martes, 12 de enero de 2016

1998 - CHICO BUARQUE DA MANGUEIRA


G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)


"... 'buarqueando' com muito axé ..."

Samba Enredo: Chico Buarque da Mangueira


Carnavalesco: Alexandre Louzada


1ª Colocada do Grupo Especial


Compositores
Nelson Dalla Rosa, Vila Boas, Carlinhos das Camisas e Nelson Csipai 
 

Puxadores: 
José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão), Eraldo Caê, Rogerinho, Luizito e Jurandir


Mangueira despontando na avenida
Ecoa como canta um sabiá
Lira de um anjo em verso e prosa
De um querubim que em verde e rosa
Faz toda a galera balançar
"Hoje o samba saiu"
Pra falar de você
Grande Chico iluminado
E na Sapucaí eu faço a festa
E a minha escola chega dando o seu recado


É o Chico das artes... O gênio
Poeta Buarque... Boêmio (bis)
A vida no palco, teatro, cinema
Malandro sambista, carioca da gema


Marcando feito "tatuagem"
Acordes do seu violão
Chico abraça a verdade
Com dignidade contra a opressão
Reluz o seu nome na história
A luz que ficou na memória
E hoje o seu canto de fé (de fé)
Vai "buarqueando" com muito axé (bis)


Ô iaiá... vem pra avenida
Ver "meu guri" desfilar (bis)
Ô iaiá... é a Mangueira
Fazendo o povo sambar
 







 
 
 


 
 









Carnaval 1998: o cantor Caetano Veloso no camarote da Credicard no Sambódromo do Rio de Janeiro – Foto: Lili Martins/Folhapress









 





 




 
 



27/2/1998











O carnavalesco recebe o carinho de Caetano Veloso na quadra da Viradouro
Foto: Carlos Ivan - 10/2/1998












 
São Paulo, terça, 24 de fevereiro de 1998


Rio se colore para Chico Buarque e marca virada na Marquês de Sapucaí

da Sucursal do Rio
do enviado especial ao Rio
FERNANDA DA ESCÓSSIA, ISABEL CLEMENTE e RODRIGO VERGARA

Milhares de pessoas se vestiram de verde e rosa, as cores da Mangueira, para esperar o desfile da escola ontem na avenida Marquês de Sapucaí, homenageando o compositor Chico Buarque.

Ao contrário do dia anterior, quando as reações foram mornas, o público cantava, dançava e gritava palavras-de-ordem mesmo antes da apresentação das escolas.


Quando o cantor Jamelão, puxador de samba da Mangueira, passou caminhando pela passarela, foi ovacionado.


A torcida da Mangueira, considerada o "Flamengo do samba" devido à sua popularidade, silenciou os adeptos da Unidos da Tijuca, que na madrugada de hoje teria o centenário do Vasco da Gama.


Um problema de última hora levou diretores mangueirenses ao desespero: o caminhão com partes do carro abre-alas "Pra Ver a Banda Passar" se atrasou e, na montagem, caiu a figura de Chico Buarque, sentado, tocando violão.


Os artistas da escola tentariam remontar a figura de Chico.


Oito seguranças foram escalados para proteger Chico no desfile. Até o compositor Carlos Cachaça, da "velha guarda mangueirense", estava na concentração, para desfilar numa cadeira de rodas....

 
Recife, Quarta-Feira, 25 de Fevereiro de 1998

Chico se emociona na Marquês de Sapucaí


RIO DE JANEIRO - Foram dezessete minutos de muita emoção para o compositor Chico Buarque na sua passagem pela Passarela do Samba. Tema do enredo da Mangueira, ele foi o grande homenageado pelo público neste Carnaval. O compositor fez um desfile muito emocionado e surpreso com a receptividade da platéia. "Foi lindo demais", disse Chico. "Queria ficar mais". A passagem de Chico pela Marquês de Sapucaí ficará marcada como um das noites mais empolgantes e contagiantes do sambódromo e da Mangueira.


Ele chegou ao sambódromo acompanhado da mulher, a atriz Marieta Severo, e das três filhas, Sílvia, Helena e Luísa. As meninas desfilaram na ala dos Malandrinhos e Marieta assistiu ao desfile da família no camarote da Mangueira. 

Cinco minutos depois, Chico entrou na concentração da Mangueira cercado por um forte esquema de segurança. Vestido com uma blusa verde e calça e blazer brancos, usando chapéu Panamá, ele parecia assustado com o assédio dos componentes da escola e deslumbrado com a beleza dos carros alegóricos.


Ao lado do puxador da escola, Jamelão, e acompanhado pelo piano de Luiz Carlos Vinhas, Chico subiu no carro de som e ajudou a esquentar a escola cantando refrões de Vai Passar e Quem te viu, Quem te vê. Depois, Chico foi levado pelos diretores da Mangueira para o seu carro Setenta Anos de Glória, o sétimo da escola, onde estavam os integrantes da Velha Guarda, entre eles o compositor Carlos Cachaça, Dona Zica e Dona Neuma, e o passista Serginho.


Chico entrou na Marquês de Sapucaí sob aplausos do público e retribuiu com sorrisos e revêrencias. "Foi maravilhoso", disse o cantor. "Todos os momentos foram bons e não dá para avaliar porque a vista fica turva diante de tanta gente." Ele disse que poderá voltar no próximo sábado se a Mangueira ficar entre as três primeiras colocadas.




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