jueves, 19 de noviembre de 2015

2012 - HUMANIDADE 2012


Nesta semana, Caetano Veloso e Maria Bethânia irão emprestar o seu talento de ícones da MPB ao Desenvolvimento Sustentável. Eles vão cantar em um evento paralelo à conferência da ONU, o projeto Humanidade 2012, que acontece entre 12 e 22 de junho, no Forte de Copacabana, zona sul do Rio.





Rio+20
Local: Forte de Copacabana
CAETANO VELOSO 
Show voz e violão
13 Jun 2012



— Fiquei com vontade de cantar essa música por causa do evento e por ela estar na minha cabeça fortemente. Fiz a música por causa de um filme que adorei, “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”.



Caetano Veloso apresenta canção inédita em show no Humanidade 2012

'O império da lei' foi inspirada no filme mais recente do diretor Beto Brant.
Evento acontece em paralelo à conferência Rio+20, no Rio de Janeiro.

Um dia depois da apresentação da irmã Maria Bethânia no Humanidade 2012, foi a vez de Caetano Veloso cantar e tocar no projeto paralelo à conferência Rio+20. Os mais de 400 felizardos que lotaram o auditório montado no Forte de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (13), puderam apreciar o músico num show intimista, no esquema "banquinho e violão", que contou com a execução da inédita "O império da lei".
Segundo o próprio cantor, a inspiração para a nova música surgiu a partir do filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”. Baseado no livro homônimo de Marçal Aquino, o longa tem direção de Beto Brant e Renato Ciasca e é estrelado por Camila Pitanga.

"Fiquei com vontade de cantar essa música nova por causa do evento e também por ela estar na minha cabeça fortemente. Não a compus para o filme, mas por causa dele. E, apesar de não me sair da cabeça, pode ser que eu não saiba cantá-la direito, justamente porque é nova", brincou o músico, que a dedicou ao cantor, compositor e escritor Jorge Mautner — sentado na primeira fila — depois de repetir o número, para que a plateia pudesse cantar o refrão "O império da lei há de chegar no coração do Pará”.
Foram 21 músicas ao todo, boa parte delas relacionadas aos temas da conferência sobre sustentabilidade que acontece na cidade até o próximo dia 22. 

Canções como "Luz do sol" ("Céu azul / Que venha até / Onde os pés / Tocam a terra / E a terra inspira / E exala seus azuis"), "Odeio" ("Veio um golfinho do meio do mar roxo / Veio sorrindo pra mim"), "Valsa de uma cidade" ("Vento do mar no meu rosto / E o sol a brilhar, brilhar"), "Terra" ("Terra! Terra! / Por mais distante / O errante navegante / Quem jamais te esqueceria?") e "Um índio" ("E aquilo que nesse momento / Se revelará aos povos / Surpreenderá a todos não por ser exótico / Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto / Quando terá sido o óbvio").

Antes de "Quem vem pra beira do mar", explicou: "Quando cheguei aqui (ao auditório), Bia Lessa (diretora e cenógrafa do Humanidades) avisou para que eu não me assustasse com o baruho das ondas do mar. Na verdade, não estou ouvindo, mas sei que o mar está aí. Mas, quando ela me disse isso, deu vontade de cantar esta música de Dorival Caymmi", disse Caetano, que também cantou canções de Peninha ("Sonhos" e "Sozinho").
No bis, "Sampa" e "Qualquer coisa" encerraram a apresentação gratuita. "Muito obrigado por terem vindo. Fico contente por ver gente", disse.




