martes, 31 de julio de 2012

1979 - ELEGIA

















Uma leitura de Elegia, do álbum Cinema Transcendental, 1979.





1979
do álbum “Cinema Transcendental”
Música: Péricles Cavalcanti
Letra: Augusto de Campos
[A partir de um poema de John Donne (1572/1631), Poeta do Sec. XVIII]
















ELEGIA XIX: ANTES DE ACOSTARSE

John Donne
Traducción: Octavio Paz

Ven, ven, todo reposo mi fuerza desafía.
Reposar es mi fuerza pues tendido me esfuerzo:
No es enemigo el enemigo
Hasta que no lo ciñe nuestro mortal abrazo.
Tu ceñidor desciñe, meridiano
Que un mundo más hermoso que el del cielo
Aprisiona en su luz; desprende
El prendedor de estrellas que llevas en el pecho
Por detener ojos entrometidos;
Desenlaza tu ser, campanas armoniosas
Nos dicen, sin decirlo, que es hora de acostarse.
Ese feliz corpiño que yo envidio,
Pegado a ti como si fuese vivo:
¡Fuera! Fuera el vestido, surjan valles salvajes
Entre las sombras de tus montes, fuera el tocado,
Caiga tu pelo, tu diadema,
Descálzate y camina sin miedo hasta la cama.
También de blancas ropas revestidos los ángeles
El cielo al hombre muestran, mas tú, blanca, contigo
A un cielo mahometano me conduces.
Verdad que los espectros van de blanco
Pero por ti distingo al buen del mal espíritu:
Uno hiela la sangre, tú la enciendes.
Deja correr mis manos vagabundas
Atrás, arriba, enfrente, abajo y entre,
Mi América encontrada: Terranova,
Reino sólo por mí poblado,
Mi venero precioso, mi dominio.
Goces, descubrimientos,
Mi libertad alcanzo entre tus lazos;
Lo que toco, mis manos lo han sellado.
La plena desnudez es goce entero:
Para gozar la gloria las almas desencarnan,
Los cuerpos se desvisten.
Las joyas que te cubren
Son como las pelotas de Atalanta:
Brillan, roban la vista de los tontos.
La mujer es secreta:
Apariencia pintada,
Como libro de estampas para indoctos
Que esconde un texto místico, tan sólo
Revelado a los ojos que traspasan
Adornos y atavíos.
Quiero saber quién eres tú: descúbrete,

Sé natural como en el parto,
Más allá de la pena y la inocencia
Deja caer esa camisa blanca,
Mirame, ven, ¿qué mejor manta
Para tu desnudez, que yo, desnudo?

lunes, 30 de julio de 2012

1999 - OMAGGIO A FEDERICO E GIULIETTA


1997                                  Foto: Roberto Ugolini (Italia)


Este álbum -registro del concierto en homenaje a Federico Fellini y Giulietta Masina-, fue editado casi dos años después.

La presentación se realizó en el Museo de Arte Moderno - Solar de Unhão, de Salvador, el 17 setiembre de 1999, al día siguiente del cumpleaños nº 92 de D. Canô.





   São Paulo, sexta, 31 de outubro de 1997

Caetano presta tributo a Fellini

das agências internacionais

Caetano Veloso faz hoje, em San Marino, uma apresentação em homenagem ao cineasta italiano Federico Fellini. O cantor e compositor brasileiro está hospedado na cidade italiana de Rimini, terra natal de Fellini, localizada próximo à fronteira com San Marino.

No repertório escolhido para o show desta noite está "Giulietta Masina", música que Caetano fez em homenagem à atriz, mulher de Fellini.

O público de San Marino também poderá ouvir arranjos que Caetano compôs tendo como inspiração as músicas-tema de filmes como "A Doce Vida" e "Oito e Meio".

Para Caetano Veloso, os longas do diretor italiano tiveram forte influência em sua vida.

"Em Santo Amaro, cidade onde nasci, havia dois cinemas, e os filmes franceses e italianos chegavam com a mesma frequência com que hoje chegam os filmes norte-americanos. Foi uma grande contribuição para minha formação intelectual", disse o compositor durante entrevista concedida em San Marino.

Entre as obras de Fellini preferidas por Caetano está "A Estrada", de 1955. "Quando vi esse filme, passei um dia inteiro sem comer, pensando no personagem que nunca olhava para o céu", afirmou.

 















1997 - Caetano Veloso e Gino Gastaldo






























1999
OMAGGIO A FEDERICO E GIULIETTA
Gravado ao vivo em Teatro Nuevo, Dogana-  RSM (República de San Marino)
nos dias 28,29 e 30 de outubro de 1997
Universal Music/Mercury Records CD 7314546638-2.

