente numa embalagem
musical de qualidade.
Nesse trabalho de pinçar canções de outros tempos para se harmonizarem com as
inéditas do disco Hoje, Gal Costa também oferece ao seu público novas
interpretações de “Todo Amor que Houver Nessa Vida”, de Cazuza e Frejat,
“Juventude Transviada”, de Luiz Melodia, um pout-pourri com “Coisa Mais
Bonita”, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, e a cinematográfica “As Time Goes
By”, de Herman Hupfeld, além de “Feitio de Oração”, de Noel Rosa e Vadico, e a
sua nova assinatura com “Meu Nome É Gal”, a clássica homenagem de Roberto e
Erasmo Carlos, aqui também com direito a diálogo com a guitarra de Marcus
Teixeira que nos remete ao duelo de Gal e do guitarrista Lanny Gordin na
antológica gravação dos anos 70.
A cantora madura que varou décadas defendendo a música brasileira com sua voz
ímpar traz aqui novos ares com a nova geração de compositores, entre eles Junio
Barreto (“Santana”, parceria com João Carlos), Nuno Ramos (“Jurei”, parceria
com Clima, e “Pra Que Cantar”) e Moreno Veloso (“Hoje”). Dos velhos
companheiros, Gal apresenta as novas de Caetano Veloso (“Luto”) e de Chico
Buarque (“Embebedado”, em parceria com José Miguel Wisnik).
Das
20 músicas apresentadas no DVD, 14 estão no CD Ao Vivo. Nos extras, Gal Costa
conta em “Curiosidades Pessoais” histórias do início de sua carreira, inclusive
a origem do apelido Gal. Em “Recados Para Gal”, uma infinidade de artistas e
personalidades ligadas à música e à carreira dela mandam seus recados, de
Gilberto Gil e Jorge Mautner a Chico César e Arnaldo Antunes, com direito a
Rita Lee fazendo um pedido público para dirigir um show da amiga, Chico Buarque
implorando para sua intérprete gravar mais suas músicas e Maria Bethânia
aconselhando a “irmã” a nunca parar de cantar. E que ela não pare nunca mesmo,
a música brasileira precisa da presença de Gal Costa.
"Gal... Você sabe que eu te amo. Aquela bobagem que eu disse, você me perdoe. Eu peço desculpas a você publicamente... Você é a maior voz deste Brasil", retrata-se Jards Macalé por ter chamado Gal de "burrinha" na imprensa. "Gal, onde você mora? Se pudesse, todo dia passava na sua porta", derrete-se Tom Zé. "Gal, grave minhas músicas", faz charme Chico Buarque. "Fiquei muito emocionado quando ouvi você cantar Socorro", revela Arnaldo Antunes, referindo-se à boa gravação de sua música incluída por Gal no disco Bossa Tropical, editado em 2002, pela MZA Music.
Estes depoimentos - 22, ao todo - feitos por nomes
como Maria Bethânia ("Cante, não
pare, você sabe...") e Gilberto Gil estão em Recados para Gal, boa
sacada dos extras do DVD Gal Costa ao Vivo, que traz o registro do show Hoje,
baseado no renovador repertório do CD lançado em 2005 pela Trama. A gravação -
feita em São Paulo, em maio, e editada simultaneamente no formato de CD -
reafirma o grande tempo atual da cantora. E merece respeito.