 






REPERTÓRIO DO SHOW

LUZ DO SOL
CAJUÍNA
ODEIO
VALSA DE UMA CIDADE
VOCÊ É LINDA
POR QUEM?
DESDE QUE O SAMBA É SAMBA
O IMPÉRIO DA LEI
TERRA
QUEM VEM PRA BEIRA DO MAR
TRILHOS URBANOS
CORAÇÃO VAGABUNDO
UM ÍNDIO
NOSSO ESTRANHO AMOR
SONHOS
O LEÃOZINHO
SOZINHO
FORÇA ESTRANHA
LUZ DE TIETA

Bis
SAMPA
QUALQUER COISA





Rio+20
Local: Forte de Copacabana
MARIA BETHÂNIA
Show voz e violão
12 Jun 2012



Bethânia apresenta show literário no Forte de Copacabana



Emanuel Bomfim, enviado ao Rio de Janeiro



A aridez que domina o debate ambiental na semana da Rio+20 deu passagem para uma exibição de gala na noite desta terça-feira, 12 de junho. A cantora Maria Bethânia levou seu show ”Bethânia e as Palavras” ao palco do Auditório Humanidade, no Forte de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O local, batizado de “Humanidade2012″, recebe uma série de eventos paralelos à Conferência da ONU. Amanhã, 13, será a vez de Caetano Veloso se apresentar para uma restrita plateia de cerca de 400 pessoas.
As senhas distribuídas hoje, às 18h, se esgotaram rapidamente. Às 19h45, Bethânia iniciou sua performance, um misto de recital literário com show musical propriamente dito. Ela estava acompanhada de seu fiel parceiro nos violões, o  maestro Jaime Allen, e do percussionista Carlos Cesar. Bia Lessa, criadora do espaço em Copacabana, fez as honras da casa e não economizou no discurso: “Não poderia ter sido melhor pessoa para inaugurar este auditório do que a imprescindível Bethânia.”
Confortável, Bethânia passa a maior parte do tempo lendo poemas. Os trechos musicais são mais tímidos, servem de passagem para novas récitas, extraídas da obra de autores como Padre Vieira, Guimarães Rosa, Manuel Bandeira e, principalmente, Fernando Pessoa e seus heterônimos (Alberto Caieiro e Álvaro de Campos). Sua devoção pelo trabalho do português já lhe rendeu a Ordem do Desassossego, conferida pela Casa Fernando Pessoa, instituição de Portugal.
No meio da apresentação, ela faz questão de frisar: sua habilidade na leitura é fruto dos ensinamentos de um professor da época do colégio, quando morava na Bahia.  ”É a prova que é possível ter boa educação nas escolas brasileiras”, defende. O público aplaude. Mas fica ainda mais alvoroçado nas interpretações de clássicos como “Romaria”, de Renato Teixeira, e “Dança da Solidão”, de Paulinho da Viola.
Em nenhum momento ela fez menção direta à Rio+20, mas o show é permeado por temáticas compatíveis com a reunião ambiental. Fala de natureza, de índios, de rios e do sertão brasileiro. Seu último disco não teria nomes mais apropriado: “Oásis”. Em seu exercício poético, Bethânia, assim como tantos ambientalistas, parece imaginar um mundo ideal.








15/10/2014

Documento Humanidade

Longa documentário dirigido por Bia Lessa
Edição e montagem : Tomás Breves, Eduardo Borges e Indi Lima
 




No dia 15/10/2014 na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, Maria Bethânia foi convidada especial e apresentou o espetáculo 'Bethânia e as palavras' após a exibição do filme Documento Humanidade, da produtora Bia Lessa.









‘Documento humanidade’ é a primeira cria de projeto coordenado por Bia Lessa para a Darcy Ribeiro
Publicado em Notícias no dia 15/10/2014