01. QUE NÃO SE VÊ [Come tu mi vuoi] (Nino Rota/T. Amurri - Letra en portugués: Caetano Veloso)
02. TRILHOS URBANOS (Caetano Veloso)
03. GIULIETTA MASINA (Caetano Veloso)
04. LUA, LUA, LUA, LUA (Caetano Veloso)
05. LUNA ROSSA (V. De Crescenzo/A. Vian) Música Incidental: “Le Notti Di Cabiria” (Nino Rota)
06. CHEGA DE SAUDADE (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)
07. NADA (Dames/Sanguinette - Versión: Ademar Muharran)
08. COME PRIMA (M. Panzeri/S. Di Paola/S. Taccani)
09. AVE MARIA (Erothides de Campos)
10. CHORA TUA TRISTEZA (Oscar Castro Neves/Luvercy Fiorini)
11. CORAÇÃO VAGABUNDO (Caetano Veloso)
12. CAJUÍNA (Caetano Veloso)
13. GELSOMINA (M. Galdieri/Nino Rota)
14. LET'S FACE THE MUSIC AND DANCE (Irving Berlin)
15. CORAÇÃO MATERNO (Vicente Celestino)
16. PATRICIA (Damaso Peres Prado - Versión: A. Bourges)
17. DAMA DAS CAMÉLIAS (João de Barro/Alcyr Pires Vermelho)
18. COIMBRA (Raul Ferrão/José Galhardo) Música Incidental: “Mercardo Persa” [In A Persian Market] (Alberty Ketelbey) Instrumental
19. GELSOMINA (M. Galdieri/Nino Rota)



30/10/1997 - San Marino







1999 – CAETANO VELOSO
1. LUNA ROSSA (V. De Crescenzo/A. Vian)
Música Incidental: “Le Notti Di Cabiria” (Nino Rota)
Extraído del álbum “Omaggio a Federico e Giulietta”
Universal Music CD PRO 1280 - Prohibida su venta [Argentina]





1999 - CAETANO VELOSO
1. LUNA ROSSA (V. De Crescenzo/A. Vian) 5:54
2. LET’S FACE THE MUSIC AND DANCE (Irving Berlin) 4:18
Taken from de album “Omaggio a Federico e Giulietta”
Emarcy / Universal Music CD single 562535-2 [For promotional use only]


LUNA ROSSA

Música: Antonio Vian

Letra: Vincenzo De Crescenzo

1950

 

Testo in napoletano

Texto em português - LUA VERMELHA

 

Vaco distrattamente abbandunato... / Ando distraídamente abandonado...

ll'uocchie sott''o cappiello annascunnute, / os olhos debaixo do chapéu escondidos,

mane 'int''a sacca e bávero aizato... / mão no bolso e gola (do casaco) levantada...

Vaco siscanno 'e stelle ca só' asciute... / Ando assoviando às estrelas que surgiram...

E 'a luna rossa mme parla 'e te, / E a lua vermelha me fala de você,

ij lle domando si aspiette a me, / e pergunto a ela se você está me esperando,

e mme risponne: "Si 'o vvuó' sapé, / e (a lua) me responde "se quiser saber,

ccá nun ce sta nisciuna..." / aqui não há nenhuma (mulher)".

E ij' chiammo 'o nomme pe' te vedé, / E eu chamo seu nome para para te ver

ma tutt''a gente ca parla 'e te, / mas todas as pessoas que falam de você,

risponne: "E' tarde che vuó' sapé?! / respondem "è tarde, o que quiser saber?!

Ccá nun ce sta nisciuna!..." / aqui não há nenhuma (mulher)!..."

Luna rossa, / Lua vermelha,

chi mme sarrá sincera? / quem (qual mulher) serà sincera?

Luna rossa, / Lua vermelha,

se n'è ghiuta ll'ata sera / (ela) foi embora na noite passada

senza mme vedé... / sem me ver...

E ij dico ancora ch'aspetta a me, / E eu ainda digo (a mim mesmo) que (ela) està me esperando,

for 'o barcone stanott'ê ttre, / fora na sacada (de sua casa) nesta noite às três,

e prega 'e Sante pe' mme vedé... / e reza aos Santos para me ver...

Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...

Mille e cchiù appuntamente aggio tenuto... / Mais de mil encontros eu tive (com outras mulheres)...

tante e cchiù sigarette aggio appicciato... / um monte de sigarros eu acendi (fumei)...

mille tazze 'e café mme só' bevuto... / mil xícaras de café bebi...

mille vucchelle amare aggio vasato.... / mil boquinhas amargas beijei...

E ij dico ancora ch'aspetta a me, / E eu ainda digo (a mim mesmo) que (ela) està me esperando,

for 'o barcone stanott'ê ttre, / fora na sacada (de sua casa) nesta noite às três,

e prega 'e Sante pe' mme vedé... / e reza aos Santos para me ver...

Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...

Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...

Ma nun ce sta nisciuna... / Mas não há nenhuma (mulher)...

Luna... / Lua...

Luna... / Lua...

Luna... / Lua...

Luna... / Lua...

Luna... / Lua...