Cartaz |
Foto: Leo Aversa |
Foto: Leo Aversa |
AGENDA
2011
Curitiba
(Teatro Guaíra)
18/11/2011 – Lulu Santos canta Roberto e Erasmo
19/11/2011 – Sandy canta Michael Jackson
20/11/2011 – Maria Bethânia canta Chico Buarque
São Paulo (Via Funchal)
21/11/2011 – Sandy canta Michael Jackson
22/11/2011 – Maria Bethânia canta Chico Buarque
23/11/2011 – Lulu Santos canta Roberto e Erasmo
Ribeirão Preto (Teatro Pedro
II)
06/12/2011 – Maria Bethânia canta Chico Buarque
07/12/2011 – Lulu Santos canta Roberto e Erasmo
08/12/2011 – Sandy canta Michael Jackson
Goiânia (Teatro Rio Vermelho)
16/12/2011 – Maria Bethânia canta Chico Buarque
17/12/2011 – Sandy canta Michael Jackson
18/12/2011 – Lulu Santos canta Roberto e Erasmo
Recife (Teatro Guararapes)
18/01/2012 – Maria Bethânia canta Chico Buarque
19/01/2012 – Sandy canta Michael Jackson
20/01/2012 – Lulu Santos canta Roberto e Erasmo
Entrevista com Maria Bethânia:
As doçuras e agruras de Chico
18/11/2011
O show que Maria Bethânia apresenta neste domingo (20/11), no Teatro Guaíra (Pça. Santos Andrade, s/nº, com ingressos já praticamente esgotados), é o primeiro totalmente dedicado à obra de Chico Buarque na carreira da cantora. O projeto faz parte da série do Circuito Cultural Banco do Brasil, idealizada e dirigida por Monique Gardenberg com assistência de Toni Platão na curadoria, e que tem ainda Lulu Santos cantando Roberto e Erasmo Carlos e Sandy interpretando Michael Jackson. Os shows percorrem cinco cidades brasileiras.
No
entanto, a relação de Bethânia com o trabalho de Chico Buarque vem de muito
antes. O compositor, como afirma a cantora em entrevista por e-mail à Gazeta do
Povo, é um dos alicerces de seu repertório. Uma aproximação ainda mais intensa
com a obra do compositor, aliás, já estava sendo feita por Bethânia em função
de um projeto futuro – “no mínimo cinco discos para cantar Chico, no mínimo um espetáculo
com cinco atos”, conforme explica a cantora na entrevista. A conferir.
Bethânia
fala (em respostas generosas) também sobre algumas das músicas mais importantes
de Chico em sua carreira e sobre sua admiração pessoal pelo compositor. Já a
respeito de seu novo disco, que deve sair em 2012 – e que tem Chico, como
sempre, mas é um projeto totalmente diferente – a cantora preferiu deixar a
conversa para depois. Leia mais abaixo.
Maria Bethânia e Chico Buarque: o compositor é
um dos alicerces do repertório da cantora.
Não é novidade ouvi-la interpretando Chico Buarque. Mas, até então, tratava-se de algumas canções, como a antológica interpretação de “Rosa dos Ventos”. É possível almejar interpretações tão marcantes em um repertório inteiro?
“Rosa dos Ventos” é uma música tão forte na minha vida quanto “Carcará”. Aliás, o Chico e Caetano, após o “Carcará” – que é o [espetáculo] Opinião, de João do Vale, meu lançamento como cantora profissional – marcaram minha história. Eu passei, como Waly Salomão dizia, da FM para a AM através do Chico Buarque de Hollanda cantando “Olhos nos Olhos”, e é verdade.
“Rosa dos Ventos”
foi uma música que deu outra mudada no meu caminho de escolha de repertório. É
uma música épica, tão forte como foi o “Carcará”. Tanto que ela está no
repertório deste show. “Vida, Vida” é outra canção que tem a mesma intenção e
força de interpretação e que também está.
Quais outras
canções escolheu e como procurou trabalha-las?