Realizada em junho de 2012, a Rio+20 atraiu dezenas de artistas, políticos e empresários para discutir desenvolvimento sustentável, mas não gerou nenhum documento ou carta de compromissos sobre o melhor aproveitamento dos recursos naturais do planeta. É dessa “frustração” que nasceu o filme “Documento humanidade”, a primeira cria do projeto Canteiros, da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, que tem coordenação da diretora Bia Lessa e que ganha lançamento hoje à noite, em evento para convidados, com show de Maria Bethânia. O documentário, que terá sessões para o público de amanhã a sábado, é alimentado por imagens da conferência garimpadas em acervos pessoais e institucionais.
— O problema da Rio+20 é que toda aquela gente se encontrou em grupos isolados, políticos com políticos, intelectuais com intelectuais. As discussões não circulavam. O filme nasceu da urgência de se criar um documento para falar sobre o que foi discutido naquelas palestras, seminários, shows e exposições, para que continuem em pauta, em questões como a queda das reservas de água potável de São Paulo ou a seca do rio São Francisco — explica Bia, que assinou a exposição “Humanidades 2012”, que ocupou o Forte de Copacabana e foi a atração mais popular da conferência das Nações Unidas. — A ideia foi registrar um pensamento contemporâneo para servir de referência para o futuro.
“Documento humanidade” inaugura as atividades de um projeto que se propõe a criar e realizar produtos audiovisuais, sem compromisso com as regras e modelos do mercado. Da equipe do Canteiros, nessa fase inicial formada por dez alunos e ex-alunos da Darcy Ribeiro, podem surgir ideias que gerarão filmes, instalações, videoclipes e séries de TV, em qualquer formato ou tempo de duração — só depois o grupo irá buscar as melhores formas de exibição para cada um.
O filme inspirado na Rio+20, por exemplo, pode vir a participar de festivais de cinema, ganhar o circuito comercial, um horário na TV e até ser disponibilizado na internet.
— Estamos invertendo o modelo de produção tradicional. Primeiro, a gente desenvolve o produto que acha fundamental para aquele momento, e depois vamos nos preocupar com a plataforma que lhe cairia melhor — explica Bia, que prefere chamar os membros da equipe que coordena de “companheiros de trabalho”, e não de “alunos”, porque o Canteiros “não tem estrutura de um curso”. — Somo um espaço de criação, não uma produtora.





O GLOBO
Maria Bethânia em show: 'Hoje não estou muito cantora'
por Guilherme Scarpa
17/10/2014


Maria Bethânia subiu ao palco da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, com as luzes apagadas e descalça como sempre, avisando ao público: “Hoje não estou muito cantora”. Ela vestia uma camiseta em que se lia “minha pátria é a língua portuguesa”, e foi ovacionada antes mesmo de começar o espetáculo “Bethânia e as palavras”, no qual a baiana recita seus poemas favoritos e interpreta alguns de seus sucessos.




O show aconteceu logo depois da sessão do filme “Documento humanidade”, a primeira cria do projeto Canteiros, coordenado pela diretora Bia Lessa, um longa filmado durante a conferência Rio + 20.
Aplaudido no final, o documentário ganhou uma vaia quando o empresário Eike Batista apareceu no vídeo dizendo “o Estado não tem a capacidade gerencial que nós, empreendedores, temos”.
Neste momento, um misto de gargalhadas e “Uuuuuuu!” tomou conta do salão. “Esse cara é engraçado, o que ele fala é o oposto de tudo que aconteceu. A Bia é danada, faz tudo bem feito”, elogiou Caetano Veloso, que chegou acompanhado da namorada, Luana Moussallem, e de Paula Burlamaqui.



Para o evento, o salão do primeiro andar da Escola de Cinema Darcy Ribeiro foi transformado em um cinema/teatro, com cadeiras de praia revestidas por um tecido com versos de Arnaldo Antunes estampados, e também cubos de madeira amarelos para os convidados se sentarem. Tudo obra de Bia Lessa. “Queria criar um ambiente de integração, nada segregador”, comentava a diretora antes da projeção, feita numa parede branca. Os SudDogs, os famosos cachorros-quentes criados por Roberta Sudbrack eram tão disputados quanto os sacos de pipoca distribuídos ao público. Renata Sorrah pegou o seu.




Logo depois de recitar Fernando Pessoa e Castro Alves, e cantar “Romaria” e “Marinheiro só”, Bethânia desceu do palco e foi direto para um camarim improvisado para receber os amigos. Ali tinha de tudo: rosas vermelhas, amarelas e brancas em vasos, remédio de nariz, lenços de papel e uísque, que ela bebia sem gelo.

“Já me apresentei em muitos lugares como esse. Até em cima de caminhão. Onde sinto que há vontade de se ouvir poesia eu vou. Não tem ritual, menino”, conta Bethânia.





Fotos: Marcos Ramos
 

No hay comentarios:

Publicar un comentario