miércoles, 22 de octubre de 2014

1997 - ALEXANDRE


"Pedi apenas a Hélio (Eichbauer) para forrar o livro em que leio a letra de “Alexandre”, uma grande faixa do “Livro” (disco de 1997) que nunca decorei. [Caetano Veloso, O Globo, 20/3/2013]

Show Abraçaço, estreia da turnê no Circo Voador, 21/3/2013, Alexandre.


21/3/2013 - Foto: Ana Schlimovich



22/3/2013




Música y letra: Caetano Veloso
© 1997 Ed. Uns Produções Artísticas Ltda.

Ele nasceu no mês do leão, sua mãe uma bacante
E o rei, seu pai, um conquistador tão valente
Que o príncipe adolescente pensou que já nada restaria
Pra, se ele chegasse a rei, conquistar por si só.
Mas muito cedo ele se revelou um menino extraordinário:
O corpo de bronze, os olhos cor de chuva e os cabelos cor de sol

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Ele escolheu seu cavalo
Por parecer indomável
E pôs-lhe o nome Bucéfalo
Ao dominá-lo
Para júbilo, espanto e escândalo do seu própio pai

Que contratou para seu preceptor um sábio de Estagira
Cuja cabeça sustenta ainda hoje o Ocidente
O nome Aristóteles - nome Aristóteles - se repetiria
Desde esses tempos até nossos tempos e além
Ele ensinou o jovem Alexandre a sentir filosofia
Pra que mais que forte e valente chegasse ele a ser sábio também

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Ainda criança ele surpreendeu importantes visitantes
Vindos como embaixadores do Império da Pérsia
Pois os recebeu, na ausência de Filipe, com gestos elegantes
De que o rei, seu própio pai, não seria capaz
Em breve estaria ao lado de Filipe no campo de batalha
E assinalaria seu nome na história entre os grandes generais
Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu

Com Hefestião, seu amado,
Seu bem na paz e na guerra,
Correu em honra de Pátroclo - os dois corpos nus -
Junto ao túmulo de Aquiles,
O herói enamorado do amor

Na grande batalha de Queronéia, Alexandre destruía
A Esquadra Sagrada de Tebas, chamada a Invencível
Aos dezesseis anos, só dezesseis anos, assim já exibia
Toda a amplidão da luz do seu gênio militar
Olímpia incitava o menino dourado a afirmar-se
Se Filipe deixava a família da mãe de outro filho dos seus se insinuar

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu.

Feito rei aos vinte anos
Transformou a Macedônia,
Que era um reino periférico, dito bárbaro,
Em esteio do helenismo e dos gregos, seu futuro, seu sol.

O grande Alexandre, o Grande, Alexandre
Conquistou o Egito e a Pérsia
Fundou cidades, cortou o nó górdio, foi grande;
Se embriagou de poder, alto e fundo, fundando o nosso mundo,
Foi generoso e malvado, magnânimo e cruel;
Casou com uma persa, misturando raças, mudou-nos terra,
[céu e mar,

Morreu muito moço, mas antes impôs-se do Punjab a
[Gibraltar.

Alexandre
De Olímpia e Filipe o menino nasceu, mas ele aprendeu
Que seu pai foi um raio que veio do céu.




1997 - CAETANO VELOSO
67.638.635
Álbum "Livro"
PolyGram/Mercury CD 536.584-2, Track 12.


 
2009 - ADRIANA PARTIMPIM
Álbum “Partimpim dois”
Sony Music CD 88697576532, Track 8.



 
2010 – ADRIANA PARTIMPIM
Álbum “Partimpim Dois é show”
Gravado no Rio de Janeiro em maio de 2010.
Sony Music DVD 88697793969, Track 9.
Sony Music CD+DVD 886978050496, Track 9.






Diario Página 12 [Argentina]
EL TEMA "HISTÓRICO" DE "LIVRO": ALEJANDRO
Traducción y adaptación de Miriam Sosa

El nació en el mes del león, su madre una bacante
Y el rey, su padre, un conquistador tan valiente
Que el príncipe adolescente pensó que ya nada quedaría
Para, si él llegara a rey, conquistar por sí solo.
Pero muy temprano se reveló un niño extraordinario:
El cuerpo de bronce, los ojos color de lluvia y los cabellos color de sol.

Alejandro
De Olimpia y Filipo el niño nació, pero aprendió
Que su padre fue un rayo que vino del cielo.

El escogió su caballo
Porque parecía indomable
Y le puso el nombre Bucéfalo
Al dominarlo
Para júbilo, espanto y escándalo de su propio padre.

Que contrató para que fuera su preceptor a un sabio de estagirita
Cuya cabeza sustenta todavía hoy a Occidente.
El nombre Aristóteles --nombre Aristóteles-- se repetiría
Desde esos tiempos hasta nuestros tiempos y después.
El le enseñó al joven Alejandro a sentir la filosofía
Para que más que fuerte y valiente llegara a ser sabio también.

Todavía chico sorprendió a importantes visitantes
Venidos como embajadores del Imperio Persa
Porque los recibió, en la ausencia de Filipo, con gestos elegantes
De que el rey, su propio padre, no sería capaz.
En breve estaría al lado de Filipo en el campo de batalla
Y anotaría su nombre en la historia entre los grandes generales.

Con Hefastión, su amado,
Su bien en la paz y en la guerra,
Es conocido que corrió a honrar a Patroclo
--los dos cuerpos desnudos--
Junto al sepulcro de Aquiles,
el héroe enamorado, el amor.

En la gran batalla de Queronea, Alejandro destruyó
La Escuadra Sagrada de Tebas, llamada la Invencible.
A los dieciséis, sólo dieciséis años, exhibía así
toda la magnitud de la luz de su genio militar.
Olimpia incitaba al niño dorado a afirmarse
Si Filipo dejaba a la familia de la madre de
otro de sus hijos afirmarse (en el poder)

Rey a los veinte años
Transformó Macedonia,
Que era un reino periférico, llamado bárbaro,
En destello del helenismo y de los griegos,
su futuro, su sol.

El gran Alejandro, el Grande, Alejandro
Conquistó Egipto y Persia
Fundó ciudades, cortó el nudo gordiano,
fue grande;
Se embriagó de poder, alto y hondo,
fundando nuestro mundo,
Fue generoso y malvado, magnánimo
y cruel;
Se casó con una persa, mezclando razas,
nos cambió tierra, cielo y mar;

Murió muy joven, pero antes se impuso
de Punjab a Gibraltar.




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