jueves, 6 de julio de 2017

2017 - JORGE BASTOS MORENO


Cuiabá 23/4/1954 - Rio de Janeiro 14/6/2017


O GLOBO
BLOG DO MORENO

Caetano lança Ciro à presidência da República

Por JORGE BASTOS MORENO
07/03/2017


Caetano Veloso, Ciro Gomes, Lula e Chico Buarque | Arquivo

Antes de embarcar ontem à noite para Montevidéu, no Uruguai, onde começa hoje uma série de shows pela América do Sul, Caetano Veloso disse ao Blog do Moreno que acredita que Ciro Gomes é a melhor das opções colocadas para a sucessão de Michel Temer. Reconheceu que, ao assumir a candidatura de Ciro, está na contramão de vários amigos intelectuais e artistas, como Chico Buarque, que acabam de subscrever um manifesto em defesa da candidatura do ex-presidente Lula, sob o título “Lula já!”.

--- É bom que as posições sejam definidas, pois isso só estimula, agita, o debate.

Ao blog, Caetano ressaltou que a sua posição em defesa da candidatura de Ciro Gomes já havia sido manifestada em artigo que escreveu para a revista eletrônica “Fevereiro” (*), da qual é colaborador.

Ele já previa, nesse artigo, o surgimento do movimento pró-Lula, tanto que, a certa altura do texto escreveu:

--- A volta de Lula? O pensamento sobre 2018 trouxe a hipótese. Lula é um líder de grandeza incomparável, talvez só Getúlio. Seu discurso em resposta à estranha decisão do juiz Moro de expedir uma condução coercitiva para levá-lo a depor sem que ele tivesse se negado a fazê-lo mostrou um político potente. Pouco depois, ele já aparecia como um ex-líder. Entristece, mas a fórmula de liderança populista é algo que me sugere retrocesso a velhos males latinoamericanos.

Sobre a candidatura de Ciro, Caetano lembrou:
--- Votei em Ciro Gomes na eleição de 1998: eu não era a favor da reeleição. Agora, sabendo-o possível candidato, penso em voltar a fazê-lo. O discurso de Mangabeira em sua volta ao PDT, que vi na internet, me convenceu.


(*) Artigo UM VOTO. Abril 2016, Revista fevereiro # 9, pág. 153.




O GLOBO

Caetano Veloso: Saudades em vários níveis
"Tudo em Jorge Bastos Moreno transmitia doçura"

POR CAETANO VELOSO
14/06/2017 

Jorge Bastos Moreno era uma presença doce. Em torno dele, fosse em sua casa de Brasília, fosse em seu apartamento do Rio, encontravam-se artistas e jornalistas, moças bonitas e sérios economistas. Claro que nosso camarada foi um jornalista também ácido — além de ser um conhecedor dos labirintos da política brasileira (a começar por sua contribuição para o estudo de nossa história recente, com a série de artigos sobre Ulysses Guimarães, de quem ele esteve perto no período mais significativo de sua trajetória) — mas o prazer de bate-papo, a ternura com que ele se dirigia às mulheres atraentes surgidas em novelas, filmes ou noticiários de TV, tudo em JBM transmitia doçura.
Recebo a notícia de sua repentina morte logo ao acordar, já no meio da tarde. Achei amargamente irônico ler no jornal que me esperava à mesa que Cunha afirma nunca ter sido pago por Temer para manter-se calado. Eu gostaria que JBM estivesse aqui, para, entre uma festa e outra no seu apartamento, publicar seus comentários sobre esse e todos os outros assuntos relacionados.
Saudades em vários níveis.




2016 - Caetano Veloso e Júlia Duailibi falando sobre Antônio Prata, no pré-Natal da Laje do Moreno.






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