Durante show, Maria Bethânia comemora inelegibilidade de Bolsonaro: 'Viva o Brasil!'
Redação Alô Alô Bahia
Durante um show que fez no sábado (1º) em Lisboa, Portugal, a cantora baiana Maria Bethânia comemorou a decisão da última sexta-feira (30/6) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que o deixa inelegível pelos próximos oito anos.
"Inelegível! Oito anos! Viva
o Brasil", gritou a cantora em uma pausa enquanto cantava
a canção "Cálice", que é contra as restrições de liberdade impostas
durante a Ditadura Militar no Brasil. A plateia vibrou e aplaudiu a fala de
Bethânia.
2 de julho de 2023
“Inelegível!
Viva o Brasil!”: Bethânia celebra justiça durante show em Portugal
Num show realizado em Oeiras no último sábado (1), nos arredores de Lisboa, em Portugal, na noite do último sábado, Maria Bethânia comemorou em cima do palco a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por cinco votos a dois, a corte decidiu que ele não poderá se candidatar a cargos públicos por oito anos.
Nas
redes sociais, circulam vários vídeos com imagens da cantora fazendo seu
posicionamento político no Festival Jardins do Marquês – Oeira Valley.
“Inelegível”,
disse a baiana após cantar ‘Cálice’. “Oito anos. Viva o Brasil!”.
2 Julho, 2023
Governo português atribui Medalha de Mérito
Cultural à cantora brasileira Maria Bethânia
O
Governo atribuiu a Medalha de Mérito Cultural à cantora brasileira Maria
Bethânia, que atuou no sábado à noite em Oeiras, “pelo inestimável trabalho que
tem feito na divulgação dos poetas portugueses”, anunciou hoje o Ministério da
Cultura.
Em comunicado, o gabinete do ministro Pedro Adão e Silva destacou que Maria Bethânia tem divulgado os poetas portugueses “declamando-os, cantando-os e contribuindo de forma ímpar para a sua popularização não só no Brasil como em diversas partes do mundo”.
Citado na nota enviada à agência Lusa, Pedro Adão e Silva destaca a “ideia verdadeiramente luminosa de Maria Bethânia fazer dos poetas artistas populares”.
A cerimónia de entrega da Medalha de Mérito Cultural, que foi presidida pelo ministro da Cultura, aconteceu no sábado à noite, em Oeiras, no final do concerto da artista inserido na 3ª edição do festival Jardins do Marquês, cujo cartaz inclui nomes como Michael Bolton, Joss Stone, Liniker e Sara Correia.
Maria Bethânia apresentou o espetáculo “Fevereiros”, que parte de um documentário de Marcio Debellian sobre a artista.
A cantora brasileira, que nasceu em Santo Amaro da Purificação, no estado da Baía, em 1946, mudou-se para Salvador, para estudar, tendo feito aí, em 1963, a sua estreia como cantora, na peça “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues.
No ano seguinte, participou no espetáculo “Nós, Por Exemplo”, ao lado do irmão Caetano Veloso, de Gal Costa, de Gilberto Gil e de Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador.
“Carcará”
é considerado o primeiro grande sucesso de Maria Bethânia, cantora que adquiriu
projeção nacional, no Brasil, quando em janeiro de 1965 substitui Nara Leão – a
convite desta – no histórico espetáculo “Opinião”, no Rio de Janeiro.
Desde o primeiro LP, publicado em 1965, Bethânia lançou dezenas de álbuns, tanto gravados em estúdio quanto ao vivo, e tem estabelecido muitas parcerias com nomes marcantes da música brasileira e internacional.
Na biografia da artista enviada à lusa pela tutela lê-se que “como talvez nenhuma outra intérprete fora de Portugal, Maria Bethânia cultivou desde sempre uma relação muito estreita com a poesia portuguesa, desempenhando um papel incomparável na sua divulgação”.
Gravou autores como Sá de Miranda (“Comigo me desavim”, título de um seu espetáculo de 1968), José Régio (“Cântico Negro”, incluído no álbum “Nossos Momentos”, de 1982), ou Manuel Alegre (“Senhora do Vento Norte”, no álbum “Diamante Verdadeiro”, de 1998), e dedicou álbuns inteiros a Fernando Pessoa (“Imitação da Vida”, de 1997) e a Sophia de Mello Breyner Andersen (“Mar de Sophia”, de 2006).
A
Universidade Federal da Baía atribuiu-lhe em 2016 o Doutoramento Honoris Causa,
pelo contributo dado para a Música Popular Brasileira.
Nesse mesmo ano, a escola de samba da Mangueira prestou-lhe homenagem ao desfilar com o enredo “Maria Bethânia: a Menina dos Olhos de Oiá”.
Em
Portugal, o Presidente da República agraciou-a com o grau de Oficial da Ordem
do Infante D. Henrique, a 26 de novembro de 1987, e dez anos depois, a 18 de
agosto de 1997, receberia o grau de Comendadora da mesma Ordem.
Também a Câmara Municipal de Lisboa distinguiu-a com a Medalha de Mérito Municipal, em 07 de junho de 2011.
A
artista recebeu ainda, em março de 2010, a medalha da Ordem do Desassossego,
homenagem da Casa Fernando Pessoa pelo seu papel na divulgação da obra do poeta
português.
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