O Chico romântico é
certamente um alicerce que eu tenho no meu repertório; então é muito fácil
trabalhar. É muito gostoso, muito saboroso, muito prático, vem naturalmente.
“Terezinha”, “Tatuagem”, “Olhos no Olhos”, “Fora de Hora”… Está tudo dentro do
meu espírito. Mesmo porque fizemos um show juntos durante muito tempo. A gente
cantava “Com Açúcar e com Afeto”, “Cotidiano” e tal.
Fora isto, tem a
minha admiração pelo Chico, pela obra dele, por ele como músico, como
compositor, como homem e como cidadão. É uma honra pra mim ter nascido no mesmo
país que ele.
O Chico, quando
comenta a nossa relação com a vida, com a dor, com a perda, com a tristeza, com
a dificuldade, com a burrice e com a estupidez, parece que ele escreve o que eu
penso, da maneira que eu penso. Não tem uma vírgula fora do lugar. O Chico,
para mim, é muito em casa, muito meu, tenho ele de algum modo, de todo modo.
Então, o espetáculo que vou fazer a convite da Monique Gardenberg – para
apresentar as canções do Chico – é onde nós pretendemos que o Chico apareça,
com pelo menos um desenho do Chico inteirinho, em todas as áreas que ele gosta
de passear.
Naturalmente, por
eu ser uma intérprete, as canções escolhidas por mim têm muito a ver com o meu
repertório, mas tem também coisas dele que jamais cantei, que eu conheço e que
são atraentes, são apaixonantes. É uma emoção cantar “Vai trabalhar,
Vagabundo”, por exemplo. Aliás, é um momento muito bom cantar esta música, é
propício, é fácil, não tem esforço, entendeu?. Sai. No show tem as doçuras, tem
as durezas, tem as agruras, o Chico completo.
Este show foi uma
oportunidade de realizar uma ideia já antiga?
Neste momento, fui
convidada para fazer Chico Buarque. Eu tenho um projeto, meu, além do da
Monique, mas pra muito mais adiante, porque agora eu vou lançar um disco meu
que não tem nada a ver com este projeto. Tem o Chico porque Chico sempre está,
mas é outra praia. Mas daqui um tempo eu irei fazer. Estou estudando a obra do
Chico mais profundamente porque quero fazer um trabalho grande, um trabalho
completamente fora de ordem, ou seja, no mínimo cinco discos para cantar Chico,
no mínimo um espetáculo com cinco atos. Em que as pessoas saem, vão embora,
podem voltar, podem não querer ver o terceiro, querem ver o quarto ato…
(risos). Quero fazer um Chico assim, mas isto eu não sei se chegarei a fazer,
nem quando farei. No momento, o que eu estou fazendo é este. E este tem o Chico
desenhado inteiro. Menorzinho, mas tem. Este daqui me dá tanto prazer; é uma
alegria. É inacreditável – a cada hora que você vai ensaiando uma canção, não
acabou de sentir uma emoção, já vem outra música com outra emoção… porque Chico
não tem fim! Chico não acaba, ele vai; você acha; onde você procurar tem!
Em que fase está a
produção de seu novo disco? Há ideias musicais – de interpretação, arranjo,
sonoridade – ou mesmo canções do novo trabalho que poderão ser ouvidas no show
do Circuito Cultural?
Sobre o disco novo
prefiro não responder agora. Quando fora hora a gente conversa sobre isto. Hoje
vamos ficar só neste projeto do Chico.
26/01/2012
Circuito
Cultural Banco do Brasil está de volta
Circuito Cultural Banco do Brasil volta com Maria Bethânia, Lulu Santos e Sandy cantando seus compositores favoritos
Pela primeira vez, Maria Bethânia dedicará um show inteiramente à obra de Chico Buarque, Lulu Santos cantará a fase roqueira de Roberto e Erasmo e Sandy dará nova roupagem às músicas do ídolo Michael Jackson. Idealizados e dirigidos por Monique Gardenberg, em co-curadoria com Toni Platão, os três espetáculos inéditos acontecerão a partir de novembro, marcando a volta do Circuito Cultural, o bem-sucedido projeto itinerante do Banco do Brasil que durante uma década levou arte e cultura aos quatro cantos do país.
Criado em 1999, o Circuito Cultural Banco do Brasil investiu nas mais variadas formas de manifestações artísticas. Suas 121 ações - de shows de música popular e instrumental a exposições, oficinas, palestras, mostras de vídeos e espetáculos de teatro e dança – percorreram 32 cidades e reuniram um público de mais de 1,25 milhão de pessoas.
Esta primeira série de shows – sempre apresentados em dias consecutivos – começa em Curitiba (Teatro Guaíra, de 18 a 20 de novembro) e depois segue para São Paulo (Via Funchal, de 21 a 23 de novembro), Ribeirão Preto (Teatro Pedro II, de 6 a 8 de dezembro), Goiânia (Teatro Rio Vermelho, de 16 a 18 de dezembro) e Recife (Teatro Guararapes, de 18 a 20 de janeiro). A ideia é, a cada ano, ter grandes artistas da música brasileira abordando o repertório de um grande compositor
Maria
Bethânia canta Chico Buarque
Desde que pisou profissionalmente no palco pela primeira vez, em 1965, aos 18 anos, Maria Bethânia se firmou como a mais autoral das cantoras brasileiras e não parou de escrever para si uma trajetória singular na história da MPB. Ao longo de 45 anos de trabalho, conseguiu conciliar de forma magistral atributos aparentemente inconciliáveis: reverência ao passado e ousadia; independência artística e sucesso comercial; sofisticação e apelo popular. Foi a primeira mulher a vender um milhão de discos no país. Nunca se atrelou a movimentos, jamais se submeteu a pressão de gravadoras e sempre navegou na contramão do mercado. Tudo isso lhe garantiu uma carreira imaculada, que atravessa as décadas angariando a admiração fiel do público e da critica.
Mais do que cantora, Maria Bethânia sempre gostou de se definir como intérprete. E com justa razão. Ela deu origem a uma linhagem de cantoras que, por força de sua interpretação, tornam-se quase co-autoras das canções que passam por suas vozes. E pelo timbre grave e dramático de Bethânia já passou, e continua a passar, o melhor da música brasileira.
Entretanto, de todos os compositores que
interpretou, nenhum ganhou mais sentido na sua voz do que Chico Buarque. Sem
falsa modéstia, e com aval do próprio compositor, Bethânia costuma se dizer sua
melhor intérprete. E não é para menos: em quase cinco décadas de carreira, já
interpretou mais de cinqüenta de suas canções.
Lulu Santos canta Roberto e
Erasmo
Os números não mentem: sete milhões de discos vendidos, três dezenas de hits que atravessam gerações e uma intensa agenda de show – invariavelmente lotados – pelo país afora. Lulu Santos é um caso raro de artista que consegue manter a popularidade em alta, lançar discos com repertório inédito e dar continuidade a experimentação em seu repertório, que mistura rock, soul, funk e eletrônica, na mais perfeita tradução da música pop brasileira, gênero no qual é um precursor.
No ano em que comemora 30 anos de carreira, ele subirá ao palco despido de seus hits e de todo o repertório autoral pela primeira vez, para celebrar uma parceria responsável por outra infinita lista de canções que habitam a memória afetiva dos brasileiros há décadas: Roberto e Erasmo Carlos. A afinidade entre Lulu e o repertório da dupla já era evidente na regravação de ‘Se Você Pensa’, um dos grandes sucessos do álbum ‘Eu e Memê, Memê e Eu’ (1995), até hoje presença cativa em todas as pistas de dança.
Para o show, Lulu optou focar na fase roqueira do
início da parceria do Rei com o Tremendão, entre canções que remetem à Jovem
Guarda e outras afiliadas ao rock mais tradicional.
Sandy
canta Michael Jackson
Mais do que uma fã, Sandy sempre se identificou com a obra e a carreira de Michael Jackson. Ambos começaram a carreira ainda crianças e bastante ligados à raiz familiar, experimentaram o sucesso avassalador na infância e passaram com louvor no desafio da carreira solo. Na primeira visita do astro pop ao Brasil, em 1993, Sandy – à época com dez anos – não somente conheceu o ídolo, como fez uma pequena participação em seu show, ao lado do irmão Junior, no Estádio do Morumbi.
Antes mesmo da precoce morte de Jackson, em 2009,
ela já interpretara algumas músicas de seu repertório, mas nunca tinha pensado
em realizar um tributo exclusivamente dedicado a ele. A experiência será um
contraste com o repertório de seu elogiado último álbum, ‘Manuscrito’, somente
com canções autorais. ‘Michael fez parte da minha infância, seu talento musical
era indiscutível, penso que ele é como uma lenda: imortal, vai ficar para
sempre na história’, declarou a cantora.
Circuito Cultural Banco do Brasil
O Circuito Cultural é uma proposta diferenciada e capilarizada de atuação na área cultural. A iniciativa teve como precursor o projeto Brasil Musical, lançado em 1993, que buscava popularizar a música instrumental brasileira. Realizado por cinco anos, o Brasil Musical atingiu um público variado, tendo recebido, em 1994, o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), na categoria de Melhor Projeto de Música Popular, e, em 1997, o prêmio ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, como Melhor Projeto Institucional da Região Centro-Oeste/Leste.
A partir de 1998 o projeto passou a incorporar intérpretes de MPB e deu origem ao Circuito Cultural Banco do Brasil no ano seguinte, quando o projeto percorreu quatro cidades, recebendo um total de 76 mil pessoas e arrecadando 15 toneladas de alimentos.
O Circuito Cultural passou então a contemplar as
mais variadas manifestações artísticas: exposições de artistas locais (artes
plásticas e fotografia), música, artes cênicas (teatro e dança), oficinas,
palestras e mostras de vídeo.
Em 2000, o projeto percorreu 19 cidades, recebeu cerca de 370 mil pessoas e arrecadou mais de 100 toneladas de alimentos, em um formato que privilegiava grandes shows populares. Este modelo cresceu ao longo dos anos e durou até 2007 e, em 2008 e 2009, com estrutura parecida, passou a ser conduzido pelos CCBBs RJ, SP e DF.
"Maria Bethânia canta Chico Buarque"
AGENDA 2011
BELO
HORIZONTE (Palácio das Artes)
28/7/2012
– Maria Bethânia
BRASILIA (Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional)
8/8/2012 - Sandy
9/8/2012 – Lulu Santos
10/8/2012 – Maria Bethânia
PORTO ALEGRE (Teatro Sesi)
14/8/2012 – LULU SANTOS
15/8/2012 – MARIA BETHÂNIA
16/8/2012 - SANDY
RIO DE JANEIRO (Vivo Rio)
19/8/2012 – Maria Bethânia
SALVADOR (Teatro Castro Alves)
24/8/2012
25/8/2012
26/8/2012
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2012
Era para ter acontecido no início do mês, mas rolou ontem, no Vivo Rio, o show Maria Bethânia canta Chico Buarque, que estava, claro, na plateia.
O projeto itinerante do Banco do Brasil, batizado de Circuito Cultural, tem curadoria de Monique Gardenberg e Toni Plantão e roda o país.
Além de Bethânia, o projeto tem também, Lulu Santos interpretando Roberto e Erasmo; e Sandy cantando Michael Jackson…
No palco, sempre elegante, Maria Bethânia interpreta as principais canções de Chico. Aliás, em quase cinco décadas de carreira, ela
já cantou mais de 50 das canções dele. No show, Vai trabalhar, vagabundo,
Valsinha, Chico Buarque da Mangueira, Olhos nos olhos, Rosa dos ventos…
Abelha: show com músicas de Chico e pés descalços - Foto: Cristina Granato |
Foto: Cristina Granato |
Foto: Felipe Panfili |
Foto: Felipe Panfili |
Foto: Felipe Panfili |
Foto: Felipe Panfili |
Foto: Cristina Granato |
Foto: Cristina Granato |
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